Hey futuro residente, tudo certo?

As provas já estão acontecendo, não é verdade? E, sendo umas das grandes áreas da medicina, a Clínica Médica é aquele oceano de assuntos e também um grande desafio, mas, tem sempre aqueles temas mais cobrados que você deve ficar por dentro.  

Pensando nisso, e para facilitar a sua vida, a Medcel separou os top 5 assuntos de Clínica Médica para você arrebentar nas provas de residência. Bora comigo!  

Geralmente, a depender da instituição, a primeira etapa das provas de residência médica de acesso direto é composta por uma prova objetiva de 100 questões (ENARE, USP, AMRIGS, UERJ e UFRJ). Já a Unicamp, por exemplo, possui 80 questões. Mas independente disso, você deve contar com aproximadamente 20% de Clínica Médica, lembrando que principalmente muitas dessas questões são interdisciplinares.

Segundo o nosso banco de dados de 2017 a 2022, os top 5 assuntos de Clínica Médica são:

1. INFECTOLOGIA: INFECÇÕES

Claro que aqui entra HIV/AIDS, mas, como esse assunto já está entre os 5 mais quentes, outro tema de saúde coletiva que você deve revisar é dengue. Aqui, deve-se saber as características de cada grupo em adultos e crianças (A, B, C, D), ficar olho nas condutas, tratamentos e diagnóstico. Outros assuntos que as questões costumam abordar são as hepatites virais. Lembrar as formas de transmissão de cada uma, e, aqui, a dica de outro: você deve manjar bem sobre o diagnóstico agudo ou crônico pelas sorologias.  

Estude mais sobre HIV/AIDS, por meio do Mapa Mental exclusivo da Medcel.  

2. CARDIOLOGIA: HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) não podia ser um dos principais assuntos, não é verdade?! Fica esperto na classificação e como fazer o diagnóstico (cuidado com a pegadinha em paciente sem e com risco).  

Devem estar na ponta da língua os medicamentos de primeira linha para o tratamento e a função de cada um deles (iECA; BRA; bloqueadores dos canais de cálcio; diuréticos tiazídico). Lembrando de nunca associar iECA com BRA.  

Já se o paciente faz uso de três anti-hipertensivos: iECA ou BRA, bloqueador dos canais de cálcio diidropiridínico e um diurético tiazídico, todos em doses otimizadas, e a meta pressórica não é atingida, não esquecer de associar a espironolactona. Também vale a pena você revisar urgência e emergência hipertensiva.

3. CARDIOLOGIA: DOENÇAS ESTRUTURAIS DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

Sobre as doenças estruturais, não pode faltar no seu caderno: estenose mitral, estenose aórtica e a queridinha Insuficiência Cardíaca (IC), com as atualizações e novidades desse ano. Mas o que pode cair?  

Sobre estenose mitral, geralmente, vem com questões de paciente de meia-idade com palpitações, dispneia, sopro diastólico foco mitral em ruflar e estalido de abertura, aumento do átrio esquerdo e sobrecarga ventrículo direito. E, aqui, pode rolar arritmia e flutter. Lembrando que, estenose mitral moderada/grave, fibrilação atrial ou flutter não pode usar novos anticoagulantes orais, então deve-se usar a velha e boa warfarina.  

Já estenose aórtica: aqui é sobre um paciente idoso(a) com sobrecarga ventricular esquerda, sopro sistólico em foco aórtico, rude ejetivo que irradia para as carótidas. Se for mais grave, pode ter sintomas como dispneia, sincope e angina.  

Em insuficiência cardíaca, você deve ficar ligado nas classificações e nas questões que trazem paciente com fração de ejeção reduzida e sintomático, aqui eles devem receber a famosa “terapia tripla”: iECA ou BRA, betabloqueador (cuidado que aqui só pode usar a “bcm” bisoprolol, carvedilol ou succinato de metoprolol ) e antagonista de mineralocorticoide (espironolactona). E, cuidado nas questões sobre IC com fração de ejeção preservada, aqui as medicações não reduzem a mortalidade!

E, por último, lembrar dos peptídeos natriuréticos na dúvida do diagnóstico ou para avaliar prognóstico, ok?!

Aproveite para ler: ACC 2022: novo guideline de insuficiência cardíaca

4. ENDOCRINOLOGIA: DIABETES MELLITUS - TRATAMENTO

Esse tema cai muito! Você não pode esquecer nunca das MEV´s (Mudanças no Estilo de Vida) antes de mais nada e, lembrando que a meta glicêmica é de HbA1c abaixo de 7% e glicemia de jejum abaixo de 130 mg/dL. As questões com relação aos antidiabéticos orais costumam cobrar onde atuam, doses máximas e contraindicações.  

A droga de primeira linha para tratamento é a metformina, mas sempre lembrar que a escolha vai depender do risco de hipoglicemia, a tolerabilidade, os efeitos adversos e o custo. Fica ligado em questões trazendo o paciente que não alcança as metas após 3 meses (dê uma olhada nas principais indicações para a prova).  

Os níveis de vitamina B12 devem ser avaliados anualmente após 4 anos de início da metformina. E, se liga nessa dica superimportante: valores glicêmicos em jejum acima de 250mg/dL ou ao acaso superiores a 300 mg/dL e manifestações graves, deve-se iniciar insulinoterapia imediatamente (começando pela insulina basal noturna).  

Mas, lembre-se de dar uma olhada em diagnóstico (em pacientes sintomáticos e assintomáticos), complicações agudas e crônicas.

Leia também: Antidiabéticos Orais: o que cai na prova de Residência Médica?

5. INFECTOLOGIA: DST/AIDS

Assunto que pode entrar em Ginecologia, Obstetrícia, Saúde Coletiva, Pediatria e claro, Clínica Médica. Pontos importantes que você não pode esquecer: o acolhimento à pessoa exposta, o esquema antirretroviral (ARV) para profilaxia pré e pós-exposição, rastreamento de outras IST’s, diagnóstico laboratorial, contagem de linfócitos LT-CD4+, carga viral, tratamento e eventos adversos da ARV.  

Algumas questões também abordam a coinfecção com tuberculose (aqui tem que ficar bem esperto em tratamento). Já das DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis), focar em: cancro mole, HPV, gonorreia, clamídia, sífilis e tricomoníase!

Leia mais: Remédio para tricomoníase: dose única para tratamento é eficaz?

E, se você está pensando em fazer a residência de Clínica Médica, não deixe de ler: Por que fazer Residência em Clínica Médica?

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Por Julia da Silveira Gross

Graduada em Medicina pela Universidad del Norte (2021), revalidado pela Universidade Federal Fluminense, possui mestrado em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2014), especialização em Fisiologia do Exercício (2013) e graduação em Educação Física pela UFRGS (2011).

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18/11/22
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