Em busca de dicas e sugestões de como se manter na faculdade com a bolsa de Residência Médica? Certamente, esse é mais um desafio comum à trajetória da formação médica, já que a carga horária da Residência é intensa.
Neste post, vamos apresentar algumas sugestões de como gerenciar a sua vida financeira para superar essa fase da formação médica. Veja a importância da educação financeira e o quanto é necessário utilizar esses conhecimentos para fazer um planejamento financeiro durante a Residência Médica. Boa leitura!
Importância da educação financeira
Já no início da graduação, a questão financeira faz parte da realidade dos alunos. O curso de Medicina é um dos que têm a mensalidade mais cara do Brasil. Isso implica, muitas vezes, em financiamentos estudantis, taxas de matrícula e tantas outras despesas necessárias para se manter no curso ao longo da graduação.
O curso de graduação médica é dividido em três fases de 2 anos, a saber:
- Ciclo Básico: o foco é nas matérias básicas como Anatomia, Fisiologia e Genética;
- Ciclo Clínico: o aluno começa a ter contato com os pacientes e acompanha alguns procedimentos médicos;
- Internato: é a fase final do curso, que corresponde ao estágio obrigatório.
O internato corresponde aos 2 últimos anos da faculdade, quando o aluno faz o estágio obrigatório que, é importante ressaltar, não é remunerado. E, por conta da carga horária dividida entre estudos e estágio, acaba sendo difícil para o aluno exercer outras funções que lhe ofereçam uma renda extra.
Chegando quase ao fim da graduação, outras despesas também devem ser consideradas, como a tão sonhada festa de formatura. Também surgem as inscrições para os programas de seleção de Residência Médica, cujas taxas de inscrição podem ser altas.
Organização financeira na Residência Médica
Decerto, a Residência Médica é um momento muito importante de desenvolvimento profissional do médico recém-formado. Nessa transição, é comum que o estudante relembre a sua trajetória e deposite grandes expectativas nesse desafio.
Entretanto, um dos pontos que não devem ficar de fora na hora de considerar um programa de Residência é a organização financeira. Aliás, essa é uma questão que deve estar presente não só no início da carreira, mas em toda a jornada da especialidade médica.
Bolsa-auxílio
Em geral, a carga horária da Resiliência gira em torno de 60 horas semanais: são plantões exaustivos e, dependendo da área, o médico precisa, praticamente, morar no hospital. Logo, o termo “residência” é mesmo literal, pois o residente nem sempre consegue ir em casa.
Para esse trabalho, o Governo Federal oferece uma bolsa de Residência Médica. Assim, isso não é uma fonte de renda, mas a remuneração que os residentes recebem para a manutenção deles na Residência Médica. Essa remuneração corresponde a uma bolsa-auxílio e não a um salário. Ou seja, é um auxílio que não gera vínculo empregatício com o hospital ou instituição.
Atualmente, o valor da bolsa dos residentes foi estipulado em R$ 4.106,09. Esse valor é determinado por lei e é padronizado: em todas as instituições o valor é o mesmo. Vale frisar que esse é o valor bruto, com a contribuição previdenciária, que retém 11% na fonte, o líquido fica abaixo de R$ 3.700,00.
Planejamento financeiro também é investimento
Tanto os médicos que já estão na Residência Médica como quem ainda está em busca de uma vaga precisa ter uma visão clara de seus objetivos, principalmente quanto às metas financeiras.
Igualmente relevante é priorizar a organização dos gastos desde a graduação. Isso ajuda a estabelecer práticas e hábitos que favorecem um planejamento financeiro mais sólido. Ou seja, é necessário conhecer toda a movimentação financeira e anotar, com precisão, tudo o que se recebe e gasta.
Logo, é preciso entender não apenas as implicações desses fatores, mas também os passos necessários que possibilitam atingir esses objetivos. Se você pretende fazer Residência Médica em outra cidade, essa gestão financeira se torna ainda mais crucial. Isso porque vai precisar de gastos extras, já que não poderá morar com a família durante a formação.
Opções de investimentos rentáveis
É a famosa frase: “dinheiro gera dinheiro”. Conhecer as possibilidades que o mercado financeiro oferece é fundamental para otimizar o seu planejamento e trazer rendimentos.
No mercado financeiro há diferentes opções de investimentos. Alguns são de baixo risco, como os de renda fixa. Esses investimentos têm taxas pré-fixadas e as alíquotas são definidas no momento da contratação.
Ou seja, por meio dessa opção, o investidor já tem a perspectiva da rentabilidade imediatamente. São exemplos dessa alternativa o Tesouro Direto e os Certificados de Depósito Bancário, conhecidos popularmente como CDBs.
Há, ainda, os investimentos de médio a alto risco, que se caracterizam por alternativas de renda variável. Caso o residente opte por esse tipo de investimento, ele deve estar ciente de que existe um risco maior, já que a variação depende do comportamento do mercado. Ou seja, o retorno desses investimentos podem ser tanto positivo quanto negativo.

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Como gerenciar suas finanças durante a Residência Médica
Listamos algumas sugestões que favorecem a administração de suas finanças. Em busca de alternativas de como economizar mais para gerenciar melhor a sua bolsa de Residência Médica? Veja, agora, como controlar melhor as suas finanças nessa etapa da formação médica.
Identifique e quantifique seus gastos
Desde a graduação de Medicina é importante identificar cuidadosamente onde os principais gastos estão se concentrando. Seguindo essa dinâmica financeira será mais fácil controlar os gastos e priorizar as despesas essenciais durante a Residência, como alimentação, transporte e gastos com moradia.
Vale destacar, ainda, que a adoção dessas práticas ajuda a evitar desperdícios com supérfluos, principalmente. Mais que isso: permite direcionar os recursos para despesas que verdadeiramente agregam valor e são determinantes ao alcance dos seus objetivos mais relevantes.
Entenda as suas despesas
É importante entender como é o seu perfil consumidor para saber como ajustá-lo de acordo com a sua receita. Quanto mais previsível for o seu consumo, melhor.
Uma das possibilidades de economizar com aluguel é dividir a casa com um amigo ou utilizar moradia disponibilizada aos residentes de baixa renda. Em algumas instituições existe auxílio para residentes com determinados perfis socioeconômicos. Essa alternativa pode ser uma forma de economizar o que ganha com bolsa de Residência Médica.
Outra dica é utilizar mais o transporte público ou morar mais próximo ao local da Residência. Experimente transportes alternativos, como bike ou patinete. Além de uma opção de lazer divertida, é econômico e faz bem pra saúde.
Gaste somente o necessário
Ao avaliar o valor da bolsa-auxílio para o residente, não podemos deixar de mensurar as despesas com moradia, transporte, alimentação e todos os outros custos envolvidos no dia a dia. Se a cidade do programa de Residência tiver um custo de vida alto, esse é mais um ponto de atenção.
Por isso, gerencie suas despesas e evite uma rotina atrelada a plantões excessivos e uma carga horária de trabalho que impacte negativamente na sua saúde física e mental. Logo, é fundamental organizar a sua jornada para viver bem com a bolsa de Residência Médica e fazer um bom planejamento financeiro.
Registre suas despesas diárias
O primeiro passo para desenvolver o hábito de organizar as finanças pode ser escolher um mês e anotar, detalhadamente, tudo o que gastar. Isso vale para as despesas fixas, tais como gastos com alimentação, Uber ou despesas pontuais. Essa prática é importante porque ajuda no controle das finanças do médico residente.
Depois, basta escolher um método de controle que seja mais adequado ao seu padrão de consumo. Lembre-se de que cada método tem prós e contras. Logo, essa escolha vai depender da preferência pessoal e da sua performance quanto ao cumprimento de regras e disciplina em curto, médio e longo do tempo.
Para quem está no início dessa investida e pretende manter o orçamento apenas com a bolsa da Residência Médica, a sugestão é definir um método de monitoramento das finanças que seja simples e mais fácil de integrar à rotina.
Guarde um dinheirinho todo mês
Poupar dinheiro é muito importante e pode ser a solução para evitar que você passe por um perrengue financeiro frente a algum imprevisto. Se isso ocorrer, eventualmente, o ideal é que tenha uma reserva financeira.
Separe sempre um percentual da sua receita todo mês. Comece com pouco e vá aumentando conforme você aumenta os ganhos e se adapta a sua disciplina.
Avalie as oportunidades de trabalho
Durante a Residência, é comum que surjam diversas oportunidades de trabalho. Em geral, um médico plantonista recém-formado é bem pago por seus plantões, principalmente quando se trata de setores de atendimento de emergência. No entanto, uma carga elevada de trabalho pode ser muito estressante.
Portanto, o médico deve avaliar e pesar os prós e contras desses empregos. Pois apesar do retorno financeiro imediato, nem sempre é possível conciliar esses plantões com as obrigações da Residência.
Sendo assim, evite aumentar o seu padrão de consumo, em especial nesse primeiro momento. Opte por uma reserva de longo prazo e organize-se para garantir mais tranquilidade financeira no futuro.
Foque em seus objetivos mais relevantes
Por fim, vale destacar que é preciso avaliar criteriosamente as formas de economizar e gerenciar as finanças do médico residente. Para tanto, o ideal é manter um foco claro naquilo que é fundamental e pode significar um diferencial para a qualidade de sua formação profissional.
Como você notou, o planejamento financeiro é uma das mais importantes ferramentas para aqueles que já estão no curso ou pretendem ingressar na Residência. Logo, entender como gerenciar o valor da bolsa de Residência Médica ajuda a garantir estabilidade para se dedicar aos estudos com mais tranquilidade e segurança.
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