Hey, tudo certo??
O câncer de tireoide é a neoplasia endócrina maligna mais comum do sistema endócrino. No Brasil, é a quarta neoplasia mais frequente no sexo feminino.É importante lembrar que o Ministérios da Saúde não recomenda o rastreio desses tipos de cânceres, que só devem ser investigados os nódulos identificados pela inspeção e/ou palpação no exame físico, sendo que somente 5% (em média) é maligno e não tem diferença se é multi ou uninodular. Quer saber mais detalhes para arrasar sobre esse esse tema nas pŕovas? Vem comigooo!!
Leia mais: Saiba quais são os tipos de câncer mais comuns no Brasil
Os nódulos na tireoide são a principal forma de apresentação clínica dos cânceres da glândula, são muito comuns na prática clínica, mais prevalente no sexo feminino e, geralmente, não apresentam sintomas perceptíveis. A maioria dos nódulos tireoidianos é benigna, mas você deve ficar ligado e por dentro das características que aumentam a suspeita de malignidade:
História Clínica: História familiar, extremos de idade, sexo masculino, história de irradiação pŕevia de cabeça/pescoço, crescimento rápido, sintomas agregados
(dispneia, disfagia ou disfonia);
Exame físico: nódulo maior que 4 cm, endurecido, fixo, linfadenopatia cervical, paralisia de corda vocal.
USG: hipoecogenecidade (nódulo é mais escuro que o resto da tireoide), margens indefinidas, microcalcificações (pontos brancos no interior), fluxo aumentado ao Doppler, invasão de estruturas vizinhas, nódulo mais “alto” do que “largo”, adenomegalia.
Outros: calcitonina elevada, TSH elevado, cintilografia nódulo frio/hipocaptante ou seja “inativo”
Diagnóstico
A investigação de qualquer nódulo tireoidiano deve incluir, no mínimo, dois exames: o TSH e USG da região. A dosagem de TSH deve ser solicitada em nódulos maiores que 1 cm e se suprimido deve se solicitar T4 livre e/ou T3. Aproximadamente, 10% desses nódulos produzem T4/T3 e acabam reduzindo o nível de TSH. Aqui deve-se solicitar a cintilografia para confirmar se o nódulos é hiperfuncionante (nódulo quente), então não há necessidade de PAAF, pois o risco de malignidade é baixo. E se liga, se o TSH estiver elevado, sugerindo hipotiroidismo, pedir anti-TPO para confirmar tireoidite de Hashimoto e seguir investigação de nódulo em geral. Algumas questões trazem sobre a PAAF (punção por agulha fina) que é a biópsia desses nódulos. Então anota aí quando deve ser feita: Nódulos hipoecóicos maior ou igual a 10 mm, nódulos hiperecóicos maior ou igual a 15 mm, complexo ou espongiforme maior ou igual a 20mm, com invasão extratireoidiana e linfonodo suspeito.
Outro ponto importante cobrado nas provas é o “Sistema Bethesda”. É uma classificação específica para avaliar amostras PAAF da tireoide, com o objetivo de padronizar a terminologia e fornecer uma diretriz clara para o diagnóstico citopatológico de doenças tireoidianas. Consiste em seis categorias diagnósticas:
- I - Não Diagnóstico ou Insatisfatório: A amostra não possui células suficientes para fazer um diagnóstico ou é impossível interpretá-la. Repetir a PAAF guiada por USG.
- II - Benigno: A amostra contém células que demonstram características normais do tecido tireoidiano ou mudanças benignas. Seguimento clínico.
- III - Lesão de significado indeterminado (LSIL) ou Lesão folicular de significado indeterminado (LF-SIL): Nesta categoria, as células apresentam algumas alterações atípicas, mas não são suficientes para confirmar um diagnóstico maligno. Repetir a PAAF guiada por USG.
- IV - Suspeito de malignidade: A amostra contém células que apresentam características sugestivas de malignidade, mas não são conclusivas o suficiente para um diagnóstico definitivo. Em geral lobectomia.
- V - Sugestivo de malignidade: As células na amostra apresentam características altamente sugestivas de malignidade. Tireoidectomia total ou lobectomia.
- VI - Maligno: A amostra contém células que confirmam a presença de câncer de tireoide.Tireoidectomia total ou lobectomia.
E aqui vai um esquema para ajudar na investigação:
Tipos de nódulos da tireoide
Sobre os tipos de câncer de tireoide, eles são classificados de acordo com a origem em:
- Células foliculares: papilífero (mais comum, com crescimento lento e bom prognóstico) e folicular (segundo tipo mais comum).
- Células parafoliculares/células C: carcinoma medular de tireoide.
- Origem obscura: carcinoma indiferenciado/ anaplásico (mais agressivo). Há outros, porém os que aparecem nas provas são esses.
Tratamento
O tratamento dos nódulos tireoidianos e do câncer de tireoide dependerá do tipo de nódulo e do estágio da doença. Em muitos casos, os nódulos benignos não requerem tratamento, apenas monitoramento regular. Para o câncer de tireoide, as opções de tratamento podem incluir cirurgia para remover a tireoide (tireoidectomia parcial ou total), terapia com iodo radioativo e, em alguns casos, terapia hormonal e radioterapia.
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REFERÊNCIAS
Shutterstock. Photoroyalty. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/endocrinologist-examining-throat-young-woman-clinic-2140229137. Acesso em: 25 de jul. 2023.