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m dos temas que gera muita dúvida para os alunos é relacionado às doenças eczematosas e tumores malignos. 

Neste artigo, falaremos mais especificamente sobre carcinoma basocelular, um tumor cutâneo que, junto do carcinoma espinocelular e do melanoma, são lesões comumente abordadas em provas de Residência Médica por serem muito comuns.‍

O que é carcinoma basocelular?

O carcinoma basocelular é o tumor maligno mais comum de todos, que causa uma lesão localmente agressiva, mas não faz metástase. O surgimento dele se dá nas células basais e, por isso, leva esse nome. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional São Paulo, sua prevalência pode alcançar o índice de 65% dos casos de câncer de pele. Ele pode acometer todas as camadas cutâneas, infiltrando fáscia e musculatura, se não tratado. 

O paciente típico desse tipo de câncer é aquele com a pele muito clara, fototipo baixo, 1 e 2. Os homens são mais acometidos do que as mulheres devido a exposição solar crônica. 

Por isso, a recomendação do uso de protetor solar é importante. Existem alguns subtipos deste tumor basocelularcarcinoma que costumam ser cobrados em provas de Residência Médica. 

O mais recorrente é aquele que se parece com um nódulo, ou seja, uma bolinha que cresce e vai se caracterizando pela elevação das bordas e sangramento central, em alguns casos. 

A seguir, trataremos em detalhes cada um dos tipos de tumor basocelular:

  • Carcinoma basocelular nodular (CBC)
    É o tipo mais comum do tumor e geralmente são pequenos, rosados, brilhantes, e firmes. Também costuma apresentar telangiectasias nas bordas. Pode ser descrito no enunciado da prova de Residência Médica como uma pápula perlácea, que parece pérola, ou perolada, principalmente em área fotoexposta.
  • Carcinoma basocelular morfeiforme
    Revela a aparência de uma placa plana, cerosa, que não tem demarcação específica e revela bastante telangiectasia.
  • Carcinoma basocelular pigmentado
    Costuma ser mais raro e se caracteriza pela pigmentação escura. Há situações em que é, erroneamente, diagnosticado como melanoma. O correto diagnóstico é essencial, pois ele possui características menos agressivas que os melanomas que podem levar a metástases.
  • Carcinoma basocelular superficial
    Nesse caso, o paciente tem lesões que são eritematoescamosas. A lesão é semelhante a uma dermatite, está em uma área fotoexposta e, normalmente, em paciente idoso. Esse tipo de carcinoma raramente se torna metastático.
  • Carcinoma basocelular infiltrativo
    Além de ter alto risco de recorrência, costuma ser bastante agressivo, especialmente pela característica de se infiltrar nas camadas da pele.
  • Carcinoma basocelular micronodular
    Também tem característica recidiva, porque as ilhas de células alteradas na pele desse paciente estão descontínuas.
  • Carcinoma basocelular cístico
    Como o nome indica, parece um cisto. Essa característica pode confundir no diagnóstico. Por esse motivo, ao realizar a exérese de uma lesão cística, o material deve ser sempre enviado para análise histológica para esclarecimento.
  • Esclerodermiforme
    Parece com uma cicatriz. O grande problema dele é ser mal delimitado. Por conta disso, ele costuma voltar mesmo depois de ser retirado em cirurgia.  

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5 sinais a que se deve ficar atento para detectar o carcinoma basocelular

  1. Pequenas manchas e surgimento de protuberâncias similares a verrugas;
  2. Manchas avermelhadas, amarronzadas ou escurecidas na chamada zona de carcinoma; 
  3. Pele dura ou áspera na zona de carcinoma;
  4. Pintas que apresentam sangramentos ou aparência de feridas que não cicatrizam;
  5.  Maior visibilidade de vasos sanguíneos.

Zona de carcinoma: saiba qual é!


Em geral, as áreas de maior ocorrência dos tumores basocelulares são aquelas mais expostas ao sol. Ou seja, fronte da face, nariz, orelha. No entanto, o CBC também pode ocorrer em outras regiões, como cabeça, mãos e pés.

Biópsia e histologia: pontos fundamentais do diagnóstico


A biópsia é muito importante para identificar os subtipos de carcinoma basocelular. Uma das maneiras de fazer isso é com o punch, um aparelho redondo que vai ser medido pelo número de milímetros desse diâmetro. Com esse aparelho é possível retirar um fragmento do material e enviar para análise, que vai identificar a categoria. 

O outro tipo é a biópsia por shaving. Nessa técnica, se passa uma lâmina por baixo da lesão para que ela seja enviada inteira para a análise histológica. O maior problema desse tipo de biópsia é que não será feita uma análise até a profundidade, não podendo identificar até onde vai esse carcinoma. 

O paciente que tem diagnóstico diferencial de melanoma, por exemplo, não deve ser submetido a esse tipo de biópsia. O histórico clínico do paciente também é bastante importante e não deve ser ignorado.

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Tratamento para o carcinoma basocelular


De acordo com a SBDSP, as chances de cura do tumor basocelular são de quase 100%, principalmente quando diagnosticado precocemente.

O tratamento ideal para o carcinoma basocelular é a cirurgia, especialmente em pacientes que tenham lesões na cabeça, pescoço, mãos e pés. Para pacientes com os subtipos esclerodermiforme, micronodular ou lesões recidivadas, a exérese deve ser feita com margem maior do que 1 centímetro. Outra opção é a cirurgia micrográfica de Mohs, na qual a análise histológica é feita no momento da cirurgia.

Outros tratamentos possíveis

Curetagem e eletrodissecção – Segundo a organização internacional Skin Cancer Foundation, este tipo de técnica é mais utilizada em lesões pequenas. Com uso de anestésico local, o médico faz a raspagem do tumor com uma cureta e, em seguida, a eletrocauterização para destruição do tumor residual e controle do sangramento.

Excisão cirúrgica – Consiste na retirada completa da lesão com margem de pele saudável a fim de evitar que haja recidiva.

Cirurgia Micrográfica de Mohs – A remoção da lesão de pele ocorre em camadas. A primeira delas é enviada imediatamente ao laboratório para análise. Sendo assim, o procedimento é continuado até a remoção da última camada, ou não, a depender do resultado obtido em laboratório. O objetivo da técnica é preservar a maior quantidade possível de tecido saudável.

Ademais, outras possibilidades de tratamento são a radioterapia, muitas vezes recomendada após a cirurgia de remoção e, principalmente, para casos em que há possibilidade de recidiva. Também é comum a crioterapia, que envolve o congelamento das células tumorais em azoto líquido. O método, contudo, é mais indicado para lesões de pele superficiais. Os casos de metástase, contudo, podem envolver ainda a necessidade de uso de medicamentos e quimioterapia.

Recomendações de prevenção do CBC

Prevenir o desenvolvimento deste tipo de lesão requer os mesmos cuidados que devem ser tomados para evitar o surgimento de qualquer outro tipo de câncer de pele. O que inclui:

  • Evitar a exposição ao sol, principalmente em horários críticos, entre 10h e 15h;
  • Uso diário de protetor solar com FPS superior a 30;
  • Uso de roupas com proteção UV quando a exposição ao sol for inevitável, bem como chapéus ou bonés e óculos de sol;
  • Visitas frequentes ao dermatologista para exame da pele, couro cabeludo e outras áreas expostas.

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27/6/22
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