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HIV, Sífilis e Hepatites Virais: o que mudou?

Em julho deste ano, foi atualizado o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Prevenção da Transmissão Vertical de HIV, Sífilis e Hepatites Virais (PCDT-TV 2022). Esse protocolo traz orientações sobre o manejo das mulheres quanto as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Também trata das questões relacionadas à prevenção, ao diagnóstico e tratamento das IST, especialmente da sífilis, das hepatites virais B e C e da infecção pelo HIV em gestantes e crianças expostas. Resumidamente, esse documento é estruturado em cinco partes: 

Então, vamos lá…

HIV

Sobre o esquema preferencial de terapia antirretroviral (TARV) em gestantes vivendo com HIV (GVHIV) em início de tratamento, o esquema preferencial em qualquer idade gestacional (que antes era a partir da 13° semana gestacional) sem tratamento prévio é Tenofovir + Lamivudina + Dolutegravir. Lembrando que o risco de transmissão vertical do HIV é determinado pela carga viral HIV (CV-HIV) materna, pelo uso de TARV durante a gestação e pela relação entre o tempo de uso de TARV efetiva e o parto. A supressão da CV-HIV é um fator determinante na prevenção da TV. Se a gestante tem tratamento prévio, o protocolo indica manter medicação.

Sífilis

No que diz respeito à transmissão vertical da Sífilis, não foi exatamente uma atualização e, sim, uma organização referente a classificação do estágio da Sífilis e nos intervalos de aplicação de Penicilina. Fica acordado:

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Lembre-se que se recomenda tratamento imediato com benzilpenicilina benzatina após somente um teste reagente para sífilis (treponêmico ou não treponêmico), independentemente da presença de sinais e sintomas de sífilis. E, para verificar a resposta adequada ao tratamento, deve-se fazer monitorização mensal do teste não-treponêmico durante a gestação. O monitoramento mensal das gestantes não tem o intuito de avaliar queda da titulação, mas, principalmente, descartar aumento da titulação em duas diluições, o que configuraria reinfecção/reativação e necessidade de retratamento da pessoa e das parcerias sexuais. No pós-parto: fazer a dosagem trimestral no primeiro ano e semestral no segundo ano.

Para considerar uma resposta imunológica adequada: 

  • Diminuição titulação do teste não treponêmico em duas diluições (4x) em até três meses e quatro diluições (16x) até seis meses, até a negativação OU
  • Queda na titulação em duas diluições (4x) dentro de 6 meses para sífilis recente e 12 meses para sífilis tardia. Lembrando que, o Brasil, assim como muitos países, apresenta uma reemergência de doença, sendo assim um “prato cheio” para as provas.

Leia também: Gestação ectópica: entenda as causas e fatores de risco

Hepatites virais

Em relação à transmissão vertical das Hepatites Virais: mudança na recomendação de rastreio para hepatite C (HCV) durante o pré-natal. Então, é obrigatório testar na primeira consulta: sífilis, HIV, hepatite B, toxoplasmose e, agora, entrou hepatite C. Pode ser teste rápido ou sorologia (Anti-HCV). 

Já sobre a hepatite B, a gestante que apresentar HbsAg reagente na primeira consulta de pré-natal deve avaliar a necessidade de profilaxia para transmissão vertical ou tratamento. Aqui está a mudança. 

  • Gestante com HbsAg E HBeAg reagente ou CV-HBV acima de 200.000 UI/ml ou desconhecida: você vai utilizar tenofovir para profilaxia de transmissão vertical no terceiro trimestre;
  • Gestante com mais de 30 anos e HBeAg reagente ou CV-HBV acima de 2.000 UI/ml e alteração 1,5x o limite superior da normalidade, mantido por 3 a 6 meses: você vai utilizar o tenofovir para tratamento. Gestantes com HBV crônica em tratamento devem mantê-lo com tenofovir. Cuidado com as pegadinhas: não pode esquecer de notificar o caso; investigar contactantes; solicitar CV-HBV, HBeAg e ATL, garantindo que o resultado esteja disponível antes de 24 semanas. E, no nascimento, aplicar a RN exposto a vacina hepatite B e IGHAHB nas primeiras 12 horas. 

Por Julia da Silveira Gross

Graduada em Medicina pela Universidad del Norte (2021), revalidado pela Universidade Federal Fluminense, possui mestrado em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2014), especialização em Fisiologia do Exercício (2013) e graduação em Educação Física pela UFRGS (2011).

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4/10/22
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