Quem sonha em fazer Residência Médica em Dermatologia precisa estar a par das novidades que surgem quanto ao manejo doenças dermatológicas e cuidado com o paciente. A psoríase é uma das doenças dermatológicas de grande prevalência e que apresenta diversas singularidades, já que pode afetar não só a pele, como também as articulações.

Nesse contexto, vamos apresentar valiosas dicas e informações tanto para médicos já em atividade, como também para os estudantes de Medicina. Saiba que forma identificar e tratar a psoríase e os sinais e sintomas mais comuns. Ainda, conheça suas possíveis causas e as ações de maior relevância na hora de minimizar os seus impactos. Acompanhe!

O que é a psoríase

A doença é caracterizada por uma condição crônica da pele. A psoríase provoca o surgimento de manchas vermelhas e escamosas, que podem ou não surgir acompanhadas de coceira.

Em geral, essas manchas podem aparecer em qualquer área do corpo, mas são mais comuns no couro cabeludo, cotovelos, joelhos, dobras do braço e região lombar.

Principais formas de apresentação da psoríase

Destacamos os diferentes tipos de psoríase. Independentemente da área da Medicina escolhida, conhecer essas diferenças ajuda na rotina médica. Confira!

Vulgar

Também conhecida como psoríase em placas, essa é a forma mais comum de psoríase na população. As placas são caracterizadas pelo surgimento de manchas vermelhas e escamosas na pele.

Em geral, essas placas podem surgir em qualquer parte do corpo e variam em tamanho e de formato. No entanto, as áreas mais afetadas são cotovelos, joelhos, couro cabeludo e região dorsal.

As placas da psoríase vulgar podem ser reconhecidas por particularidades, tais como a coloração avermelhada e a aparência elevada. Normalmente, elas são cobertas por uma camada de escamas prateadas ou esbranquiçadas. Também é importante observar se, no entorno das placas, a pele fica mais ressecada, rachada, dolorida, ou se há queixas de coceira.

Gutata

É uma forma específica de psoríase que, em geral, costuma ter relação com infecção bacteriana. Mais comumente, a doença se desenvolve após uma infecção estreptocócica da garganta.

Semelhantemente à psoríase vulgar, na gutata, o paciente também apresenta sintomas como manchas vermelhas e escamosas. Estes tendem a ser perceptíveis em diferentes partes do corpo, muito embora o início seja no tronco, braços e pernas.

Outro aspecto relevante é que as lesões da psoríase gutata são menores, menos dolorosas e mais finas do que as placas da psoríase vulgar.

Eritrodérmica

Entre as formas de psoríase, essa é a mais grave. Apesar de ser bastante rara, convém conhecer as características que ajudam no diagnóstico dessa doença. Um importante diferencial é que a psoríase eritrodérmica afeta toda a superfície da pele do corpo.

A doença é caracterizada por uma vermelhidão intensa e provoca descamação generalizada. Essa característica faz com que ela se assemelhe à queimadura de sol grave.

As pessoas com esse tipo de psoríase podem ter sintomas específicos, como febre, calafrios, alteração do ritmo cardíaco e inflamação da pele. Mesmo que as causas não estejam bem elucidadas, há evidências de relação da doença com o uso excessivo de corticosteroides, infecções recorrentes e reações a medicamentos.

Sinais e sintomas

Saiba como reconhecer os principais indícios desse problema:

  • placas vermelhas e escamosas, que são comuns na maioria dos quadros;
  • processo inflamatório no local da placa, que pode ser coberto por escamas prateadas ou brancas;
  • escamas acompanhadas de coceira, inclusive no couro cabeludo;
  • irritação e desconforto na região da pele afetada;
  • processo de descamação, que deixa a pele seca, rachada e áspera;
  • inflamação e dor nas áreas de lesões de psoríase, que podem causar rachadura e sangramento;
  • alterações nas unhas, como mudança na coloração, manchas, sulcos, espessamento ou descolamento;
  • problemas nas articulações, condição resultante da artrite psoriásica.

Possíveis causas

A origem dessa doença ainda desafia os profissionais da Medicina, inclusive os especialistas em Genética Médica. Todavia, pode-se afirmar que a psoríase é uma condição multifatorial. Porém, suas causas exatas ainda não estão totalmente compreendidas. Dito isso, a hipótese mais aceita está relacionada a fatores diversos. Ou seja, a psoríase surge pela combinação de aspectos resultante da interação complexa que envolve influências genéticas, imunológicas e ambientais.

Nesse contexto, listamos algumas das possíveis causas e os principais fatores de risco associados à psoríase. Confira:

  • predisposição genética: quem tem parentes de primeiro grau com psoríase tem o risco aumentado de desenvolvê-la;
  • alterações do sistema imunológico: condição que desencadeia um processo inflamatório e acelera a produção de células da pele;
  • causas ambientais: infecções, mau gerenciamento do estresse emocional, clima frio e seco, lesões na pele e o uso de certos medicamentos elevam os riscos;
  • obesidade: associada à síndrome metabólica, o risco de desenvolver a doença é maior.

Alternativas de tratamento

Geralmente, as melhores formas de intervenção para minimizar os impactos da progressão da doença envolvem uma combinação de terapias. Assim, o tratamento envolve terapias tópicas, como cremes e pomadas, que são associados a outras alternativas.

Dependendo da gravidade da doença, o médico pode avaliar a possibilidade de recomendar o uso de fototerapia, que é por meio da exposição à luz ultravioleta. A indicação de medicamentos orais ou injetáveis também pode ser prescritos para ajudar no manejo dos sintomas.

Faz-se exceção o tratamento da psoríase eritrodérmica, a forma de maior gravidade dessa doença. As terapias de controle, geralmente, envolvem hospitalização para cuidados mais intensivos, tais como o monitoramento dos sinais vitais.

Nesse caso, pode ser necessário, ainda, a aplicação de tratamentos tópicos e sistêmicos para reduzir a inflamação e aumentar o padrão de resposta imunológica do paciente.

Prevenção, cuidado e orientações ao paciente

Ainda que a doença não tenha cura definitiva, por meio de cuidados preventivos é possível minimizar os seus efeitos sobre a saúde. Nesse sentido, as melhores sugestões para orientação ao paciente incluem:

  • hidratação da pele;
  • evitar produtos irritantes;
  • tomar banho com água morna;
  • bom manejo do estresse e de eventos estressores na rotina.

Conhecer as opções de tratamento para a psoríase é essencial na promoção do gerenciamento da conduta médica com vistas ao bem-estar dos pacientes diagnosticados com esse problema.

Além da Dermatologia, o médico generalista ou quem opta pela Residência em Clínica Médica também se torna apto a cuidar dos pacientes com essa doença. De toda forma, convém ficar de olho nas novidades da Dermatologia.

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24/5/24
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