Hoje, você vai saber as principais informações sobre cisto no ovário. Neste material, vamos abordar essa temática sob a perspectiva de um médico residente, no intuito de orientá-lo sobre como esse assunto pode cair na prova.

De início, explicaremos as noções básicas sobre o ovário e o seu funcionamento. Em seguida, apresentaremos os principais problemas e doenças que afetam esse órgão. Ainda, entenda as particularidades do cisto no ovário, tais como as causas, sintomas, diagnóstico e tratamento. Aproveite a leitura!

A função dos ovários

Essas estruturas têm função dupla: os ovários têm função endócrina — produzem os hormônios, principalmente o estrogênio, cujo papel é estimular o preparo do endométrio. A outra função é liberar um óvulo a cada ciclo menstrual.

Os ovários são parte integrante do sistema reprodutor feminino, juntamente com o útero, tubas uterinas, vagina e vulva. Assim, esses órgãos são responsáveis pela produção dos hormônios sexuais femininos e pelo armazenamento e liberação dos óvulos.

Principais doenças que acometem os ovários

Listamos os dois principais problemas que podem surgir nos ovários. Em destaque, aqueles temas que, geralmente, são mais cobrados nos processos seletivos de Residência Médica. Veja quais são!

Cistos

Em geral, os cistos ovarianos são bem comuns em mulheres na idade reprodutiva. Eles se manifestam como sacos cheios de líquido, que se formam no interior dos ovários. Na maioria das vezes, eles não provocam nenhum sintoma e, com o tempo, desaparecem por conta própria.

No entanto, em algumas situações, os cistos podem causar desconforto e exigir tratamento. Para melhor compreensão do tema, observe os sinais e sintomas mais prevalentes:

  • inchaço na região abdominal;
  • dispareunia (dor durante a relação sexual);
  • mudanças nos padrões dos ciclos menstruais;
  • dor pélvica, que pode ser constante ou intermitente;
  • sensação de dores, pressão ou desconforto no abdômen;
  • necrose do cisto, que provoca dor súbita e aguda na região pélvica.

 Quanto às causas, as principais são:

  • folículos ovarianos: ocorre quando o folículo não libera o óvulo, que continua a crescer e forma um cisto funcional;
  • endometriose: quando o revestimento do útero cresce fora dele, levando ao desenvolvimento de cistos chamados de endometriomas;
  • cistos dermoides: também chamados de teratomas, estes contêm tecidos diversos, como cabelo, pele ou até mesmo dentes.

Melhores tratamentos

Quando os cistos ovarianos são inofensivos, o médico deve recomendar o monitoramento regular, por meio de exames de ultrassom. Porém, nos casos mais graves, as melhores intervenções clínicas são as que você verá a seguir!

  1. Medicamentos: os analgésicos de venda livre são os mais indicados. Na prática clínica, o Ibuprofeno ou Paracetamol tem sido bem aceitos no alívio da dor associada aos cistos. Em casos específicos, os contraceptivos orais podem ser recomendados para a prevenção de novos cistos.
  2. Cirurgia: mais invasiva, as intervenções cirúrgicas são indicadas somente se um cisto for grande, doloroso ou causar complicações. Na cirurgia, também devem ser removidos mediante suspeita de potencial cancerígeno. Nesses casos, os procedimentos mais indicados são a remoção cirúrgica do próprio cisto, conhecido por cistectomia. Convém avaliar, ainda, a necessidade da remoção do ovário afetado (ooforectomia), ou até mesmo de todo o útero (histerectomia).
  3. Drenagem por punção: mesmo que seja usada em casos raros, esta técnica também pode ser empregada em nódulos no ovário. Quando um cisto é muito grande, é possível fazer a drenagem, sendo que o procedimento é feito pela inserção de uma agulha no abdômen. O resultado esperado é a redução da pressão e da dor.

Síndrome dos Ovários Policísticos – SOP

Também denominada SOP, a síndrome dos ovários policísticos é uma condição hormonal comum, sobretudo em mulheres mais jovens, que estão em idade reprodutiva.

Quanto aos sintomas, os mais típicos são:

  • irregularidades menstruais, comuns em mulheres com nódulo;
  • hiperandrogenismo, que resulta em maior expressão de caracteres masculinos;
  • aumento de pelo no rosto (hirsutismo);
  • amenorreia ou sintomas relacionados à ovulação, que levam à dificuldade em engravidar;
  • maior tendência a crescimento de cisto no ovário.

Esse quadro pode causar uma variedade de sintomas e, apesar da prevalência, algumas de suas causas ainda não estão bem estabelecidas. No entanto, enumeramos que são mais comuns:

  1. Desequilíbrio hormonal: a SOP pode ocorrer em consequência dos níveis elevados de hormônios masculinos (androgênios), bem como a desregulação das taxas de insulina.
  2. Resistência à insulina: muitas mulheres com manifestações típicas da SOP apresentam resistência à insulina. Esta é uma causa que ainda gera discordância devido à dicotomia da situação: ainda não se sabe se há relação de causa ou de efeito entre esse hormônio e a SOP.
  3. Fatores genéticos: na etiologia da síndrome, certamente existe um forte componente genético, já que o quadro é bem mais identificado em mulheres com histórico familiar dessa condição.
  4. Obesidade: o excesso de peso, assim como um estilo de vida sedentário, podem piorar os sintomas da SOP. Pessoas com esse perfil tendem a apresentar maior resistência à insulina e, portanto, desenvolver a doença.

Tratamentos para a SOP

As formas de intervenção mais indicadas são:

  • incentivo a mudanças no estilo de vida, principalmente quanto à manutenção de um peso saudável;
  • realização de atividades físicas regulares;
  • manutenção da glicemia sob controle;
  • uso de contraceptivos orais combinados para regularizar os ciclos menstruais e diminuir os níveis de andrógenos;
  • investimento em tratamentos de fertilidade, tais como indução da ovulação ou por meio de técnicas de reprodução assistida.

A preparação para a prova de Residência Médica

Para atuar como médico especialista no Brasil é necessário fazer residência ou pós-graduação médica e obter o título de especialista, além, é claro, de se manter sempre atualizado e estar a par das novidades que surgem no meio científico. Mesmo quem faz Medicina no exterior, além do Revalida, precisa realizar a especialização.

Durante a preparação para a residência médica, quem pretende atuar em Ginecologia e Obstetrícia, por exemplo, precisa estar atento às temáticas mais cobradas nos exames. Temáticas envolvendo assuntos atuais e mais prevalentes, como o cisto no ovário, requerem atenção especial.

Para obter um bom desempenho nas provas, o ideal é se dedicar ao estudo, treinando questões de provas e exames de seleção anteriores. E que tal conhecer o melhor curso preparatório para residência médica?

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7/6/24
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