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Colecistite é um tema quentíssimo, um dos mais abordados de Cirurgia Geral nas provas de residência/revalida e muito frequente na prática médica. Então, é bom você ficar antenado nesse assunto, principalmente a Colecistite aguda litiásica, a mais comum. Quer saber mais? Continue a leitura para ficar por dentro de superdicas.

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O que é Colecistite aguda?

Colecistite aguda faz parte do abdome agudo inflamatório (dos 5 tipos, esse é o que mais caem questões nas provas), que engloba também a apendicite aguda, pancreatite e diverticulite. Então, vamos lá, a Colecistite aguda é uma doença inflamatória das vias biliares, em que ocorre a inflamação da vesícula biliar, podendo ser litiásica/calculosa (de uma colelitíase prévia) ou alitiásica/acalculosa, de outras etiologias. Sendo a primeira a mais frequente (90%) e em mulheres 3:1).  

Os fatores de risco são: dislipidemia, obesidade, sexo, idade (mulheres jovens a calculosa e homens idosos a acalculosa) e gravidez (principalmente, no segundo e terceiro trimestres).  

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Colecistite aguda litiásica

A Colecistite aguda litiásica/calculosa ocorre quando o cálculo proveniente da vesícula biliar impactado no infundíbulo do ducto cístico, o que causa um uma dificuldade no esvaziamento da vesícula biliar, aumento da pressão intraluminal, comprometimento do fluxo sanguíneo e linfático, inflamando a parede vesicular, gerando uma isquemia e necrose da mucosa e irritação química por essa bile concentrada (e primeiramente estéril) o que pode levar a uma infecção bacteriana secundária (geralmente por Escherichia coli, Enterococcus, Klebsiella, Bacteroides, Proteus, Pseudomonas ou Enterobacter).

Já a alitiásica/acalculosa tem uma origem multifatorial, podendo ser em pacientes de terapia intensiva, pós-trauma (jejum prolongado, anestesia, opiáceos, desidratação e imobilização), sendo que metade dos casos evolui com gangrena e perfuração localizada. Causas mais raras ainda de obstrução podem ser de infecções por Ascaris lumbricoides ou Clonorchis sinensis.

Mas você deve focar na Colecistite aguda litiásica, que é a que mais se vê nas questões de prova.  

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Quais são os sintomas da Colecistite Aguda?

Dor no hipocôndrio direito, intensa, intermitente, do tipo cólica, relacionado a ingesta de alimentos gordurosos (a queridinha cólica biliar), que pode irradiar para dorso e/ou ombro de início súbito (sinal de Kehr), que vai aumentando de intensidade, com duração maior que 4 horas. E, anota aí também, nas questões podem aparecer sintomas como: anorexia, febre, náusea, vômito, calafrios, sudorese, distensão abdominal e leve icterícia.  

No exame físico, pode aparecer o famoso Sinal de Murphy: parada súbita da inspiração durante a palpação profunda do ponto cístico, que pode ser feito também durante a ultrassonografia com o transdutor).  

E como é o diagnóstico da Colecistite Aguda?

Aqui vale exame físico, laboratoriais e imagens. Nas questões, quando for analisar os laboratórios, você poderá encontrar leucocitose com desvio à esquerda, elevação das transaminases, bilirrubina total elevada, amilase levemente aumentada ou normal, lipase normal (essas duas para descartar pancreatite aguda).  

Nos exames de imagem, o primeiríssimo que você não pode esquecer é a boa e velha  ultrassonografia de abdome (alta sensibilidade, especificidade e indicado em TODA suspeita de Colecistite) e, fica ligado que, nas questões quase sempre aparece: colelitíase, parede da vesícula maior que 4 mm, distensão vesicular, líquido pericolecístico, dilatação do ducto biliar intra e extra-hepático, obstrução do ducto cístico e gás na parede vesicular ou intraluminal.  
Pode aparecer uma tomografia computadorizada aí no meio, mas não é comum.


Agora, prepara o caderno e a caneta para anotar os Critérios de Tóquio (2018).

Aí, em algumas questões, você pode encontrar sobre a classificação da gravidade de Tóquio o seguinte:

O grau III é considerado o mais grave, onde há disfunção de algum sistema orgânico.  

Já o grau II evidencia apenas sinais de complicações locais, decorrentes do processo inflamatório vesicular.  

O grau I (leve), é quando o paciente não preenche critérios do grau II ou III. Mais fácil, né?

Tratamentos da Colecistite aguda

Por fim, o tratamento da Colecistite aguda é cirúrgico, preferencialmente por videolaparoscopia. Nos casos não complicados em paciente de baixo risco cirúrgico e colecistectomia precoce. Nos de alto risco cirúrgico, antibioticoterapia e programar a colecistectomia. E, nos casos complicados, colecistectomia direto e drenagem percutânea.  

Leia mais em: Colecistite: o que saber para as provas do Revalida

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Por Julia da Silveira Gross

Graduada em Medicina pela Universidad del Norte (2021), revalidado pela Universidade Federal Fluminense, possui mestrado em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2014), especialização em Fisiologia do Exercício (2013) e graduação em Educação Física pela UFRGS (2011).

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Postado em
20/2/23
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