Heyyy, tudo bem??

Saindo do forno esta atualização para você, hein? O Departamento do Programa Nacional de Imunizações (PNI) publicou a 6ª edição do Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) com algumas mudanças nas recomendações de vacinação de pacientes especiais. Eu sei que você sabe, mas não custa lembrar: atualizações são temas que as bancas gostam, principalmente para saber se o aluno está antenado, por isso eu vou te contar aqui o que mudou.

Então fique ligado e bora se atualizar, vem comigo!!! Leia mais:

MANUAL DOS CENTROS DE REFERÊNCIA PARA IMUNOBIOLÓGICOS ESPECIAIS

Antes de mais nada, para você se orientar aí, o CRIE é um serviço do SUS dedicado à imunização gratuita da população que apresenta um risco maior de desenvolver formas graves de algumas doenças, ou seja, portadores de imunodeficiência congênita ou adquirida e de outras condições especiais de morbidade, ou exposição a situações de risco aos imunobiológicos. Esses são chamados de Pacientes Especiais. Então ele é destinado a diferentes grupos de pessoas consideradas de risco aumentado para aquisição e/ou complicações de doenças imunopreveníveis. Na prática, por exemplo, um paciente transplantado tem direito a algumas vacinas a mais das do calendário do PNI (Programa Nacional de Imunizações).

Esse Manual é estruturado em cinco partes:

  • Conceitos em imunização;
  • Indicações nos CRIE;
  • Informações sobre os imunobiológicos oferecidos;
  • OS CRIE e os ESAVI; e
  • Aspectos administrativos e gerenciais.

Quais foram as atualizações em vacinação na Pediatria?

Atualização na Hib

A Hib está dentro da pentavalente (DTP/HB/Hib), junto com difteria, tétano e pertussis e hepatite B (aqui é a DTP que compõe o PNI). Já a DTPa é o pertussis acelular, que é menos reatogênica, com menos reações adversas e está somente de forma particular ou gratuitamente no CRIE para 3 situações especiais:

  • Após os seguintes eventos adversos graves ocorridos com a aplicação da DTP: Convulsão febril ou afebril nas primeiras 72 horas após a vacinação ou Episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH) nas primeiras 48 horas após a vacinação DTP.
  • Para crianças que apresentem risco aumentado de desenvolvimento de eventos graves após a aplicação da vacina: Doença convulsiva crônica, cardiopatias ou pneumopatias crônicas com risco de descompensação em vigência de febre, doenças neurológicas crônicas incapacitantes, bebês que ainda permaneçam internados na unidade neonatal por ocasião da idade de vacinação e bebês prematuros nascidos com menos de 33 semanas ou com menos de 1.500 gramas.
  • Pacientes com imunodepressão: oncológicos, doenças imunomediadas que necessitem de imunodepressão terapêutica, transplantados de órgãos sólidos e de células-tronco.
Aqui a cereja do bolo, a Hib dentro da DTPa fica menos imunogênica, então quando a utilizar (nas situações acima), é preciso fazer uma dose de reforço da Hib após 12 meses de idade.

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Atualização na Vacina Meningocócica

Nas vacinas meningocócicas, temos a vacina conjugada inativa com o sorotipo C (MenC), que é indicada no PNI aos 3 e 5 meses de idade, com reforço aos 12 meses. E a vacina meningocócica ACWY conjugada (MenACWY) com o sorotipo A, C, W e Y e é indicada no PNI aos 11 e 12 anos de idade. A atualização foi nas indicações da MenC e na Men ACWY em pessoas acima de 12 meses de idade:

  • MenC: Pessoas em uso de drogas imunossupressoras, oncológico, fístula liquórica e derivação ventrículo-peritoneal, implante coclear, trissomias, doenças de depósito, hepatopatia crônica e doença neurológica incapacitante.
  • MenACWY: Asplenia anatômica e funcional, doença falciforme e talassemias, deficiência de complemento, terapia com inibidor de complemento, pessoas vivendo com HIV/AIDS, imunodeficiências primárias ou erro inato da imunidade, transplante de células-tronco hematopoiéticas e órgãos sólidos, e microbiologista rotineiramente exposto ao isolamento de Neisseria meningitidis.

Atualização na profilaxia da varicela (VZ) para populações especiais

Para lembrar, no calendário normal do PNI, a varicela está dentro da tetra viral (SCRV) aos 15 meses e somente ela aos 4 anos. Lembrando que não pode para gestantes, imunodeprimidos porque é uma vacina viva atenuada e menores de 9 meses.

Caso haja exposição, deve ser feita a profilaxia com vacina ou imunoglobulina.

Quem vai fazer vacina:
  • maiores de 9 meses imunocompetentes até 3 a 5 dias após exposição (aqui continua igual).
Quem vai fazer imunoglobulina:
  • Crianças ou adultos imunodeprimidos.
  • Gestantes
  • RN de mães, nas quais o início da varicela ocorreu nos cinco últimos dias de gestação ou até 48 horas depois do parto
  • RN prematuros, com 28 ou mais semanas de gestação, cuja mãe nunca teve varicela
  • RN prematuros, com menos de 28 semanas de gestação (ou com menos de 1.000 g ao nascimento), independentemente de história materna de varicela
  • Menores de 9 meses em contato hospitalar com VVZ (aqui é a atualização, antes era menores de um ano).

É isso, então bons estudos!!

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Postado em
2/11/23
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