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Tuberculose, também conhecida como TB, é uma doença altamente contagiosa que pode ser transmitida pela via aérea ou através da saliva e contato com secreções de indivíduos contaminados.

A bactéria Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK) pode causar infecções severas em diversas partes do corpo, como nos ossos, pele, rins, coluna vertebral e cérebro.

A tuberculose é considerada uma doença grave, não apenas no Brasil, mas no mundo todo, e estima-se que 10% dos pacientes sejam crianças e adolescentes.

No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, a doença chega a atingir 70 mil pessoas por ano, além de levar à morte 4.5 mil pacientes.

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A Tuberculose em crianças

As crianças são consideradas paucibacilíferas, e isso pode dificultar o diagnóstico bacteriológico de certeza tornando a anamnese fundamental, uma vez que ela pode fornecer o diagnóstico epidemiológico e elementos da História Natural da Doença.

Geralmente, a tuberculose não é contagiosa em crianças com menos de 12 anos, pois na tosse são eliminados poucos bacilos, isso sem contar que as lesões pulmonares costumam ser menores do que as em adolescentes e adultos.

Principais Sintomas

Entre os sintomas mais comuns da tuberculose podemos notar febre alta insistente, falta de ar, sensação de mal-estar, dores na região do tórax, palidez, irritabilidade e perda de peso considerável. Sendo assim, é possível que os sintomas possam ser confundidos com Pneumonia. Esse é um dos motivos que reforça a importância da busca por um especialista, a qual avaliando o tempo e surgimento de cada sintoma saberá distinguir os fatores da doença e qual o tratamento mais indicado para a criança.

Como a infecção se manifesta

O quadro de infecção se inicia nos pulmões do paciente com a inflamação local causada pelas bactérias que pode se estender para outras partes do corpo, tendo risco de se multiplicar e afetar diretamente todo o sistema imunológico. Diante desse quadro três situações podem ocorrer:

Desenvolvimento da doença Tuberculose Pulmonar: Quando o sistema imunológico do paciente está debilitado e entra em contato direto com as bactérias;

Infecção latente: Todo indivíduo tem chances de ter a bactéria alojada ao corpo durante um longo período, sendo ativa apenas quando sua imunidade cai;

Eliminação: Quando o organismo consegue eliminar a bactéria mesmo em contato direto, sem causar nem um sintoma da doença ao paciente.

Diferentes tipos de Tuberculose

A Tuberculose pode afetar o paciente de diversas formas, sendo divididas pelas seguintes categorias:

Tuberculose Extrapulmonar

Quando a bactéria afeta outros órgãos que não sejam os pulmões;

Tuberculose Pleural

Quando a bactéria afeta uma membrana do pulmão chamada pleura. Onde apresentam sintomas como falta de ar e dor na região do tórax;

Tuberculose Óssea

Quando a bactéria afeta a região da coluna vertebral e causa dores nas costas;

Tuberculose Ganglionar

Quando o paciente possui o vírus HIV e a bactéria ganglionar afeta os linfonodos da região do pescoço, causando o aumento da região (inchaço). Onde mesmo não causando dor ou desconforto, pode gerar o desenvolvimento de fístulas na pele;

Tuberculose Urinária

Quando a bactéria pode causar insuficiência renal, sendo facilmente confundida com infecção urinária;

Tuberculose Ocular

Nesse caso a bactéria afeta no primeiro momento os pulmões e com a evolução da doença a infecção chega ao globo ocular. É considerado um tipo raro de tuberculose, e mais comum em homens e negros. Além de afetar com frequência pessoas diabéticas, soropositivas ou com câncer;

Tuberculose Cutânea

Quando a bactéria afeta a pele do paciente. Mais frequente em países tropicais e com pouca umidade, tendo a população de baixa renda social e imunodeprimidos como maior alvo;

Tuberculose no Coração (Pericardite)

Quando a bactéria afeta a membrana que fica em volta do coração, conhecido como pericárdio, causando inflamação (Pericardite);

Tuberculose do Peritônio

É um dos problemas mais raros e graves, com pouco índice de sobrevivência, é de difícil diagnóstico e tratamento. Nesse caso é muito importante o paciente realizar exames como a laparoscopia para que se possa localizar uma possível tuberculose gastrointestinal e do peritônio;

Tuberculose Cerebral

Riscos de evolução para meningite e formação de tumores no sistema nervoso central do paciente. No caso desta Tuberculose, é necessário atenção redobrada.

Diagnóstico

O diagnóstico da doença é dividido em Baciloscopia do escarro, Radiologia e Teste Tuberculínico. Em crianças, há um desafio maior, uma vez que há a dificuldade em demonstrar o bacilo Mycobacterium tuberculosis. Para as crianças menores de 10 anos é utilizada uma escala de pontuação onde é levado em conta os sinais clínicos, radiológicos e epidemiológicos para fazer o diagnóstico.

Baciloscopia do escarro

Coleta de escarro para diferenciar sintomas de doenças como pneumonia, coletadas diretamente da tosse do paciente antes de iniciar qualquer medicamento;

Radiológico

Diagnóstico relatado através do raio-x do tórax do paciente, o qual ajuda a reconhecer as modificações nas estruturas dos pulmões dos paciente;

Teste Tuberculínico

Esse teste identifica crianças que entraram em contato com a tuberculose, mas não necessariamente aquelas que estejam com a doença ativa. Ele é realizado através da reação de Mantoux, que utiliza 2 unidades de PPD RT 23, em injeção intradérmica com leitura tardia, dentro de 48 a 72 horas. Essa leitura é realizada com uma régua milimetrada no diâmetro transverso da enduração encontrada na pele do antebraço.

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Formas de tratamento

O tratamento da tuberculose em crianças é feito em regime ambulatorial, sendo totalmente supervisionado e tendo, pelo menos, 3 observações semanais a partir da tomada dos medicamentos nos primeiros 2 meses e 1 observação por semana até o final. Já a hospitalização só é admitida em casos considerados especiais, como intolerância aos medicamentos, meningite tuberculosa e complicações graves da tuberculose.

Os medicamentos utilizados em casos de tuberculose nas crianças menores de 10 anos são: Rifampicina, Isoniazida e Pirazinamida. Para maiores de 10 anos acrescentamos ao esquema de tratamento também o Etambutol.
A vacina contra tuberculose se chama BCG e é oferecida para crianças de 0-6 anos (não sendo válido para portadores do vírus HIV).

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11/4/18
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