ma das invenções mais importantes da história da humanidade, a pílula anticoncepcional mudou completamente os padrões de comportamento e estilo de vida. Com a liberdade para escolher quando e se desejavam ter filhos, as mulheres puderam ter um papel mais forte na sociedade e ocupar postos que antes eram lhes negado.
Considerado como seguro, por ter um índice de Pearl inferior a 1, a pílula é o método contraceptivo mais utilizado por mulheres de todo o mundo. O medicamento foi criado na década de 60, sendo aperfeiçoado posteriormente para diminuir seus efeitos colaterais, no entanto seu principio ativo continua o mesmo.
História da pílula anticoncepcional
Em 1957, o lançamento de um medicamento mudaria completamente o mundo. O Enovid tinha como principal função cuidar dos distúrbios da menstruação. Mas foi o seu efeito colateral que chamou mais atenção das mulheres. Entre as advertências contidas na bula, uma teve destaque: pode causar suspensão temporária da fertilidade.
Pelo menos 500 mil mulheres recorreram ao medicamento em busca de seu efeito colateral, o que fez com que, em 1960, o governo americano aprovasse a venda do Enovid como o primeiro anticoncepcional ingerido por via oral da história.
No entanto, os esforços para o lançamento do medicamento começaram uma década antes. O projeto teve início quando Margaret Sanger, uma feminista de quase 80 anos, a milionária Katherine McCormick e o cientista renegado Gregory Pincus se juntaram para trabalhar na criação de uma pílula fácil de ser tomada, barata e efetiva. Como a legislação norte-americana vigente na época proibia a comercialização de contraceptivos, o resultado teve que ser comercializado como um medicamento para distúrbios da menstruação.
Como a pílula anticoncepcional funciona?
Parte dos métodos contraceptivos hormonais, o medicamento inibe a produção de progesterona, impedindo que o período fértil tenha início. Mas antes de detalhar como a pílula age no organismo, é preciso entender outros pontos fundamentais.
Como funciona o ciclo menstrual?
O ciclo tem início com a ação de uma glândula cerebral chamada hipófise. Ela é responsável pela libertação dos hormônios FSH e LH. Quando a presença deles no organismo passa a ser elevada, os dois estimulam a produção de outros dois hormônios no ovário: estrogênio e progesterona, que são responsáveis pela ovulação e preparação do útero para a fecundação.
Como os anticoncepcionais agem no organismo?
Como vimos na explicação do item anterior, os responsáveis pelo ciclo menstrual são os hormônios. Dessa forma, para evitar que o organismo entre no período fértil, o medicamento causa alteração nas taxas hormonais.
As pílulas anticoncepcionais basicamente são fontes de hormônios sintéticos que simulam a progesterona e o estrogênio. Como eles são percebidos como verdadeiros, o cérebro entende que não é necessário produzir FSH e LH. Dessa forma, tanto a ovulação quando a preparação do útero não ocorrem.
Assista a uma aula sobre pílula anticoncepcional!
O professor Dr. Jader Burtet preparou uma aula muito interessante sobre o tema, focando nos mitos e verdade a respeito da pílula anticoncepcional e seus efeitos.
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