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Com certeza, um dos temas de gastro que as bancas adoram são as Doenças Inflamatórias Intestinais (DII), que se referem a Doença de Crohn (DC) e a retocolite ulcerativa (RCU). Ambas são doenças crônicas, inflamatórias, que têm uma natureza autoimune relacionadas a fatores ambientais em indivíduos geneticamente suscetíveis. Os sintomas comuns de DII incluem diarreia persistente, dor abdominal, perda de peso, fadiga e sangramento retal, que podem variar em intensidade e gravidade ao longo do tempo. As duas doenças, a DC e RCU, possuem essas características em comum, mas também outras bem diferentes como a localização e extensão das lesões. Quer saber mais para brilhar nas provas? É só continuar a leitura!! Bora.  

O que é Doença Inflamatória Intestinal?

A Doença Inflamatória Intestinal (DII) é um termo usado para descrever um grupo de doenças crônicas que afetam o trato gastrintestinal. As duas principais formas de DII são a doença de Crohn e a colite ulcerativa. Ambas as condições envolvem inflamação persistente do intestino, com uma origem multifatorial, e com algumas diferenças em termos de localização e extensão da inflamação. E é nessas diferenças que você deve ficar esperto.  

Doença de Crohn

  • A doença de Crohn é uma doença que causa inflamação crônica granulomatosa não caseificante, pode afetar qualquer parte do trato gastrintestinal, desde a boca até o ânus, mas é mais comum no íleo e no cólon.  
  • Começa a se manifestar após anos e tem picos entre os 15 e 25 anos e 55 e 60 anos.
  • A inflamação pode ocorrer em "pontos" ou "segmentos" intercalados do trato gastrintestinal, deixando áreas de intestino saudável entre elas (aspecto "em alvo").
  • A inflamação é transmural e pode se estender através de todas as camadas da parede intestinal, levando a complicações, como fístulas, abscessos e estenoses (estreitamentos). Essas complicações podem causar dor, bloqueio intestinal e outros problemas.
  • Sintomas gastrintestinais:períodos de crise e remissão. Os sintomas mais comuns incluem diarreia persistente, dor abdominal (geralmente no quadrante inferior direito), perda de peso, fadiga e, às vezes, sangramento retal. A gravidade dos sintomas pode variar de leve a grave, e os períodos de agravamento dos sintomas são frequentemente seguidos por períodos de remissão (menos ou nenhuma atividade da doença).
  • Outros sintomas extraintestinais: A doença de Crohn também pode causar sintomas em outras partes do corpo, além do trato gastrintestinal, como úlceras na boca, dor nas articulações, inflamação nos olhos, erupções cutâneas e problemas hepáticos.

Diagnóstico

O diagnóstico da DC depende da interação de características clínicas, laboratoriais, endoscópicas e radiológicas condizentes com a doença e excluindo outras com sintomas semelhantes. Nos exames laboratoriais, pode se encontrar hemograma com anemia e leucocitose, proteína C reativa e velocidade de hemossedimentação elevadas. A avaliação das fezes pode encontrar esteatorreia e leucócitos fecais. Como afeta todo TGI deve ser feito tanto a endoscopia digestiva alta, como a colonoscopia com biópsia.

Tratamento

O tratamento da DC tem como objetivo aliviar os sintomas, reduzir a inflamação e manter a remissão da doença. O plano de tratamento pode incluir medicamentos, mudanças na dieta, suplementos nutricionais e, em casos mais graves, cirurgia.

Colite ulcerativa

  • A colite ulcerativa afeta principalmente o cólon e o reto. A inflamação geralmente começa no reto e pode se estender continuamente ao longo do cólon. Quando a inflamação está restrita ao reto, é conhecida como "proctite ulcerativa"
  • A inflamação é geralmente limitada à camada mais superficial do revestimento do cólon. Essa inflamação leva à formação de úlceras, que podem causar dor, sangramento e diarreia com sangue.
  • Acometimento do reto: A maioria dos casos de colite ulcerativa começa no reto e, em seguida, se espalha para outras partes do cólon.
  • Sintomas gastrintestinais: Os sintomas mais comuns da colite ulcerativa incluem diarreia com sangue, cólicas abdominais, urgência para evacuar, perda de peso, fadiga e febre baixa.
  • Períodos de exacerbação e remissão: A colite ulcerativa tende a apresentar períodos de exacerbação, quando os sintomas são mais graves, alternados com períodos de remissão, quando os sintomas diminuem ou desaparecem. E fique de olho, se alguma questão mencionar que o tabagismo é um fator de proteção, está certo!!!
  • Complicações possíveis: A inflamação contínua e as úlceras podem levar a complicações, como megacólon tóxico, perfuração intestinal, anemia por perda de sangue e desidratação.

O diagnóstico da CU é feito por exames laboratoriais, radiografia e a principal, colonoscopia. Esses exames ajudam a diferenciar a colite ulcerativa de outras condições com sintomas semelhantes.

O tratamento da CU visa reduzir a inflamação, aliviar os sintomas e manter a remissão da doença. O plano de tratamento pode incluir medicamentos, terapia anti-inflamatória, modificação da dieta e, em casos graves ou quando outros tratamentos falham, cirurgia para remover o cólon afetado. Na fase crônica: corticoide, sulfassalazina, entre outros.  

Aqui vai uma tabela top comparando as duas, que é o ponto-chave do que você precisa saber.  

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REFERÊNCIAS

Shutterstock. Jo Panuwat D. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/doctor-human-colon-anatomy-model-magnifying-2319630595. Acesso em: 28 de jul. 2023.

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Postado em
31/7/23
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