Hey, futuro residente! Tudo bem? 

Desde novembro de 2019, o mundo tem visto que a Covid-19 — síndrome infecciosa causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 — resultou e ainda resulta em inúmeros óbitos. Até setembro de 2022, o Brasil já havia registrado mais de 600 mil óbitos por Covid-19, segundo dados do Ministério da Saúde.

Até o momento, tem se observado uma doença com amplo espectro de gravidade, variando desde casos totalmente assintomáticos até quadros que cursam com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), e/ou outras complicações significativas que acometem diversos órgãos e sistemas. 

Nesse aspecto, eu te pergunto: você sabe quais são as definições de casos considerados leve, moderado, grave e crítico? E quais são as complicações que podemos encontrar? Quer saber? Então bora conferir.  

Panorama Covid-19

Apesar de evidências limitadas, tem sido observado um número crescente de pacientes que se recuperaram da infecção aguda pelo SARS-CoV-2, mas outros que mantêm sintomas duradouros ou que passam a manifestar novos sintomas, antes não presentes.

Embora muitos dos casos sejam assintomáticos ou leves/moderados com síndrome gripal, alguns evoluem para quadros clínicos complicados, como a SRAG, pneumonia viral extensa, choque séptico e/ou falência de múltiplos órgãos. 

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Evolução Covid-19

A SRAG são sintomas da síndrome gripal que evoluem com comprometimento da função respiratória. Já a síndrome gripal ela é caracterizada pelo quadro respiratório agudo e, pelo menos, dois dos seguintes sinais/sintomas: dor de garganta, febre, calafrios, tosse, coriza ou dor de cabeça.

Para ser considerado SRAG, o paciente com síndrome gripal deve apresentar pelo menos um dos seguintes sinais/sintomas: dispneia/desconforto respiratório; pressão ou dor persistente no tórax; saturação menor que 95% em ar ambiente; cianose dos lábios ou rosto.

Vale lembrar que esses conceitos foram muito cobrados nas provas de residência de 2021 e podem ser questão de prova novamente.  

E, vamos aos casos, para melhor definição, segundo o Ministério da Saúde. 

Baixe aqui o Mapa Mental da Medcel sobre os sinais e sintomas respiratórios

Complicações Covid-19

A despeito das consequências, mesmo que a maioria dos pacientes desenvolvam a forma leve, teremos formas mais graves, que estão presentes, em grande parte, com a presença de fatores de risco (como por exemplo, idade avançada e comorbidades) e o agravamento de doenças preexistentes.

No sistema respiratório, há a formação de trombos com fibrose a nível alveolar, que causam importante insuficiência respiratória e, no sistema geniturinário, o aumento da creatinina sérica e diminuição da taxa de filtração glomerular podem causar insuficiência renal.

Com relação ao sistema cardíaco, pode haver uma resposta vascular inflamatória sistêmica, principalmente com a formação de trombos. Você deve-se lembrar, também, das complicações mentais e neurológicas, como delírio ou encefalopatia, agitação, acidente vascular encefálico, meningoencefalite, olfato ou paladar prejudicados, ansiedade, depressão e distúrbios de sono.  

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E, se liga só, grande parte do conhecimento sobre a COVID-19 e seu potencial para levar a sequelas são variáveis, já que ainda é um processo em consolidação e não existe uma base consensual. Mas, as evidências que já temos é que a Covid-19 não se trata só de uma doença respiratória, é uma doença sistêmica com uma disseminação no corpo humano por inteiro (chamado de “tempestade inflamatória”), com a presença de mecanismos patogênicos e de complicações graves, mesmo em pessoas que tiveram formas leves da doença aguda.  

Assista à live: Os casos mais marcantes de Transplante Pulmonar

Bons estudos!

Por Julia da Silveira Gross

Graduada em Medicina pela Universidad del Norte (2021), revalidado pela Universidade Federal Fluminense, possui mestrado em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2014), especialização em Fisiologia do Exercício (2013) e graduação em Educação Física pela UFRGS (2011).

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14/10/22
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