Hey, futuro residente!
Obstetrícia é a ciência que estuda a reprodução humana da gestação, do parto e do puerpério. Há um consenso mundial quanto à necessidade de redução das mortalidades materna e infantil e indicadores que refletem a qualidade da assistência à saúde de mulheres e crianças. Vem daí a baita importância dessa área!
Assim como a Ginecologia, é uma das grandes áreas da Medicina e está sempre presente em todos os editais de R1. A gente sabe que as questões variam muito de banca em banca, mas, como sempre tem os assuntos mais quentes, eu trouxe os principais de Obstetrícia para facilitar a sua vida! Se você vai fazer prova pra R1 este ano, continue lendo o texto, ele vai ser de grande ajuda para direcionar os seus estudos!
Dependendo da instituição, a primeira etapa das provas de Residência Médica de Acesso Direto é composta por uma prova objetiva de 100 questões (ENARE, USP, AMRIGS, UERJ e UFRJ). Já a Unicamp, por exemplo, possui 80 questões. Mas, independente disso, você deve contar com aproximadamente 20% entre Ginecologia e Obstetrícia, sendo a última de 12% a 13%, lembrando que existem muitas questões interdisciplinares.
Segundo o nosso banco de dados de 2017 a 2022, os top 5 assuntos de Obstetrícia são:
Assistência ao pré-natal
Esse tema é o campeão das provas. Não dá pra deixar de revisar: diagnóstico e sinais de possibilidade, probabilidade e certeza da gestação; a rotina de pré-natal de baixo risco e quais são os fatores e condições clínicas para encaminhar para o alto risco; saber quais são os exames mínimos rotina de primeiro, segundo e terceiro trimestres; agendamento de consultas e retornos (número de consultas). É importante dar uma olhada, também, em retorno puerperal: consulta e orientações de contracepção. Lembre-se de sempre levar em conta o que é preconizado pelo Ministério da Saúde.
Clique aqui e baixe o Mapa Mental de Assistência ao Pré-Natal para te ajudar com os estudos.
O parto
Revise: métodos, indicações, contraindicações relativas e absolutas de indução do parto, indicações de cesárea, índice de Bishop, analgesias, parto eutócico/distócico com condutas, hemorragia puerperal (os 4 “Ts”: tônus, trauma, tecido e trombina). Revise também a sequência de procedimentos nesses casos e, o mais queridinho das provas: partograma (você deve treinar bastante esse último). Esses são assuntos que não podem faltar.
Síndromes hipertensivas na gestação
Saber as classificações de hipertensão arterial crônica e gestacional e em que momento e se diagnostica; diferenças entre pré-eclâmpsia (leve e grave), eclâmpsia, síndrome HEELP; sintomas, fatores de risco, exames laboratoriais, critérios diagnósticos, conduta em cada caso (principalmente os 10 passos no manejo da convulsão eclâmptica) e intervenções obstétricas em cada caso. Muito importante o tratamento definitivo da eclâmpsia, o nascimento do feto e a retirada da placenta, que devem ocorrer independentemente da idade gestacional, logo que o quadro clínico estiver estabilizado, com a recuperação do sensório e o controle da hipertensão arterial grave. Não havendo contraindicação ao parto vaginal, o trabalho de parto pode ser induzido.
Leia mais: Pré-eclâmpsia: como sulfatar gestante
Síndromes hemorrágicas da 1ª metade da gestação: Aborto, gestação ectópica e mola hidatiforme
O aborto é a complicação mais comum da gravidez e você não pode deixar de saber as diferenças entre aborto ou aborto evitável, inevitável, incompleto, completo e retido, com base na história e nos achados clínicos, laboratoriais e de imagem. Além disso, também dê uma espiada sobre o aborto terapêutico e o aborto infectado ou séptico. É preciso ficar ligado nas diferentes condutas frente a cada um deles (expectante, medicamentosa ou cirúrgica). Já gestação ectópica, como sempre, diagnóstico adequado, critérios para tratamento expectante, clínico ou cirúrgico. Mola hidatiforme: diagnóstico clínico, exames complementares e conduta. Diagnóstico, conduta frente às complicações e seguimento pós-esvaziamento. E, por fim, transformação maligna, revisar o diagnóstico e condutas.
Vitalidade fetal
O mais cobrado das provas é a cardiotocografia (CTG). Geralmente, as provas trazem a imagem do exame, então é bom treinar bastante, fazendo as provas anteriores. Você deve ficar por dentro da caracterização dos parâmetros da frequência cardíaca fetal (FCF), avaliados pela CTG: variabilidade, acelerações e desacelerações; classificação do traçado da FCF intraparto (categorias I, II E III). Por fim, outro tema que aparece com frequência é a interpretação clínica do resultado do PBF e dos parâmetros analisados (tônus fetal, movimentos corpóreos fetais, movimentos respiratórios fetais e volume do líquido amniótico)
Agora que você já sabe quais são os assuntos mais quentes, pegue um papel e uma caneta e bora colocar no seu resumo!
Ótimos estudos!
E, se você está pensando em fazer a Residência de Ginecologia e Obstetrícia, não deixe de ler: Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia: tudo o que você precisa saber
Estude com a Medcel!
Com uma metodologia assertiva, você vai encontrar muito conteúdo e dicas baseadas nas estatísticas de incidência dos temas que mais caem nas provas. E, o melhor, ter ao seu lado professores especialistas das principais instituições médicas do país.
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Por Julia da Silveira Gross
Graduada em Medicina pela Universidad del Norte (2021), revalidado pela Universidade Federal Fluminense, possui mestrado em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2014), especialização em Fisiologia do Exercício (2013) e graduação em Educação Física pela UFRGS (2011).
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