Atualizado em 28/03/2023

Olá, pessoal!

Cirurgia Geral é uma das 5 grandes áreas da Medicina, e é a responsável, como o nome mesmo já diz, pelo manejo de cirurgias das mais diversas enfermidades, desde os procedimentos mais comuns aos mais complexos, assim como todos os pré e pós-operatórios. E, se liga só, um dos temas que mais caem nas provas são as complicações pós-operatórias imediatas, mediatas e tardias. Então, eu vou te direcionar para os principais tópicos sobre esse assunto que não podem faltar no seu estudo para você brilhar nas provas. Vem comigo!

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O princípio primum non nocere (em primeiro lugar não causar danos), atribuído a Hipócrates, demonstra a preocupação desde a antiguidade com o risco envolvido no exercício da medicina. E, aqui é bom frisar que qualquer cirurgia pode ter complicações pós-operatórias. É claro que os cirurgiões fazem de tudo para evitar, mas sempre existe um risco.  

O pós-operatório começa logo após a cirurgia até depois da alta determinada pelo médico. Em relação ao fator tempo, as complicações são divididas em imediatas, mediatas ou tardias.  

Para fins didáticos e você entender melhor o assunto, nós podemos dividir os períodos operatórios em: pré-operatório, intraoperatório, transoperatório e pós-operatório. E, depois, podemos dividir as complicações pós-operatórias em: inerentes à doença primária do paciente, não relacionadas à doença primária e decorrentes do ato operatório. Um outro jeito de dividir é em uma classificação bem simples das complicações: complicações sistêmicas e complicações do sítio cirúrgico. Vamos lá?

Complicações inerentes à doença primária

É aquela que afeta um determinado grupo de pessoas portadoras de uma afecção clínica pré-existente. Aqui, entra a avaliação pré-operatória, para evitar as complicações cirúrgicas, por exemplo: estado nutricional, hipertensão, diabetes, dislipidemia, tabagismo, problemas respiratórios, disfunções urinárias, função hepática, coagulação, profilaxia de trombose, deambulação precoce, antibioticoprofilaxia e condições sociais do paciente. Dá para notar que aqui é um misto para que se faça a profilaxia da melhor forma possível.

Complicações não relacionadas à doença primária

São aquelas inerentes ao órgão operado. Podendo variar a frequência e ocorrência em função do tipo de anestesia, dos cuidados pós-cirúrgicos, das comorbidades associadas e do grau de injúria. Pode acontecer com qualquer paciente, independentemente do tipo de procedimento cirúrgico como hemorragia, atelectasia pulmonar, insuficiência renal aguda e doença tromboembólica.

Complicações decorrentes do ato operatório

Aqui entram as questões relacionadas ao intraoperatório: manipulação dos tecidos, dissecção meticulosa, planos teciduais, pressa, antissepsia, assepsia.  

Complicações sistêmicas

Uma das complicações mais comuns é a febre.  

  • Você precisa saber que febre nas primeiras 24 horas costuma ser por atelectasias, presente em até 25% dos pacientes submetidos a cirurgias abdominais, sendo que atelectasia por mais de 72 horas podem produzir pneumonia (cursa com tosse, dispneia, alteração na ausculta pulmonar. Mais frequentes em idoso, fumantes e obesos);
  • Nas primeiras 48 horas, flebite (dor, eritema e endurecimento no trajeto venoso superficial);  
  • Em até 72 horas, infecção urinária (cursa com disúria, hematúria ou alteração no aspecto da urina em pacientes sondados).  

As complicações sistêmicas podem ser exemplificadas pelo sistema orgânico envolvido, especificadas a seguir.

Principais complicações pós-operatórias sistêmicas

Complicações do sítio cirúrgico

As principais complicações relacionadas ao sítio cirúrgico, que podem tanto ser complicações superficiais das incisões como também complicações intracavitárias, dependendo do sítio cirúrgico envolvido no procedimento. Aqui, você deve ficar ligado sobre hematomas, seroma, deiscência e infecção de ferida operatória, isto é, algum fator desencadeante que pode ou não estar ligado às complicações sistêmicas.

  • Em até 5 dias, pensar em infecção da ferida operatória (dor, hiperemia e saída de secreção purulenta pela ferida operatória);
  • E, após 7 dias, coleção intracavitária ou fístula (taquicardia, distensão abdominal, íleo prolongado, exteriorização de conteúdo entérico ou purulento).  

Principais complicações pós-operatórias locais

Protocolo Cirurgia Segura

A Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu o protocolo Cirurgia Segura com o objetivo de aumentar os padrões de qualidade e segurança do cuidado cirúrgico, por meio de quatro ações importantes: prevenção de infecções do sítio cirúrgico, anestesia segura, equipes cirúrgicas seguras e indicadores da assistência cirúrgica. Mas, isso vai ficar de assunto para um próximo post.  

Bons estudos e conte conosco para a sua aprovação!

Por Julia da Silveira Gross

Graduada em Medicina pela Universidad del Norte (2021), revalidado pela Universidade Federal Fluminense, possui mestrado em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2014), especialização em Fisiologia do Exercício (2013) e graduação em Educação Física pela UFRGS (2011).

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Postado em
28/3/23
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