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hipotireoidismo é uma alteração hormonal comum que afeta muitas pessoas em todo o mundo, em que a glândula tireoide não produz hormônios suficientes, levando a uma série de sintomas e complicações. O hipotireoidismo é um dos assuntos mais cobrados em provas de Residência Médica, por isso é fundamental que os profissionais de saúde estejam familiarizados com o tema.

Neste artigo, vamos explicar o que é o hipotireoidismo, como ele é diferente do hipertireoidismo, os exames utilizados para diagnosticar a condição e os diferentes tipos de tratamento disponíveis.

Vamos lá!

O que é hipotireoidismo?

Hipotireoidismo é uma disfunção da glândula tireoide caracterizada pela baixa produção de hormônios tireoidianos. Esses hormônios regulam o metabolismo, que é o processo pelo qual o corpo converte alimentos em energia. O hipotireoidismo pode afetar pessoas de todas as idades, e é mais comum em mulheres.

Quais são as causas de hipotireoidismo?

O hipotireoidismo pode ser causado por uma variedade de fatores, incluindo doença autoimune, deficiência de iodo, radioterapia e cirurgia para remover a tireoide. A doença autoimune, como a tireoidite de Hashimoto, é a causa mais comum de hipotireoidismo nos países desenvolvidos. Nessa condição, o sistema imunológico ataca a tireoide, causando danos e reduzindo a produção de hormônios tireoidianos.

O iodo é um mineral necessário para a produção de hormônios tireoidianos, e a falta desse mineral pode levar à produção insuficiente de hormônios pela tireoide. A deficiência de iodo é mais comum em países em desenvolvimento, onde o consumo de alimentos ricos em iodo é limitado.

Além disso, a radioterapia também pode causar hipotireoidismo, especialmente se a área irradiada incluir a tireoide. A cirurgia para remover a tireoide, conhecida como tireoidectomia, é outro fator de risco para o desenvolvimento de hipotireoidismo. Após a cirurgia, o paciente precisará de hormônios tireoidianos sintéticos para substituir a produção natural da glândula.

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Hipotireoidismo e hipertireoidismo: qual a diferença?

A tireoide é uma glândula localizada na parte frontal do pescoço, responsável por produzir hormônios que controlam a taxa metabólica do corpo. Quando a glândula tireoide não produz hormônios suficientes, isso é chamado de hipotireoidismo. Por outro lado, quando a glândula produz hormônios em excesso, isso é chamado de hipertireoidismo.

Os casos de hipotireoidismo são muito mais comuns do que o hipertireoidismo. A falta de hormônios da tireoide pode afetar a função de muitos órgãos diferentes no corpo, resultando em uma ampla variedade de sintomas. Por outro lado, o hipertireoidismo é uma condição em que a glândula tireoide produz hormônios em excesso. Isso pode acelerar a taxa metabólica do corpo. Veja os principais sintomas de ambos os casos:

Diagnóstico do hipotireoidismo

O diagnóstico do hipotireoidismo envolve a avaliação clínica dos sinais e sintomas apresentados pelo paciente, bem como a confirmação laboratorial da disfunção tireoidiana.

Inicialmente, o médico deve realizar uma história clínica detalhada, perguntando sobre sintomas como fadiga, ganho de peso, constipação, pele seca, sensibilidade ao frio, depressão, entre outros. Também é importante avaliar o histórico médico do paciente, incluindo antecedentes de doenças autoimunes, cirurgia de tireoide ou tratamento com radiação na região do pescoço.

O exame físico pode revelar sinais como ganho de peso, edema periférico, pele seca, unhas quebradiças, cabelo seco e fino, língua aumentada, reflexos tendinosos diminuídos, entre outros.

O próximo passo no diagnóstico é a realização de exames laboratoriais. Os principais exames utilizados para o diagnóstico são o TSH (hormônio estimulante da tireoide) e o T4 livre (tiroxina livre).  

O TSH é produzido pela glândula pituitária e estimula a produção de hormônios tireoidianos pela tireoide. Se a tireoide não está produzindo hormônios regulares, o TSH aumenta para tentar estimular a produção. Já o T4 livre é o principal hormônio produzido pela tireoide e está presente no sangue em maior quantidade do que o T3 (tri-iodotironina).

O teste inicial para avaliar a função tireoidiana é a dosagem do hormônio estimulante da tireoide (TSH). Valores elevados de TSH sugerem hipotireoidismo primário, enquanto valores normais ou baixos sugerem hipotireoidismo secundário ou terciário.

Se a dosagem de TSH for elevada, o próximo passo é medir os níveis séricos dos hormônios tireoidianos T4 livre (FT4) e tri-iodotironina (T3). Os valores baixos de FT4 confirmam o diagnóstico de hipotireoidismo primário.

Além disso, em alguns casos, o médico pode solicitar exames adicionais, como anticorpos antitireoidianos, ultrassonografia da tireoide ou biópsia da tireoide.

Separamos um Quadro que apresenta os testes laboratoriais mais comuns usados para diagnosticar o hipotireoidismo:

A seguir, estão os tipos de hipotireoidismo e suas classificações:

Complicações

Se não tratado adequadamente, o hipotireoidismo pode causar várias complicações. A mais grave delas é o mixedema, que ocorre quando os níveis de hormônios tireoidianos ficam extremamente baixos, levando a uma diminuição na função cerebral e, em casos graves, coma e morte. Além disso, o hipotireoidismo pode levar a alterações no coração, como bradicardia, insuficiência cardíaca e risco aumentado de doença arterial coronariana.

O hipotireoidismo não tratado também pode causar problemas de fertilidade em homens e mulheres. Nas mulheres, pode causar irregularidades menstruais e aumentar o risco de aborto espontâneo e complicações durante a gravidez, como pré-eclâmpsia e parto prematuro. Além disso, o hipotireoidismo pode aumentar o risco de síndrome do túnel do carpo, uma condição que causa dor, dormência e formigamento no braço e na mão.

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Tratamento do hipotireoidismo

O tratamento do hipotireoidismo consiste em repor os hormônios tireoidianos que estão em falta no organismo. O hormônio tireoidiano mais importante é o T4 (tiroxina), que é produzido pela tireoide e convertido em T3 (tri-iodotironina) no fígado e em outros tecidos do corpo. A reposição hormonal é realizada com medicamentos contendo T4 sintético (levotiroxina), que devem ser tomados diariamente em doses individualizadas, de acordo com o peso corporal e a idade do paciente.

É importante que o tratamento seja iniciado o mais cedo possível, para evitar complicações e melhorar a qualidade de vida do paciente. A dose inicial de levotiroxina é geralmente baixa e aumentada gradualmente, até que os níveis de hormônios tireoidianos estejam dentro da faixa normal. O acompanhamento médico regular é necessário para ajustar a dose de levotiroxina, monitorar os níveis de hormônios tireoidianos e avaliar a resposta ao tratamento.

Além da reposição hormonal, outras medidas podem ser indicadas no tratamento do hipotireoidismo, dependendo da gravidade e das causas da doença. Por exemplo, se o hipotireoidismo for causado por uma inflamação da tireoide (tireoidite), pode ser necessário o uso de anti-inflamatórios ou corticoides. Se houver bócio (aumento do volume da tireoide), pode ser indicada a retirada cirúrgica da glândula.

O que pode ser cobrado sobre o hipotireoidismo nas provas?

Nas provas, é importante que os candidatos compreendam as características clínicas do hipotireoidismo, bem como seu diagnóstico, tratamento e monitoramento.

Em termos de diagnóstico, as questões da prova podem abordar a interpretação dos resultados de exames laboratoriais, incluindo o TSH, T4 livre e anticorpos antitireoidianos. Além disso, é importante que os candidatos estejam familiarizados com as possíveis causas do hipotireoidismo, como a tireoidite de Hashimoto e a iodo deficiência.

Outro ponto crucial na prova é o tratamento do hipotireoidismo, que geralmente envolve a reposição hormonal com levotiroxina. Os candidatos devem estar cientes das doses adequadas de levotiroxina e dos possíveis efeitos colaterais do tratamento.

Por fim, a prova pode abordar o monitoramento do hipotireoidismo, que envolve a avaliação regular dos níveis de hormônios tireoidianos e o ajuste da dose.

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*Este artigo foi desenvolvido com recursos de inteligência artificial, validado por especialista médico.

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Postado em
31/3/23
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