Como é a Prova Prática de Residência Médica?

2/12/22

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Atualizado em 02/12/2022.

Como é a prova prática de Residência Médica? ‍

As provas de Residência Médica são sempre uma caixinha de surpresa. Alguns editais são até previsíveis, outros, nem tanto, pois depende muito da banca avaliadora. No ano passado, cerca de 20 instituições brasileiras optaram pela prova prática no processo seletivo, como fase eliminatória e classificatória. De acordo com a resolução nº 008/2004 da CNRM, as instituições podem optar pela inclusão da prova prática em seu processo seletivo, porém ela não é obrigatória.

A Prova Prática acontece sempre na segunda fase do processo seletivo de Residência Médica e a pontuação equivale de 40% a 50% da nota final. Ou seja, é uma etapa muito importante que requer atenção igual a prova de múltipla escolha. Listamos aqui, algumas instituições de Residência Médica, que têm ou já tiveram Prova Prática no processo seletivo. Confira a lista:

IAMSPE
UNIFESP
USP-RP
SANTA CASA DE SÃO PAULO

Mas, e aí, você sabe como funciona a Prova Prática?

A prova prática tem como objetivo testar os conhecimentos técnicos do médico recém-formado. Nela, uma série de procedimentos são testadas, a fim de que os padrões básicos de atendimento sejam cumpridos pelos futuros residentes, tudo isso em 10 minutos, aproximadamente.

Quem pode fazer a prova prática?

Candidatos aprovados na primeira fase do processo seletivo. Normalmente, a prova objetiva e a prova prática não acontecem no mesmo dia e o candidato fica sabendo se está apto para fazer a prova prática, por meio do site da banca examinadora. Lá, é informado todos os detalhes, como: data, horário, local da prova.

Aproveite para conferir também: Residência médica e prova prática: qual instituição aplica?

Como funciona a avaliação?

A exemplo do edital da USP Ribeirão Preto 2022/2023, o item 4 nos traz detalhes de como funciona esta avaliação:

Os candidatos são submetidos a cinco estações de cada área da Medicina: Clínica Médica, Cirurgia Geral, Medicina Preventiva/Social, Ginecologia e Obstetrícia e Pediatria, em que eles passam por situações reais de atendimento com atores e a comissão avaliadora (fiscais de prova).

Segundo o edital, cada candidato passa somente uma estação por ambiente e não pode se comunicar com aqueles que ainda não fizeram o exame.

Na prova prática da USP-RP, por exemplo, não é permitido o uso de jalecos, camisetas, crachás, bottons ou de qualquer outra peça de identificação do candidato ou da instituição a qual ele esteve ou esteja vinculado.

No dia da avaliação, só é permitido levar documento de identidade, comprovante de inscrição e caneta, sendo proibido o porte de demais itens pessoais, como: carteira, chaves, bolsas, relógios (digital e analógico) ou qualquer outro componente eletrônico.

Estações da Prova Prática

Como já falamos aqui, são cinco estações de cada área básica. Cada uma com uma situação diferente em que o candidato precisa gabaritar ou acertar o maior número de procedimentos possível.

Atores simulam um caso clínico e o candidato (médico) precisa tratar aquele paciente como se fosse um caso real. Ao atender o paciente (ator), o médico é avaliado em todas as esferas do atendimento: se fez uma boa anamnese, realizou exame físico, se fez as perguntas certas e encontrou o diagnóstico correto, se usou o tempo adequadamente.

E, você, deve estar se perguntando: como funciona a pontuação?

Todos os candidatos são avaliados por meio de uma checklist. Durante a realização do exame, o avaliador irá distribuir pontos ao aluno com base nessa checklist — e o candidato só irá ganhar o ponto se, de fato, fizer a tarefa corretamente.

Cada item ou procedimento composto no checklist é avaliado com uma pontuação de 0 a 10 pontos. Por exemplo: se nas cinco estações você acertou 9 pontos em cada uma, no total, você conquistou 45 pontos, ou seja 45%. Por isso, vale a pena se preparar assertivamente para mandar bem no dia da avaliação.

‍5 Dicas para mandar bem na prova prática

Separamos abaixo algumas dicas que pode te ajudar a conquistar uns pontinhos a mais durante a avaliação. Vamos, lá?

DICA 01 | Abordagem 

Comece bem!  

Entre de bom-humor, de preferência sorrindo e tente passar segurança para o paciente simulado. Cumprimente-o e se apresente. Pense que a primeira impressão conta para o seguimento dessa performance. 

DICA 02 | Raio-X da sala 

Ao entrar na estação, veja todos os objetos disponíveis para seu uso. Eles são bons indicadores da questão médica. Apenas utilize aquilo que souber usar. Não tente “mostrar serviço”. Lembre-se: a avaliação é para o atendimento clínico, e não uma demonstração de conhecimento específico.  Na dúvida, não utilize o objeto. 

DICA 03 | Anamnese 

A conversa com o paciente simulado é sua maior fonte de informações para o caso. Use isso a seu favor.   

Extraia todos os dados que puder, com bastante empatia.  
Investigue histórico de doenças, questões médicas pré-existentes e uso de medicamentos.

DICA 04 | Exame físico 

Faça a avaliação física necessária e se ver algo estranho, como um “olho roxo” por exemplo, pergunte sem constrangimento. Assim como curativos caseiros, arranhões, uso de próteses e qualquer item que possa influenciar na consulta. 

Vasculhe atentamente o quadro de saúde do paciente simulado.  
Ouça com atenção e peça as informações que forem necessárias.

Só para não esquecer: jamais se comunique com o avaliador.  

DICA 05 | Diagnóstico 

Após a anamnese e exame físico, você irá concluir qual a questão médica e contar o diagnóstico para o paciente.   

Evite ser muito técnico apenas para mostrar conhecimento para o avaliador.  
Foque em INFORMAR o problema de modo claro e adeque a sua linguagem à do paciente sempre, isso demonstra empatia e acolhimento.

Parece complicado, muitos alunos ficam com medo de passar pelas estações e isso é muito comum, pois fazer um teste com tanta gente te observando pode dar um certo receio. Mas confie em você, confie no seu preparo e na sua capacidade!

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‍Bônus: Conheça mais 6 dicas para passar na prova prática de Residência Médica