s primórdios da Simulação Médica podem ser datados da Idade Antiga, quando modelos humanos em pedra e argila eram esculpidos para demonstrar o efeito de doenças no corpo e da Idade Média onde técnicas cirúrgicas eram praticadas em animais.
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Primeiros passos
No século 18 em Paris, Grégoire pai e filho desenvolveram um modelo de manequim obstétrico utilizando uma pelve humana e o corpo de um bebê, permitindo o treinamento de obstetras nas técnicas do parto, levando a uma queda na mortalidade materno-fetal na época.
Em 1927, o aviador Edwin Link apresentou a ideia de um simulador de voo que pudesse ser utilizado em terra para treinar novos pilotos antes de seguirem nas aventuras do ar e prepara-los para situações inesperadas e de emergência que viessem a ocorrer. A ideia foi descartada pela Força Aérea Americana.
Não antes de 1934, quando o presidente Roosevelt designou a Força Área Americana para realizar entregas postais diárias, faça chuva ou faça sol, a invenção de Link teve sucesso.
Estava criado aí o primeiro simulador da aviação denominado “Blue Box” ou “Pilot Maker”, que ajudou a forjar a Simulação Realística voltada ao ensino médico que conhecemos hoje em 2017.
Evoluindo
Nos anos 1960, Ausmund Laerdal, um fabricante de brinquedos local, criou um simulador realístico para o treinamento de respiração boca-a-boca descrita como eficaz naquele ano por Peter Safar. Curiosamente, Laerdal batizou sua criação de Rescusci-Anne, em homenagem a uma menina achada morta no Rio Sena por volta de 1890.
Ainda no final da década de 1960, durante uma sessão da American Heart Association o Dr. Michael Gordon apresentou o primeiro simulador realístico cardiológico chamado de Harvey, nele era possível reproduzir praticamente qualquer doença cardíaca variando pressão arterial, pulsos, sons, murmúrios e respiração.
Com a evolução da tecnologia chegamos a era moderna da simulação realística com o Dr. David Gaba, que na Universidade de Stanford adaptou conceitos de Crew Resource Management da aviação para a medicina e em especial à anestesiologia nas décadas de 1980 e 1990.
Desde então novos dispositivos e equipamentos são lançados ao redor do mundo envolvendo a Simulação Realística. Hoje temos manequins de alta fidelidade que conseguem reproduzir características humanas reais como fala, choro, pupilas reativas, pulsos e respiração além de dispositivos de realidade virtual e aumentada.
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A Simulação Realística evolui a cada dia como forma de complementar a formação médica tendo por base a visão vanguardista de Edwin Link, que já em 1927 entendeu que seria loucura colocar um piloto no ar exposto a todo tipo de situação, sem antes reproduzi-las em um ambiente de aprendizado seguro.
Hoje, a Medcel dispõe de cursos práticos com o uso da Simulação Realística que permitem uma melhor formação médica e oferecem o conhecimento necessário a nossos alunos para tomarem decisões salvadoras de vida.