Muita coisa mudou desde o início da pandemia de COVID-19 e isso gerou um impacto significativo na sociedade, afetando quase todos os aspectos da vida humana, incluindo a forma como trabalhamos, nos comunicamos, nos divertimos e, especialmente, como cuidamos da saúde.
Na Medicina, as mudanças foram significativas em quase todos os aspectos. Protocolos de proteção, telemedicina, descoberta da vacina em tempo recorde, tudo isso de impactou de alguma forma na vida do profissional da saúde que teve que se adequar a novos desafios, à medida que a pandemia ia avançando.
Nesse sentido, algumas especialidades ganharam destaque durante e pandemia da COVID-19 e continuam em ascensão e, se você, futuro residente, quer descobrir quais são, continue a leitura para descobrir.
Vamos lá?
Durante a pandemia, muitas pessoas tiveram ansiedade, depressão, estresse, e a necessidade de atendimento psiquiátrico aumentou significativamente, cerca de 116% em um ano, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria — ABP.
Esse número revela a importância da Psiquiatria na sociedade como um todo, pois até o início da pandemia, a Psiquiatria não era vista da mesma forma como é hoje: essencial.
A pandemia acelerou, também, a adoção de novas formas de atendimento psiquiátrico, como a telemedicina, que pode ser usada como uma ferramenta valiosa para alcançar pessoas que não têm fácil acesso aos serviços de saúde mental em sua comunidade ou para aqueles que preferem a comodidade de receber atendimento em casa.
Além disso, a psiquiatria está cada vez mais integrada com outras áreas da Medicina, como a Neurologia e a Genética, que permitem um atendimento mais completo e personalizado aos pacientes.
Novas descobertas e abordagens terapêuticas também estão sendo desenvolvidas continuamente, melhorando a eficácia do tratamento e a qualidade de vida das pessoas. Portanto, essa é uma ótima escolha para quem tem o interesse de fazer Residência Médica em Psiquiatria.
Antes do surgimento do vírus SARS-CoV-2, a Infectologia era uma área da medicina que, embora essencial, não recebia a mesma atenção que outras especialidades médicas, como cardiologia ou oncologia.
No entanto, com a rápida disseminação do coronavírus e a consequente crise sanitária global, a Infectologia se tornou um dos temas mais discutidos e estudados em todo o mundo. O impacto da pandemia de COVID-19 levou a uma maior conscientização sobre a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças infecciosas em geral.
Leia mais: Infectologia: tudo sobre a Residência Médica e os desafios da carreira
Vale ressaltar que a pandemia também acelerou o desenvolvimento de pesquisas e estudos em Infectologia, além de ter exigido uma maior capacitação dos profissionais de saúde nessa área. Novas abordagens e estratégias de tratamento continuam sendo desenvolvidas e aprimoradas pelos infectologistas, mas foi na vacina a principal solução encontrada para controlar a pandemia.
Ainda assim, a importância da Infectologia não se limita apenas à pandemia de COVID-19. As doenças infecciosas são responsáveis por muitas mortes em todo o mundo e no Brasil afetam milhões de pessoas todos os anos, como a Dengue, Zika, Chikungunya, Tuberculose, Hepatites virais, entre outros. Deste modo, essa é uma área que está e continuará em ascensão!
A Pneumologia também ganhou destaque durante a pandemia da COVID-19, isso porque os pneumologistas desempenharam um papel fundamental no tratamento de pacientes que apresentavam problemas respiratórios graves. Eles foram responsáveis por gerenciar a ventilação mecânica, oxigenação e outros tratamentos respiratórios em pacientes críticos.
Os pneumologistas também estavam envolvidos no desenvolvimento de protocolos de tratamento para os pacientes com COVID-19 e na pesquisa de novas terapias para a doença. Além disso, a pandemia trouxe à tona a importância da prevenção e cuidados relacionados às doenças respiratórias e na promoção da saúde pulmonar em geral, como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), a asma e a fibrose pulmonar.
E, se você está pensando em seguir a carreira na Pneumologia, terá muito o que contribuir para a sociedade.
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Anestesiologia? Sim! Essa especialidade se destacou durante a pandemia e ainda continua em destaque por causa das diversas áreas de atuação como: cuidados intensivos, habilidades no manejo de pacientes críticos, sedação, analgesia e envolvimento em pesquisas clínicas.
Os anestesiologistas, por terem uma formação ampla em cuidados intensivos, foram essenciais no manejo dos pacientes com COVID-19, que muitas vezes eram submetidos a suporte ventilatório e outras terapias complexas.
Além do mais, os anestesiologistas também desempenharam um papel fundamental no desenvolvimento de protocolos de segurança para a realização de procedimentos cirúrgicos durante a pandemia. Eles trabalharam para identificar os pacientes que precisavam de cirurgia urgente para implementar medidas de segurança, a fim de minimizar o risco de infecção pelo vírus durante o procedimento cirúrgico.
Segundo o Censo de Demografia Médica de 2023, o Brasil tem 29.358 anestesiologistas e ocupa o 8º lugar no ranking geral das especialidades e mais 2.966 médicos fazendo Residência Médica em Anestesiologia.
Durante a pandemia da COVID-19, o público idoso foi o mais impactado pelo vírus, de acordo com os dados do portal da transparência.
Com o envelhecimento da população mundial, a demanda por cuidados geriátricos aumentou. Isso porque os idosos são mais vulneráveis a complicações graves e fatais da COVID-19, tanto que fazem parte do grupo prioritário da campanha vacinal contra o coronavírus.
Os médicos geriatras se tornaram mais importantes depois da pandemia, porque desempenham papel fundamental junto aos idosos como: avaliar e tratar doenças crônicas, aconselhar sobre medidas preventivas, identificar sintomas, se necessário, manejar os pacientes a outros especialistas, fornecer cuidados paliativos e gerenciar os cuidados a longo prazo do público idoso.
E, ainda, podem ajudar os pacientes idosos a manter sua independência e qualidade de vida, oferecendo suporte para lidar com as limitações físicas e emocionais que surgiram depois do período pandêmico.
Se você tem interesse na área, se liga só: essa foi uma das especialidades que mais se destacaram nos últimos 10 anos, com um crescimento de 132%, de 2012 a 2022.
Leia mais: Cresce o número de médicos especialistas no Brasil
Por que fazer Residência Médica em uma dessas especialidades em destaque?
A pandemia da COVID-19 transformou expressivamente a prática médica em todo o mundo. Como resultado, há uma crescente demanda por médicos altamente especializados e experientes, especialmente em áreas que foram afetadas particularmente pela pandemia.
A vantagem de fazer Residência Médica em algumas especialidades em destaque, é que essas áreas têm grandes chances de serem valorizadas pelo mercado de trabalho. Os médicos especializados nessas áreas terão mais chances de obter empregos em hospitais, clínicas e centros de saúde, além de terem maior capacidade de negociação salarial.
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REFERÊNCIAS
A pneumologia do século XXI e a marca da COVID-19. Disponível em: https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/HVLQJWZtPRNV7jHPBZmyQSC/?lang=pt&format=pdf
Anestesiologia e a nova realidade da Covid-19. Disponível em: https://eephcfmusp.org.br/portal/online/anestesiologia-e-a-nova-realidade-da-covid-19/
Demografia Médica no Brasil 2023. Disponível em: https://amb.org.br/wp-content/uploads/2023/02/DemografiaMedica2023_8fev-1.pdf
Portal da Transparência. Especial COVID-19. Disponível em: https://transparencia.registrocivil.org.br/painel-registral/especial-covid
Procura por atendimento psicológico e psiquiátrico nos serviços da Prefeitura de SP mais do que dobra durante a pandemia. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/02/17/procura-por-atendimento-psicologico-e-psiquiatrico-nos-servicos-da-prefeitura-de-sp-mais-que-dobra-durante-a-pandemia.ghtml