Hey, tudo bem?

Ano passado vimos despencarem questões de saúde mental nas provas, e este ano não vai ser diferente, então é bom revisar temas importantes de Psiquiatria. Hoje, trouxe para você informações sobre o surto psicótico, caracterizado pela perda temporária de contato com a realidade, manifestando-se por meio de alucinações, delírios, pensamento desorganizado e comportamentos anômalos. Quem trabalha em pronto atendimento provavelmente já viu isso na prática. Quer saber mais sobre o assunto? É só continuar a leitura.

O que é um surto psicótico?

O surto psicótico pode ocorrer de forma aguda e ser precipitado por diversos fatores, incluindo transtornos psiquiátricos primários, uso de substâncias psicoativas, condições médicas subjacentes e fatores de estresse psicossocial.

Transtornos psiquiátricos

  • Esquizofrenia: uma das causas mais comuns de surtos psicóticos. Pacientes com esquizofrenia podem apresentar episódios psicóticos ao longo da vida, com sintomas como alucinações auditivas, delírios persecutórios e desorganização do pensamento;
  • Transtorno bipolar: episódios maníacos ou depressivos graves podem incluir sintomas psicóticos, especialmente delírios de grandeza durante a mania ou delírios de culpa durante a depressão;
  • Depressão psicótica: uma forma grave de depressão maior em que os sintomas depressivos são acompanhados por características psicóticas, como delírios e alucinações congruentes com o humor.

Uso de substâncias

  • Drogas recreativas: substâncias como LSD, psilocibina, anfetaminas e cocaína podem induzir estados psicóticos agudos, frequentemente caracterizados por alucinações visuais e auditivas;
  • Álcool e síndrome de abstinência: tanto a intoxicação quanto a abstinência de álcool podem precipitar episódios psicóticos, como delirium tremens.

Condições médicas

  • Doenças neurológicas: lesões cerebrais, tumores e doenças neurodegenerativas podem causar com sintomas psicóticos;
  • Infecções: infecções do sistema nervoso central, como encefalite, podem precipitar surtos psicóticos;
  • Distúrbios metabólicos: condições como hipoglicemia e insuficiência hepática podem levar a estados de confusão e psicose.

Fatores psicossociais

  • Estresse extremo: traumas emocionais e eventos de vida altamente estressantes podem desencadear episódios psicóticos em indivíduos predispostos.

Fisiopatologia do surto psicótico

A fisiopatologia do surto psicótico envolve múltiplos sistemas neurotransmissores, com destaque para as vias dopaminérgicas. Hiperatividade dopaminérgica na via mesolímbica é frequentemente associada a sintomas positivos da psicose, como alucinações e delírios. Disfunções em outras vias neurotransmissoras, incluindo serotonina, glutamato e ácido gamaminobutírico (GABA), também estão implicadas na patogênese da psicose.

Quadro clínico

O quadro clínico de um paciente em surto psicótico é caracterizado por uma série de sintomas que refletem a perda de contato com a realidade. Esses sintomas podem variar em intensidade e tipo, mas geralmente incluem alucinações, delírios, pensamento desorganizado e comportamento anômalo.

Diagnóstico

O diagnóstico de um surto psicótico é predominantemente clínico e baseado na avaliação detalhada dos sintomas. Caso a clínica não fique clara, exames laboratoriais podem ser usados para excluir causas metabólicas, infecciosas ou toxicológicas de psicose. Exames de imagem, como Ressonância Magnética (RM), podem ser utilizados para descartar lesões estruturais do cérebro.

Tratamento

Farmacológico

  • Antipsicóticos: visam reduzir a hiperatividade dopaminérgica;
  • Estabilizadores de humor: usados em casos de transtorno bipolar;
  • Antidepressivos: indicados para depressão psicótica.

Intervenções psicossociais

  • Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): ajuda os pacientes no desenvolvimento de habilidades para lidar com os sintomas e prevenir recaídas;
  • Suporte familiar: essencial para o tratamento contínuo e a recuperação do paciente;
  • Hospitalização: necessária em casos de psicose grave que coloca o paciente ou outros em risco ou quando o tratamento ambulatorial não é suficiente para controlar os sintomas.

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Referência:

YAKOBCHUK, Olena. Handsome depressed man in casual clothes is leaning on his knees and telling about his problems while sitting on the couch at the psychotherapist. Doctor in focus. [20--?]. 1 fotografia. Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/handsome-depressed-man-casual-clothes-leaning-1845309697. Acesso em: 11 jul. 2024.

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Postado em
12/7/24
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