Durante a formação médica, existem desafios comuns. Contextualmente, uma das maiores questões que envolvem a rotina acadêmica é saber lidar com o estresse no internato médico.

Tendo isso em vista, vamos explicar o que é o internato na Medicina, como funciona e qual a sua importância na formação e carreira do médico. Ainda, saiba quais são os principais desafios enfrentados pelos estudantes durante essa etapa e por quais razões o estresse costuma atingi-los durante esse período. Boa leitura!

O que é o internato na Medicina e como funciona?

Por determinação do Ministério da Educação e Cultura (MEC), o curso de graduação em Medicina é dividido em três etapas, com dois anos de duração. Essas etapas são:

  • Ciclo Básico;
  • Ciclo Clínico;
  • Internato.

Após passar pelos dois primeiros ciclos do curso, o acadêmico inicia o estágio final, chamado de internato. De fato, essa fase faz jus ao nome, já que os alunos passam a maioria do tempo no estágio, que é feito sob supervisão dos preceptores e professores de Medicina.

São longas jornadas de trabalho, que possibilitam o primeiro grande mergulho na prática intensa da Medicina. Nessa fase, o futuro médico precisa encarar a rotina hospitalar de frente. Mas junto com o entusiasmo de finalmente atuar na linha de frente, também surgem os desafios.

Porém, é como diziam nossos antepassados: “nem tudo são flores. Nessa fase final do curso, as responsabilidades são intensas e crescentes. Como parte integrante dos desafios da carreira, a rotina impõe pressões emocionais e outras condições que contribuem, significativamente, para aumentar a carga de estresse no internato de Medicina.

Logo, é preciso ter resiliência para superar esses emblemas e lidar melhor com essa fase, já que a rotina exige bem mais do que conhecimento técnico. Harmonia, equilíbrio emocional, paciência e resiliência são estratégias que precisam estar inseridas no contexto da prática médica durante o internato.

Qual a sua importância na formação e carreira do médico?

Por se tratar da última etapa do curso de graduação médica, o internato é o período em que os acadêmicos treinam a prática médica e aprendem a lidar com o paciente com dor. São longas horas de estágios, divididas em diferentes especialidades médicas, nas quais o aluno é inserido como parte da equipe de trabalho.

No internato, é importante que o acadêmico se dedique ao treinamento de diversas rotinas de trabalho médico. Isso envolve consultas em ambulatórios, clínicas credenciadas à universidade de origem, participação em cirurgias, atuação em emergência e outros.

Além disso, é nessa fase que maioria dos estudantes decidem em qual carreira seguir. Como eles têm a oportunidade de conhecer áreas diversas e conviver com diferentes profissionais, essa experiência influencia bastante a decisão da escolha da especialidade médica.

O que as pesquisas apontam sobre o estresse no internato médico?

Na carreira médica, a carga horária de estudo e trabalho costuma ser intensa e, com isso, leva a agravos na saúde mental. Estresse, ansiedade e depressão resultam, em geral, de quadros de burnout ou exacerbam essa condição.

Estudos recentes realizados pela Rush University, em parceria com o hospital Rush University Medical Center, nos Estados Unidos, apontam a má qualidade do sono como um dos fatores mais estressantes durante o internato médico. O grande volume de conteúdos para estudar, a escala de plantões noturnos e a demanda por atendimentos corroboram para essa condição.

Logo, é preciso discutir propostas mais centradas em ações que possam promover uma rotina mais saudável para os profissionais da Medicina. A atenção e o cuidado às rotinas de alimentação, sono e lazer devem ter prioridade, com vistas à promoção da saúde e bem-estar durante os desafios que envolvem o internato.

Quais são os principais desafios enfrentados pelos estudantes durante essa etapa?

Listamos os riscos mais comuns e que são determinantes para o desenvolvimento de estresse no internato médico. Confira!

Risco de burnout

Longas jornadas de trabalho devido aos plantões diurnos que, às vezes, se continuam com os noturnos é um dos principais motivos de cansaço e fadiga mental no internato. O resultado é o surgimento do burnout, condição clínica que requer intervenção psicológica para a reabilitação mental do estudante.

Dificuldade para gerenciar o estresse

Decerto, o gerenciamento do estresse acadêmico é crucial para a proteção da saúde dos alunos de graduação em Medicina. Cuidar do aspecto psicológico não é apenas uma necessidade individual, mas também se insere no processo relacionado à qualidade da formação profissional.

Manter um bom desempenho acadêmico

Considerando a dificuldade de conciliar os estudos com a jornada de trabalho no estágio, o aluno tem muita dificuldade para equilibrar os rigores impostos pela educação médica com o cuidado da saúde mental. Sob essa ótica, a atenção à instabilidade psicológica torna-se um fator primordial para a saúde e sucesso na carreira profissional.

Como os estudantes de Medicina podem lidar com o estresse?

Listamos alguns passos que podem contribuir para um melhor gerenciamento do estresse entre durante o internato. Veja quais são!

Compreender os desafios e erros comuns na rotina acadêmica

Um dos aspectos mais relevantes deste tópico é admitir a necessidade de mudança. Para cuidar da saúde dos outros, é preciso ter boa saúde, concorda? Por isso, entender os aspectos que levam a falhas é essencial para alinhar a rotina médica aos objetivos da formação médica.

Otimizar o tempo

Assim como em todas as áreas da vida, na carreira profissional, é necessário saber administrar o tempo com eficiência. Criar metas, organizar planilhas de atividades diárias e elaborar um plano de estudos equilibrado, priorizando intervalos regulares pode amenizar o estresse da rotina do internato.

Aceitar limitações

Vale destacar, ainda, que os futuros médicos devem desenvolver a aceitação de limites e não hesitar em solicitar suporte e ajuda, quando perceber essa necessidade.

Conversar com outros colegas mais experientes no curso, manter um diálogo aberto com os professores e orientadores são estratégias válidas para aliviar a carga de estresse diário. Investir nessas ações pode ser benéfico e tornar o internato mais tranquilo e produtivo.

Portanto, ainda que o último ciclo da graduação seja cansativo e exija muita dedicação, é possível adotar práticas que auxiliem no gerenciamento do estresse no internato médico. Desenvolver a resiliência, a boa comunicação e promover o autocuidado também são necessários nesse processo.

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