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A Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) é um assunto super em alta e quase sempre aparece nas provas, além de ser uma condição bem comum nos homens e na prática clínica. Caracteriza-se pelo aumento não canceroso da glândula prostática, o que pode levar a sintomas urinários desconfortáveis e, em casos mais graves, a algumas complicações. É um assunto que gera muitas dúvidas nos pacientes, então já dá para entender o porquê de ser tão cobrado. Bora saber mais sobre o assunto? É só continuar a leitura.

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O que é hiperplasia prostática benigna?

Na HPB, ocorre uma proliferação (hiperplasia) de células do epitélio e do estroma prostático, que forma um tecido nodular adenomatoso. Como consequência, há um aumento de volume da glândula, que pode ter algumas repercussões.  

A causa exata da HPB não é completamente compreendida, mas acredita-se que esteja relacionada a alterações hormonais associadas ao envelhecimento, destacando-se a testosterona, a diidrotestosterona (DHT) e alguns fatores de crescimento tecidual. Ocorre na zona central da próstata, diferentemente do câncer de próstata, que ocorre na zona mais periférica. Muita atenção: a HBP não é fator de risco para o câncer de próstata — apesar de haver estudos com resultados conflitantes.

Fatores de risco

Os principais fatores de risco incluem:

  • Idade: a HPB é rara em homens com menos de 40 anos, mas sua prevalência aumenta significativamente com a idade;
  • Histórico familiar: ter parentes próximos com HPB pode aumentar o risco;
  • Condições médicas: doenças como diabetes e doenças cardíacas, bem como o uso de betabloqueadores, estão associadas a um risco maior de HPB;
  • Estilo de vida: a obesidade e a falta de atividade física podem contribuir para o desenvolvimento de HPB.

Sintomas

O quadro clínico da HPB apresenta intensidade bastante variável, com discretos sintomas relacionados ao enchimento ou armazenamento vesical e à retenção urinária, além de sintomas pós-miccionais. Os sintomas de esvaziamento são consequência da oclusão produzida pela próstata e pelo tônus da musculatura lisa da uretra e do estroma, enquanto os de armazenamento e pós-miccionais são consequência principalmente da disfunção vesical. A HPB é a causa mais comum de obstrução urinária baixa em homens.

Os sintomas são classificados em:

  • Obstrutivos ou de esvaziamento: hesitação, jato fraco, esforço miccional e retenção urinária — são os mais comuns;
  • De enchimento, armazenamento ou hiperatividade: polaciúria, urgência, noctúria, incontinência de urgência, pequenos volumes de urina e dor suprapúbica — é bom avaliar a possibilidade de doenças associadas;
  • Pós-miccionais: gotejamento terminal e esvaziamento incompleto.

Diagnóstico

O diagnóstico de HPB envolve uma combinação de história clínica, exame físico e exames laboratoriais.

  • História clínica: avaliação dos sintomas prostáticos característicos da HPB e do impacto na qualidade de vida;
  • Exame físico: exame urológico completo, incluindo toque retal para avaliar se a próstata está aumentada e detectar possíveis nodulações;
  • Exames laboratoriais obrigatórios: exame de urina para investigar infecções e hematúria, ureia e creatinina para avaliar complicações e antígeno prostático específico (PSA) — embora não seja específico para HPB, níveis elevados de PSA podem indicar aumento da próstata, mas pode haver aumento de PSA em qualquer doença prostática inflamatória ou neoplásica;
  • Exames complementares: ultrassonografia, urofluxometria, uretrocistoscopia e urodinâmica.

O International Prostate Symptom Score (IPSS) é uma ferramenta de avaliação amplamente utilizada para quantificar a gravidade dos sintomas, ajudar a avaliar o impacto dos sintomas urinários na qualidade de vida dos pacientes e determinar a melhor abordagem para o tratamento.

Tratamento

O tratamento da HPB depende da gravidade dos sintomas e do impacto na qualidade de vida do paciente. Inclui:

  • Observação, orientação e acompanhamento em sintomas leves;
  • Tratamento farmacológico em sintomas moderados ou severos, incluindo bloqueadores alfa-adrenérgicos — doxazosina, tansulosina, alfuzosina —, inibidores da 5-alfa-redutase — finasterida, dutasterida — e terapia combinada — em alguns casos, uma combinação de alfabloqueadores e inibidores da 5-alfa-redutase pode ser mais eficaz;
  • Tratamento cirúrgico na falha do tratamento medicamentoso.

Complicações

Se não tratada, a HPB pode levar a complicações como: retenção urinária aguda, infecções urinárias recorrentes e prostatites, litíase vesical, insuficiência renal aguda ou crônica e hematúria.

Bons estudos!

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Referência:

LIGHTSPRING. Enlarged Prostate organ gland as Benign Prostatic Hyperplasia as a urology concept for part of the male reproductive anatomy and lower urinary tract symptoms in a 3D illustration style. [20--?]. 1 ilustração. Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/enlarged-prostate-organ-gland-benign-prostatic-2422298681. Acesso em: 24 jul. 2024.

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Postado em
24/7/24
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