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A epilepsia é uma das doenças neurológicas graves mais comuns da infância. A maior causa da epilepsia em países em desenvolvimento é decorrente de assistência pré-natal e materna deficiente, com prematuridade, tocotraumatismos, infecções (principalmente parasitoses, como a neurocisticercose) e desnutrição. A definição, a diferença em relação à convulsão, as causas por faixa etária e como fazer a investigação diagnóstica são elementos muito cobrados em provas. Bora ficar por dentro?

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Epilepsia e suas manifestações

Epilepsia é um distúrbio neurológico crônico caracterizado por crises epilépticas recorrentes. A crise epiléptica é a manifestação clínica da atividade em excesso e/ou síncrona de um grupo de neurônios corticais, ou seja, da anormalidade da atividade neuronal, caracterizada por alteração súbita e transitória. É importante observar que nem todos que apresentaram uma crise epiléptica apresentarão epilepsia, mas todos os portadores de epilepsia tiveram pelo menos uma crise epiléptica, e a maioria das crises dura menos de 5 minutos.  

Há duas definições de epilepsia, uma conceitual/científica e outra operacional/prática. Esta última é definida como uma das seguintes condições:

Não se usa mais o termo “convulsão", pois esse é um sintoma caracterizado por movimentos corporais involuntários, contrações musculares anormais e, às vezes, perda de consciência. As convulsões podem ser causadas por diversos fatores, incluindo epilepsia, lesões cerebrais, febre alta (convulsões febris), distúrbios metabólicos e intoxicação por drogas ou álcool. Nem todas as convulsões são indicativas de epilepsia. Muitas vezes, são eventos isolados causados por uma condição temporária.  

Em resumo, a epilepsia é um distúrbio neurológico crônico caracterizado por crises recorrentes, enquanto a convulsão é um sintoma que pode ser causado por uma variedade de condições, incluindo epilepsia. Nem todas as convulsões indicam epilepsia, mas todas as pessoas com epilepsia apresentam a possibilidade de ter convulsões.  

Algumas crianças podem apresentar pródromos (antecedem dias ou horas), que podem se manifestar com a criança estando indisposta, com cefaleia ou procurando a mãe com reações como medo. Pode haver alguns fatores precipitantes, como questões emocionais, febre e medicamentos que diminuem o limiar convulsivo.  

Em crianças, a epilepsia pode apresentar-se de várias formas e ter diversas causas.  

Também é comum que a epilepsia seja parte de uma doença com tipos, padrões e achados de EEG próprios, ao que damos o nome de síndrome epiléptica. As mais comuns são: síndrome de West, síndrome de Lennox-Gastaut e epilepsia mioclônica juvenil.

Diagnóstico

Sobre a investigação diagnóstica, na primeira crise não provocada, devem ser realizados EEG, exames de imagem do sistema nervoso central e exames laboratoriais de acordo com as condições clínicas. Mas saiba — e isto é muito cobrado em prova — que a presença de uma crise convulsiva febril não indica investigação de imagem. Ela acontece na infância, geralmente entre 3 meses e 5 anos, e está associada à febre, com ausência de infecção intracraniana ou outra causa neurológica definida, exceto em crianças que tenham tido convulsões afebris previamente.  

O EEG ajuda na definição da epilepsia, na localização e na monitorização do tratamento. Mas abra o olho: a presença de um EEG normal não exclui o diagnóstico de epilepsia. A ressonância magnética é mais sensível que a tomografia de crânio para identificar lesões estruturais. Já os exames laboratoriais podem revelar alterações metabólicas, como hipoglicemia, hiponatremia, uremia, hipertermia e hipoperfusão cerebral, entre outras.  

Tratamento da epilepsia infantil

O tratamento depende da causa da epilepsia. Pode incluir medicamentos antiepilépticos, terapia ocupacional, terapia comportamental, cirurgia e outros tipos de intervenções, variando conforme a gravidade e as características específicas de cada caso. Com relação aos antiepilépticos, temos: fenobarbital, fenitoína, carbamazepina, valproato de sódio e lamotrigina — a escolha depende da etiologia.  

Bons estudos!

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Referência:

LIGHTFIELD STUDIOS. Mri scan in hands of blurred pediatrician near sad kid and woman in clinic. [20--?]. 1 fotografia. Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/mri-scan-hands-blurred-pediatrician-near-2054451248. Acesso em: 11 abr. 2024.

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Postado em
15/4/24
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