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e tudo ao nosso redor está mudando radicalmente com a inteligência artificial, podemos ter certeza que a saúde também vai mudar. Na verdade, já está mudando, mas este movimento está só começando.

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Inteligência artificial

Inteligência artificial faz parte de uma área mais abrangente chamada de Data Analytics. Didaticamente, podemos dividir a Data Analytics em 2 partes:

  1. Descritiva: capta dados do que já passou, organiza, analisa e cria indicadores. Muitas vezes chamamos esta ação de BI (Business Intelligence).
  2. Preditiva e prescritiva: aqui entra a ação dos cientistas de dados e a inteligência artificial. Usando os dados daquilo que já passou e modelos matemáticos avançados/algoritmos, os computadores são capazes de interagir com os seres humanos em tempo real, estimar o futuro e dar sugestões.

Além disso, conforme acontece a interação entre o computador e as pessoas, o sistema consegue aprender sobre aquilo que errou e o que acertou. E, com isso, melhora sua interação. Esta é a inteligência artificial. E, dentro dela, temos as ações de Machine Learning e Deep Learning.

Usos na Medicina

Podemos dividir novamente em 2 grandes áreas – gestão de saúde e ajuda nas decisões clínicas.

Gestão em saúde: estudo dos dados de saúde populacionais para estimar acesso aos ambulatórios, prontos-socorros, hospitais, exames laboratoriais; desenvolver as metas de saúde – Medicina baseada em valor; acompanhar os protocolos de saúde (protocolos das principais doenças e das ações de segurança do paciente) – Custo-efetividade; predizer impacto de surtos de doenças, como a dengue no verão e gripe no inverno, para sugerir melhores ações.

Decisão clínica: o uso da inteligência artificial como apoio a decisões clínicas irá auxiliar as consultas médicas analisando a linha de cuidado dos pacientes, mapeando interações medicamentosas, sugerindo exames e tratamentos com base em protocolos feitos pelos próprios médicos, auxiliando os laudos de exames de imagem e anatomia patológica.

Se estiverem disponíveis dados como o genoma do paciente, os sistemas poderão ajudar a definir o plano terapêutico personalizado.

Empoderamento dos pacientes

O acesso aos dados de saúde e uso de wearables (dispositivos como smartbands) permitem que os pacientes tenham acesso a vários aspectos da sua saúde. O Apple Watch já fornece o traçado eletrocardiográfico com laudo se o paciente sentir uma palpitação e o envia pela internet para o médico responsável.

Cirurgia robótica

Em 1985, um robô foi usado para auxiliar uma cirurgia pela primeira vez. O exército americano vislumbrou usar robôs para cirurgia a distância com um cirurgião nos Estados Unidos controlando o joystick, mas o projeto não foi concluído por limitações na velocidade de transmissão de dados.

Leia também: Conheça Da Vinci: o robô cirurgião

Os robôs assistindo cirurgias apresentam as seguintes vantagens: precisão, menores incisões, menor sangramento, magnificação das estruturas de pequenas cavidades e ergonomia para o cirurgião. O custo de aquisição ainda é a principal desvantagem.

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Por Prof. Dr. Rafael Munerato

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Postado em
6/2/19
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