Não é de hoje que se fala da importância de doar sangue. Mesmo com os avanços frequentes da medicina, nós ainda precisamos ter um banco de sangue abastecido para conseguir realizar diversos procedimentos e já é mais do que sabido que doar sangue salva vidas. Existem duas datas importantes durante o ano em que campanhas são feitas para lembrar a todos da importância dessa doação: o Dia Mundial do Doador de Sangue, comemorado em 14 de junho, e o Dia Nacional do Doador de Sangue, comemorado no dia 25 de novembro.
A data foi instituída pela Organização Mundial de Saúde, a OMS, em 2004, para conscientizar a população de como é importante ser solidário e manter nossos bancos de sangue cheios.
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Existem alguns requisitos básicos para que alguém seja doador. Segundo o hemocentro de São Paulo, é necessário:
– Estar em boas condições de saúde.
– Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (menores de 18 anos precisam de alguns documentos para poder efetivamente doar e de assinaturas em formulários de autorização.
– Pesar no mínimo 50kg.
– Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas).
– Estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação).
– Apresentar documento original com foto recente, que permita a identificação do candidato, emitido por órgão oficial (Carteira de Identidade, Cartão de Identidade de Profissional Liberal, Carteira de Trabalho e Previdência Social, Carteira Nacional de Habilitação e RNE-Registro Nacional de Estrangeiro).
Ainda segundo o hemocentro de São Paulo, algumas condições podem impedir que a doação ocorra, dividindo-as em impedimentos temporários e impedimentos definitivos.
Principais impedimentos temporários:
– Resfriado: aguardar 7 dias após desaparecimento dos sintomas.
– Gravidez.
– 90 dias após parto normal e 180 dias após cesariana.
– Amamentação (se o parto ocorreu há menos de 12 meses).
– Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação.
– Tatuagem / maquiagem definitiva nos últimos 12 meses.
– Situações nas quais há maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis: aguardar 12 meses.
– Qualquer procedimento endoscópico (endoscopia digestiva alta, colonoscopia, rinoscopia etc.): aguardar 6 meses.
– Extração dentária (verificar uso de medicação) ou tratamento de canal (verificar medicação): por 7 dias.
– Cirurgia odontológica com anestesia geral: por 4 semanas.
– Acupuntura: se realizada com material descartável: 24 horas; se realizada com laser ou sementes: apto; se realizada com material sem condições de avaliação: aguardar 12 meses.
– Vacina contra gripe: por 48 horas.
– Herpes labial ou genital: apto após desaparecimento total das lesões.
– Herpes Zoster: apto após 6 meses da cura (vírus Varicella Zoster).
– Brasil: estados como Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Tocantins são locais onde há alta prevalência de malária. Quem esteve nesses estados deve aguardar 12 meses para doar, após o retorno.
– EUA: quem esteve nesse país deve aguardar 30 dias para doar, após o retorno.
– Europa: quem morou na Europa após 1980, verificar aptidão para doação.
– Malária: quem esteve em países com alta prevalência de malária deve aguardar 12 meses após o retorno para doar. (critério semelhante ao dos estados brasileiros com prevalência elevada de malária).
– Febre Amarela: quem esteve em região onde há surto da doença deve aguardar 30 dias para doar, após o retorno; se tomou a vacina, deve aguardar 04 semanas; se contraiu a doença, deve aguardar 6 meses após recuperação completa (clínica e laboratorial).
Impedimentos definitivos se:
– tem ou teve um teste positivo para hiv.
– teve hepatite após os 10 anos de idade.
– já teve malária.
– tem doença de chagas.
– recebeu enxerto de duramater.
– teve algum tipo de câncer, incluindo leucemia.
– tem graves problemas no pulmão, coração, rins ou fígado.
– tem problema de coagulação de sangue.
– é diabético com complicações vasculares ou em uso de insulina.
– teve tuberculose extra-pulmonar.
– já teve elefantíase.
– já teve hanseníase.
– já teve calazar (leishmaniose visceral).
– já teve leishmaniose tegumentar ou cutânea.
– já teve brucelose.
– já teve esquistossomose hepatoesplênica
– tem alguma doença que gere inimputabilidade jurídica.
– foi submetido a transplante de órgãos ou de medula.
– tem Mal de Parkinson.
Fonte: http://www.prosangue.sp.gov.br/
Leia mais: http://www.prosangue.sp.gov.br/artigos/quem_nao_pode_doar.html
O processo completo, que envolve o cadastro, procedimento e até mesmo um lanche pós-doação dura, em média, 40 minutos
É importante lembrar que o principal benefício é a ajuda ao outro. Uma bolsa de sangue doada pode salvar até 3 vidas. Porém, existem estudos que indicam que ser doador traz benefícios para o coração e diminui o risco de câncer. Também é um cuidado com a sua saúde, já que todo doador recebe um check-up gratuito, podendo aferir qualquer problema de saúde.
O melhor jeito é procurar o hemocentro da sua cidade, ou cidade mais próxima. Você encontra uma lista completa clicando aqui.
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