Prevenir doenças é um dos grandes pilares que sustentam o aumento da expectativa de vida da população. Ao longo da história, a prática médica, cujo foco era essencialmente no tratamento de doenças, passou a ter uma abordagem voltada para a prevenção e melhora na qualidade de vida da população, buscando, assim, reduzir os agravos em saúde.  

Esse foi o cenário em que a Medicina Preventiva e Social se consolidou como uma especialidade médica no Brasil. Essa área tem o propósito de avaliar o sistema de saúde brasileiro, organizando suas demandas políticas e institucionais em diversos níveis.

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A Medicina Preventiva

Quando pensar em Medicina Preventiva, lembre-se dos 3 principais pilares que a sustentam:

  1. Manutenção do baixo risco para o desenvolvimento de doenças e agravos à saúde;
  1. Quando houver, a redução desse risco;
  1. E a sua detecção precoce.

Para isso, destacam-se 4 níveis de prevenção que se caracterizam por diferentes procedimentos e orientações de acordo com o estado de saúde do paciente. São eles:

  • Prevenção primária: que, basicamente, busca evitar que a doença ocorra. Como exemplo, podemos citar o incentivo à imunização, à atividade física e à cessação do tabagismo;
  • Prevenção secundária: caracterizada pelo rastreamento e o diagnóstico precoce. Exemplo: exames de rotina;
  • Prevenção terciária: cujo foco é em reduzir os prejuízos identificados. Exemplo: uma reabilitação pós-infarto;
  • Prevenção quaternária: se propõe a evitar novas intervenções médicas inapropriadas, tendo como princípio alternativas eticamente aceitáveis.  

E o quinto nível de prevenção? Ele existe?

O quinto nível também é conhecido como nível de prevenção primordial e envolve ações em nível governamental. Um exemplo é a Lei Seca, que proíbe o consumo de bebida alcóolica antes de dirigir.

Leia também: Você conhece os 4 níveis estratégicos da Medicina preventiva?

O médico especialista em Medicina Preventiva e Social

O médico especialista nessa área deve ter um olhar amplo para o cenário da saúde, tanto a nível do paciente quanto a nível territorial. Dentre as principais atividades que constituem sua rotina, podemos citar:

  • Orientar sobre hábitos saudáveis (incluindo, por exemplo, o incentivo à alimentação equilibrada e prática de atividade física regular);
  • Rastrear e diagnosticar precocemente doenças mais comuns e prejudiciais;
  • Elaborar propostas e projetos de Saúde Coletiva;
  • Levantar predisposições para doenças;
  • Planejar, supervisionar e avaliar ações e programas de saúde;  
  • Compreender os perfis sócio demográficos e epidemiológicos da população brasileira.

Aproveite para conferir: Medicina preventiva: qual é o papel do médico?

Perfil dos profissionais no Brasil

De acordo com os dados levantados na Demografia Médica no Brasil (2023), a Medicina Preventiva e Social possui, atualmente, 1.962 profissionais registrados — o que corresponde a 0,4% do total de especialistas.  

A especialidade foi uma das que tiveram o menor crescimento no número de profissionais (40,8%) no período de 2012 a 2022, em contrapartida, mesmo que ainda pequeno, o número de vagas para os programas de Residência Médica aumentou em termos percentuais no mesmo período (um aumento anual de 6,8%).

Em relação ao perfil desses médicos, foi observada uma das maiores médias de idade entre os especialistas. Confira:

Outro dado levantado na Demografia Médica mais recente é que a área concentra mais homens que mulheres, apesar dos percentuais terem se tornado cada vez mais próximos ao longo dos anos. Atualmente, são 53,6% homens e 49,4% mulheres.

Já na distribuição geográfica, a Medicina Preventiva e Social mantém uma assimetria na disposição dos profissionais ao longo do território brasileiro. O maior número atuante permanece na região Sudeste:

Mercado de trabalho

O especialista em Medicina Preventiva e Social tem um campo amplo, tanto na área pública quanto na privada. Podendo atuar em consultórios, atendendo e solicitando exames regulares, ou em hospitais, participando da gestão de recursos e coordenação das atividades voltadas à saúde.  

Também pode prestar concursos públicos, seguir na área acadêmica ou ainda atuar com Educação em Saúde.

A Residência Médica em Medicina Preventiva e Social

A Residência Médica em Medicina Preventiva e Social é de acesso direto, com duração de 2 anos e carga horária de 60 horas semanais.  

A modalidade de ensino é baseada no treinamento em serviço, em que o aluno é colocado frente a situações práticas do cotidiano médico, mas sempre respaldado por uma equipe médica experiente. Na Medicina Preventiva e Social, apesar dos finais de semana serem normalmente mais tranquilos, as atividades em horário comercial podem ter uma carga mais intensa.

Confira quais são as atividades nos dois anos de programa de acordo com a Resolução CNRM nº 23, de julho de 2021:

Entrando na Residência Médica

Apesar do aumento gradativo de profissionais, ainda são poucas vagas disponibilizadas nos programas de Residência em Medicina Preventiva e Social. No ENARE 2023, por exemplo, foram apenas 2.

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Referências:

Demografia Médica Brasileira – Censo 2023.  
Disponível em: https://amb.org.br/wp-content/uploads/2023/02/DemografiaMedica2023_8fev-1.pdf  

RESOLUÇÃO CNRM Nº 23, DE 6 DE JULHO DE 2021.
Disponível em: https://www.gov.br/mec/pt-br/residencia-medica/crm/2021/resolucao-cnrm-no-23-de-6-de-julho-de-2021-resolucao-cnrm-no-23-de-6-de-julho-de-2021-dou-imprensa-nacional.pdf

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