Hey, tudo bem?

Quem está no internato ou na prática médica, com certeza, já atendeu um quadro de sinusite, né?! É uma patologia super comum, tanto em adultos quanto em crianças. E, por isso, é um tema recorrente nas provas.  

Conhecida também por rinossinusite (RS), ela consiste na inflamação aguda da mucosa dos seios paranasais e da mucosa nasal. Geralmente, essa inflamação é desencadeada por uma infecção viral, bacteriana ou fúngica.  

A rinossinusite aguda pode ser dolorosa e desconfortável, daí a procura frequente dos pacientes por ajuda quando acometidos por essa doença. Então bora saber mais sobre a doença pra você não perder nenhuma questão!

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O que é sinusite?

A rinossinusite tem como característica início súbito de, pelo menos, dois desses sintomas: obstrução, congestão ou descarga nasal, pressão ou dor facial e hiposmia ou anosmia. Tem como principal causa o resfriado comum, que pode evoluir para infecção bacteriana (duração maior que 10 dias ou piora significativa a partir do quinto dia).

Se classifica de acordo com o tempo de evolução dos sintomas e a frequência de seu aparecimento:

Quais são os tipos de sinusite?  

A maioria tem etiologia viral: rinovírus, adenovírus, vírus sincicial respiratório (VSR) e parainfluenza. E olha a pegadinha, para ser considerada bacteriana é preciso preencher 3 dos seguintes critérios: muco com coloração alterada, dor local intensa (maioria das vezes, unilateral), febre, PCR/VHS aumentado e dupla piora dos sintomas. Na versão bacteriana, os principais agentes são os mesmos da otite média aguda (OMA): streptococcus pneumoniae, haemophilus influenzae e moraxella catarrhalis.

Em relação aos sintomas da sinusite, destacamos:

Congestão nasal: o inchaço e a inflamação das membranas mucosas dos seios paranasais e do nariz podem levar a uma obstrução nasal, tornando a respiração pelo nariz difícil.

Secreção nasal: pode variar de claro a amarelado ou esverdeado.

Dor facial: em torno dos olhos, nariz e bochechas, devido à pressão nos seios paranasais inflamados.

Dor de cabeça: a pressão nos seios paranasais também pode causar dores de cabeça, frequentemente na área frontal.

Tosse: a drenagem de muco pela parte de trás da garganta pode levar à tosse, especialmente à noite.

Fadiga: a rinosinusite aguda pode causar fadiga e uma sensação geral de mal-estar.

Febre: em casos mais graves, pode ocorrer febre baixa.

No exame físico, é possível encontrar dor à palpação do seio acometido, mucosa

nasal edemaciada, secreção purulenta em nasofaringe posterior, sinal da vela ou da gota pós-nasal.

O diagnóstico é clínico. A radiografia de seios não está indicada. A tomografia computadorizada somente em quadros refratários.

Como tratar a sinusite?

  • Antitérmicos e analgésicos;
  • Soluções salinas isotônicas (0,9%): auxiliam na desobstrução nasal;
  • Soluções salinas hipertônicas (até 3%): diminuem a obstrução nasal;
  • Descongestionantes tópicos: devem ser evitados;
  • Descongestionantes sistêmicos: não devem ser utilizados em adultos hipertensos lábeis, com hipertrofia prostática, glaucoma e nos que usam antidepressivos ou inibidores da monoaminoxidase (IMAO);
  • Corticoides sistêmicos: podem ser usados quando há atopia e edema importante da mucosa nasal;
  • Corticoides tópicos: recomendados para pacientes atópicos com suspeita de rinite alérgica;
  • Não utilizar anti-histamínico, pois espessa a secreção.
  • Se bacteriana: amoxicilina de 10 a 14 dias. Caso paciente tenha feito uso recente, amoxicilina com clavulanato ou cefalosporina de segunda geração. Se alérgicos: doxiciclina, claritromicina ou levofloxacino.

Doses:

Amoxicilina de 1,5 a 4 g/dia, a cada 8 ou 12h. Crianças: entre 45 e 90 mg/kg/dia.

Amoxicilina + Inibidor de betalactamase de 1,5 a 4 g + 250 mg/dia, a cada 8 ou 12h. Crianças: entre 45 e 90 mg + 6,4 mg/kg/dia.

Cefalosporinas de 2ª geração de 500 mg a 1 g/dia, a cada 12h. Crianças: entre 15 e 30 mg/kg/dia.

Macrolídeos (azitromicina) 500 mg/dia, a cada 12 ou 24h. Crianças: de 10 a 15 mg/kg/dia, 1 ou 2x/dia.

Sulfametoxazol + Trimetoprima 1.600 mg + 320 mg/dia, a cada 12h. Crianças: 30 mg/kg + 6 mg/kg/dia.

Ceftriaxone 1 g/dia, durante 5 dias, a cada 24h. Crianças: 50 mg/kg/dia, por 5 dias. Levofloxacino 500 mg/dia, a cada 24h.

E anota aí também as complicações (mais frequentes em crianças): edema orbitário, celulite orbitária, abscesso subperiosteal, abscesso orbitário, trombose do seio cavernoso, meningite e abscesso extradural, subdural e intraparenquimatoso.

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Referências:

Shutterstock. Trzmiel. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/nasal-sinus-infection-cured-by-medicine-1630565509. Acesso em: 20 set. 2023

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Postado em
30/9/23
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