P

ara os estudantes de medicina que, assim como eu, fizeram a graduação em outro país, a Revalidação do Diploma é um processo essencial, porém estressante e que pode gerar muitos desafios.

Por Prof. Carlos Carlomagno

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1. A decisão de estudar fora

Muitos não percebem, mas decidir estudar fora do Brasil exige resiliência e fortaleza. Os motivos para tal decisão são os mais diversos. No meu caso, simplesmente aconteceu.

Quando tinha 13 anos, meu pai foi transferido para trabalhar na cidade de Monterrey, no México. O plano inicial era morarmos lá (meus pais, minha irmã e eu) por 2 anos, tempo suficiente para que meu pai concluísse esse projeto e pudéssemos retornar ao Brasil ainda no ensino médio.

Porém, apesar dos diversos desafios de se morar fora, meus pais percebiam os muitos benefícios desta experiência internacional e acabaram prolongando nossa estada em terras mexicanas.

Com o passar dos anos, e me sentindo cada vez mais (mexicano) aculturado, ao chegar o momento de escolher onde cursaria medicina, sequer considerei retornar ao Brasil e me inscrevi na Universidad de Monterrey.

A vida pode nos levar ao mesmo objetivo por diversos caminhos. Cada história é única e especial. Lembre o que te motivou a sair do Brasil para estudar e sinta orgulho da sua trajetória!

2. Retornando ao Brasil

Pode acontecer que uma vez fora do Brasil, caminhos se abram para que continue morando em outro país. Esse era o meu plano inicial: ao concluir a faculdade de medicina no México, faria a Residência Médica em Pediatria nos Estados Unidos.

Porém, existem momentos cruciais onde o destino confabula para nos redirecionar ao nosso caminho real. Enquanto eu cursava o 4º ano da faculdade, meus pais e irmã retornaram ao Brasil. Isto me permitiu fazer, ao longo de alguns anos, 3 semestres como aluno intercambista na Faculdade de Medicina da USP. Essa experiência foi responsável para me reconectar com as minhas raízes brasileiras e me fazer decidir retornar em definitivo ao Brasil.

Sendo assim, após me formar e com meu diploma mexicano a tiracolo, começaria o (temível) processo de Revalidação.

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3. Revalidação / complementação

Vale lembrar que em 2009, o Revalida ainda estava engatinhando. Havia conversas em unificar o processo de Revalidação, mas a opção mais comum ainda era lidar individualmente com as universidades públicas cadastradas para revalidar diplomas estrangeiros.

Poucos meses depois de voltar para São Paulo, saiu o edital de revalidação da UFMG. O primeiro passo era ir até Belo Horizonte e entregar a enorme pilha de documentos que seria avaliada ao longo de 6 meses para definir se havia equivalência curricular entre o meu curso no México e o curso da UFMG.

Aqui já fica uma dica importante: dedique pelo menos 1 ano antes de se formar para organizar a sua documentação; a quantidade de burocracia pode parecer interminável e não deve ser motivo para atrasar o processo. Considere contratar advogados especializados para realizar a tramitação em órgãos oficiais (secretarias da educação, consulados etc.) e procure um bom tradutor juramentado!

Lembro-me que um dos meus maiores temores durante essa fase era receber a devolutiva que teria que cursar estudos complementares por não haver equivalência curricular. Isso atrasaria imensamente o processo e era uma fonte constante de estresse. Quando a UFMG definiu que os cursos eram de fato equivalentes, sabia que o desfecho agora dependia somente de mim: era hora de dominar as provas!

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4. O papel da Medcel na minha Revalidação

É inegável que a Revalidação é um processo necessário. Não há escapatória, assim como os alunos que cursaram medicina no Brasil precisaram passar no Vestibular. Sendo assim, os candidatos devem estar bem preparados para as provas de Revalidação!

Não tenho dúvidas que o passo mais importante para isso é dedicar-se aos estudos durante os 6 anos da faculdade! Isso é insubstituível, além de ser um hábito comum entre os bons médicos. E foi exatamente isso o que fiz durante a faculdade. Estudei muito, aproveitei cada estágio, cada paciente e cada troca com os meus assistentes. Estudava não apenas para tirar boas notas, mas principalmente para ser o médico que imaginava que gostaria de ser.

Mas, com o término da faculdade e diante das incertezas do que aconteceria com a Revalidação, sentia que precisava de ajuda para manter o foco nos estudos. Foi aí que virei aluno Medcel! Participei de um curso de revisão para Prova de Residência Médica com aulas presenciais semanais. O material era semelhante ao cobrado nas provas de revalidação. Felizmente, o conteúdo das aulas corrobora o que aprendi na faculdade. Sempre digo que a boa medicina é universal!

Acredito que ao longo desses 10 anos, a Medcel foi pioneira em acolher o médico que quer revalidar o seu diploma. Na minha época, as redes sociais estavam em fase embrionária e eu não tinha contato com outras pessoas na mesma situação que eu. Isso me fazia sentir sozinho e refém das poucas histórias de terror que encontrava no Google: pessoas que demoravam até 6 anos para revalidar.

Hoje em dia a Medcel Revalida criou uma atmosfera onde os candidatos não somente têm acesso a conteúdo de qualidade, mas principalmente a uma rede de apoio! E o fato de ter acesso à distância permite que já se familiarizarem com esses produtos ainda durante a faculdade! Penso na enorme diferença que isso teria tido em meu processo de Revalidação: o desfecho provavelmente teria sido o mesmo (diploma devidamente revalidado), mas o estresse emocional teria sido infinitamente menor!

Revalidar o diploma estrangeiro é lidar com um sem fim de medos e angústias que culminam em um único temor: “conseguirei revalidar o meu diploma?” Acredite em você, prepare-se e estude; de modo que quando esse pensamento surgir novamente em sua mente você possa modificá-lo para: “conseguirei revalidar o meu diploma!". Mudar de atitude pode ser tão simples como modificar uma pontuação! E conte com a nossa ajuda para atingir esse importante objetivo!

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Postado em
15/9/20
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