Medicina da Dor: saiba tudo sobre a especialidade

Tem interesse em se especializar em Medicina da Dor? Se pretende seguir uma carreira promissora como essa, o término da graduação de Medicina é somente uma parte dessa trajetória. Depois da Residência Médica nessa área, você ainda pode optar por diversas subespecialidades dessa carreira médica.

Neste material, você vai saber o panorama dessa área da Medicina e informações valiosas sobre como se projetar nessa especialidade. Veja, então, como é essa especialidade, a rotina do médico que atua nessa área e quais são as principais áreas de atuação de Medicina da Dor. Boa leitura!

O que é a Medicina da Dor

Para quem já concluiu a Medicina e almeja se especializar nesse campo, há muitas possibilidades de trabalhar em subespecialidades da dor. Em tese, essa é uma especialidade médica centrada no diagnóstico, tratamento e manejo da dor. Ela abrange, ainda, diversas condições e quadros resultantes em dor aguda ou crônica.

Assim sendo, o especialista em Dor deve atuar num contexto multidisciplinar, incluindo aspectos anatômicos, fisiopatológicos, psicológicos e sociais. Essa especialidade médica objetiva melhorar a qualidade de vida e proporcionar mais bem-estar aos pacientes por meio de tratamentos específicos.

Embora esteja alinhada às tendências da área de saúde, a Medicina da Dor apresenta certas peculiaridades e exige do especialista um profundo conhecimento das diferentes modalidades terapêuticas. Nesse campo, o uso de terapias farmacológicas, procedimentos não invasivos e técnicas não farmacológicas são alternativas de reabilitação.

Um breve panorama

No Brasil, há uma demanda enorme por médicos especialistas nessa área. Com base no Relatório de Demografia Médica, publicado em 2023, o número de médicos da dor está aumentando no país. Dados do relatório indicam que entre 2012 e 2022, houve um aumento de 28% nos registros dessa especialidade.

Contudo, ainda há bastante carência de profissionais nessa área. Tanto na rede pública como na privada, o número de médicos da dor não supre a demanda por atendimentos. Pacientes com doenças como fibromialgia, artrite reumatoide e artrose são os que mais procuram esse especialista.

Considerando a projeção da pirâmide etária brasileira — e o aumento da longevidade da nossa população — o aumento de doenças crônicas também será significativo. Logo, a Medicina da Dor será uma das especialidades com grande relevância nos próximos anos.

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O perfil do médico especialista em dor

Destacamos algumas características que são essenciais para o médico que pretende fazer especialização em Medicina da Dor. Veja quais são:

• dominar as técnicas e procedimentos exigidos na prática clínica;
• ter um amplo conhecimento em farmacologia da reabilitação;
• usar de gentileza, paciência e empatia durante o atendimento;
• saber ouvir as queixas dos pacientes e propor soluções mais viáveis;
• ter habilidade para trabalhar em equipe;
• manter-se atualizado com as possibilidades de novos tratamentos da dor.

Além disso, o médico que trabalhar nessa área deve ter em mente que vai lidar com o sofrimento alheio. A maioria dos pacientes que apresentam dor crônica são queixosos e apresentam diversas comorbidades.

Nesse contexto, é preciso escutar o paciente atentamente. Igualmente relevante é compreender que muitos pacientes apresentam problemas de ordem psicológica, que exacerbam as comorbidades físicas.

O especialista em Medicina da Dor precisa ter sensibilidade para perceber o momento de sugerir um tratamento multidisciplinar. O ideal é atuar em conjunto com especialistas de outras áreas, tais como fisiatra, psiquiatra e psicólogo.

Em geral, as abordagens interdisciplinares são centradas nas mais variadas terapias assistenciais. Para tanto, exige-se um trabalho multidisciplinar, personalizado e integrado. Tais ações complementam o tratamento de reabilitação da dor e melhoram os resultados terapêuticos.

As principais áreas de atuação da Medicina da Dor

Se você é médico recém-formado e pretende atuar nessa área, saiba que terá uma ampla variedade de alternativas de trabalho, que envolvem diversos contextos. Listamos os mais relevantes. Veja quais são e quais deles se adequa ao seu perfil:

• hospitais e clínicas especializadas, no atendimento multidisciplinar;
• Unidades de Terapia Intensiva (UTI), no manejo da dor em pacientes críticos;
• centros de reabilitação física, na recuperação funcional dos pacientes;
• consultórios particulares, no atendimento personalizado e continuidade de cuidados e manejo da dor crônica;
• equipes multidisciplinares, na atuação com outros especialistas, com vistas ao tratamento integralizado;
• realização de diagnósticos, conduzindo equipes e o planejamento de tratamentos para pacientes com dor aguda e crônica;
• coordenação de estudos clínicos, na função de médico pesquisador, preceptor e orientador nos cursos de Residência Médica.

Os meios para se profissionalizar em Medicina da Dor

Embora tenha um vasto campo de atuação e com muitas possibilidades, a Medicina da Dor é uma especialidade desafiadora. No entanto, esse é um caminho que engloba diferentes profissionais. Médicos generalistas e até especialistas de áreas relacionadas à clínica, tais como ortopedistas, neurologistas, psiquiatras e fisiatras, por exemplo, também atuam nessa área.

Considerando que dor é um dos sintomas mais comuns em todas as rotinas médicas, esse especialista pode atuar nas emergências, consultórios, clínicas e postos de saúde. Para se tornar um médico da dor, o caminho acadêmico requer uma jornada árdua, que envolve:

• graduação em Medicina, em instituição reconhecida pelo MEC;
• ter registro profissional obrigatório na classe (CRM);
• cursar Residência Médica em uma área relacionada, como a Medicina Física e Reabilitação;
• ser aprovado em prova de título em Medicina da Dor junto a Associação Médica Brasileira (AMB);
• fazer uma subespecialidade relacionada a dor aguda ou crônica;

Os motivos para fazer uma pós-graduação em Medicina da Dor

Diante das oportunidades que essa especialidade oferece, a opção pela Residência em Medicina da Dor é uma decisão estratégica para quem terminou a faculdade de Medicina. Ademais, essa escolha pode transformar significativamente a carreira de um médico e impulsionar a sua vida pessoal e profissional.

Um dos maiores benefícios dessa alternativa é poder trabalhar focado na promoção da saúde e na qualidade de vida dos pacientes que têm dores crônicas de difícil controle. Pelas suas características, essa área médica tem ganhado bastante relevância no cenário da saúde global.  

Por fim, se você pretende atuar na Medicina da Dor e se dedicar a intervenções centradas no alívio da dor e no bem-estar das pessoas, certamente há várias alternativas interessantes. Conte com a Medcel no preparo para a sua prova de Residência e seja aprovado na especialidade de sua preferência.

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