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As feridas são interrupções na continuidade da pele e dos tecidos subjacentes, que podem ocorrer devido a trauma, cirurgias ou outras causas. A sutura é um método comum de fechamento de feridas, essencial para promover a cicatrização adequada e reduzir o risco de infecção. Para as provas, principalmente para as práticas, é bom você ficar ligado nos tipos de feridas, os tipos de pontos, as técnicas de sutura mais utilizadas na prática médica e as complicações. Bora saber mais? É só continuar a leitura.

Tipos de feridas

  • Feridas incisas: causadas por objetos cortantes, como facas ou bisturis, raramente trauma, causam uma penetração no tecido. Tendem a ter bordas limpas e são mais fáceis de suturar;
  • Feridas laceradas: resultantes de traumas que causam estiramento dos tecidos. Apresentam bordas irregulares e podem necessitar de debridamento antes da sutura;
  • Feridas punctiformes: provocadas por objetos pontiagudos, como pregos ou agulhas. São profundas e estreitas, com maior risco de infecção;
  • Feridas abrasivas: resultantes de fricção ou escoriação, removendo camadas superficiais da pele;
  • Feridas contusas: causadas por impacto sem romper a pele, de traumas diretos. Frequentemente associadas a hematomas.

A pele deve ser fechada com suturas que aproximem as bordas, com pontos simples ou técnicas ininterruptas/contínuas. Os nós não podem ser muito apertados, pois podem arrebentar e/ou causar edema de pele com o desenvolvimento de processo inflamatório e possível necrose.

Princípios do fechamento de feridas

  1. Hemostasia: controlar o sangramento utilizando pressão direta, agentes hemostáticos ou eletrocauterização;
  1. Limpeza: lavar a ferida com solução salina ou água estéril para remover detritos e bactérias;
  1. Debridamento: remover tecido necrosado ou contaminado para promover a cicatrização;
  1. Anestesia: aplicar anestesia local para reduzir a dor durante a sutura;
  1. Aproximação de bordas: alinhar as bordas da ferida para minimizar a tensão e promover a cicatrização estética.

O material escolhido deve ser de acordo com o tecido manipulado. Abre olho que isso é muito cobrado nas provas:

Fios absorvíveis: feitos de materiais que são degradados e absorvidos pelo corpo ao longo do tempo. Usados frequentemente em tecidos internos. Exemplos:

  • Ácido poliglicólico (Dexton®);
  • Poliglactina (Vicryl®);
  • Catgut.

Fios não absorvíveis: feitos de materiais que não são degradados pelo corpo e podem necessitar de remoção após a cicatrização. Usados em pele e outros tecidos em que a remoção é prática. Exemplos:

  • Nylon® (Ethilon);
  • Polipropileno (Prolene®);
  • Seda;
  • Grampos metálicos.

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Tipos de pontos

  • Pontos separados: mais comuns, são indicados para a maioria das feridas superficiais. Envolve passar a agulha de um lado da ferida para o outro, criando pontos separados que são atados individualmente;
  • Pontos separados em laço (Donatti) e falso Donatti (Allgower): o ponto Donatti, também conhecido como ponto em U vertical, é uma técnica que oferece excelente eversão das bordas da ferida e boa distribuição da tensão. É especialmente útil em áreas de alta tensão, como sobre articulações. O ponto falso Donatti, ou Allgower, é uma variação que oferece algumas vantagens, incluindo menor dano aos tecidos e melhor aproximação das bordas da ferida sem a necessidade de tensionamento excessivo. Essas duas técnicas são as mais cobradas nas provas;
  • Sutura contínua: utilizada em planos profundos. Uma única linha de sutura que corre ao longo da ferida sem interrupção, adequada para feridas longas. Permite uma distribuição uniforme da tensão, mas pode ser menos resistente a infecções se comparada à sutura simples;
  • Laceração triangular (ponto de Gilles): aplicam-se três pontos de sutura, de forma a trazer as bordas do ângulo da ferida. Essa técnica alivia o suprimento vascular da ponta do retalho;
  • Pontos subdérmicos e intradérmicos: os pontos subdérmicos são colocados na camada subdérmica da pele, logo abaixo da derme, para aproximar as bordas da ferida sem perfurar a epiderme. Essa técnica promove uma boa aproximação dos tecidos, reduzindo a tensão nas bordas da ferida e, consequentemente, minimizando cicatrizes. Os pontos intradérmicos são colocados na camada dérmica, ou seja, dentro da própria derme, sem perfurar a epiderme. Essa técnica é utilizada principalmente para fechamento de incisões cirúrgicas ou feridas em que a estética é crucial, pois as cicatrizes resultantes são geralmente mais finas e menos visíveis.

Outro ponto que é muito cobrado em provas é o tempo de remoção de suturas não absorvíveis:

Fonte: acervo Medcel.

Situações especiais:

Fonte: acervo Medcel.

Complicações

Outro tópico muito cobrado são as complicações da ferida operatória: hematoma, seroma, deiscência da ferida operatória e infecção da ferida.

  • Um hematoma é uma coleção de sangue fora dos vasos sanguíneos, geralmente devido ao seu rompimento durante ou após a cirurgia;
  • Um seroma é uma coleção de líquido seroso na cavidade criada pela cirurgia;
  • Deiscência é a abertura parcial ou total da ferida cirúrgica após o fechamento inicial. Pode ser causada por uma tensão excessiva na linha de sutura, infecção da ferida ou problemas nutricionais ou sistêmicos do paciente, como diabetes;
  • Infecção da ferida ocorre quando micro-organismos invadem a incisão cirúrgica, levando a uma resposta inflamatória.

Bons estudos!

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Referências:

New Africa .Shutterstock. https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/professional-surgeon-holding-forceps-suture-thread-1943864503

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Postado em
2/7/24
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