Hey, tudo bem aí???

A pneumonia aguda é uma das principais causas de morbimortalidade, principalmente em crianças menores de 5 anos, nos países em desenvolvimento. É uma doença frequente, com incidência de 3 a 4% ao ano, em crianças abaixo de 4 anos, e de 1 a 2% em pré-escolares e escolares. E abre muito o olho aqui, as infecções respiratórias agudas são as queridinhas das provas, e, entre elas, um assunto que vale dar uma boa conferida é pneumonia adquirida na comunidade (principalmente agentes, diagnóstico, antibióticos de escolha e vacinas), que é comum nas provas e, infelizmente, na prática também. Bora saber mais desse super tema.

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O que é Pneumonia?

A pneumonia é uma inflamação dos alvéolos e espaços aéreos terminais,

bronquíolos e espaço intersticial, em resposta à invasão de um agente infeccioso no pulmão, tornando-os cheios de pus e outros fluidos. Pode ser causada por bactérias, vírus, fungos ou outros micro-organismos. Geralmente, pode ser tratada ambulatorialmente. É bom saber alguns fatores de risco, como: desnutrição, falta de imunização, poluição, frequentar creche, aglomerações, prematuridade, tabagismo etc.

Os principais agentes causadores (cai em prova) de pneumonia em crianças incluem:

  • Bacterianas: Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae tipo b (Hib),

             Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes, Mycoplasma pneumoniae e

             Chlamydia pneumoniae (essas duas últimas atípicas que vou explicar mais adiante).

  • Virais: vírus sincicial respiratório (VSR), influenza, entre outros.
  • Outros: mais raramente por fungos, drogas, processos autoimunes, inalação etc.  

Nem sempre o agente etiológico é possível de identificar com exames, então se liga nessa dica: existem alguns tipos de pneumonia, em que  podemos relacionar a anatomia com o agente:

  • Lobar ou típica (mais cai em provas e na prática). Principal agente aqui é o Streptococcus pneumoniae (exceto em RN).
  • Broncopneumonia: Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes.
  • Atípica ou intersticial: Mycoplasma pneumoniae e Chlamydia pneumoniae

(principalmente em maiores de 5 anos).

Sintomas da Pneumonia

Os sintomas de pneumonia em crianças podem variar, mas a pneumonia afebril não é frequente e é mais encontrada em crianças até 3 anos. Nas etiologias virais, apesar de ser possível febre acima de 39 °C, há grande melhora do estado geral, enquanto na pneumonia bacteriana, a toxemia é mantida. Nas atípicas, pode ou não ter a presença de febre, e quando presente, é baixa e arrastada.

O quadro é composto por dor torácica (difícil na criança), tosse, febre, taquipneia, tiragem subcostal, aumento do frêmito toracovocal, diminuição do murmúrio vesicular, estertores finos, crepitações (principalmente em bacterianas). Sibilos são raros, a não ser que a criança seja asmática. Se tiver macicez ou submacicez à percussão, temos que pensar na presença de um derrame pleural.  

E abre o olho aqui: tosse, febre e taquipneia fecham diagnóstico sem necessidade de exames adicionais, e antibioticoterapia empírica já é indicada. Toxemia, palidez e cianose são sinais de gravidade. Nas virais, os sintomas respiratórios são mais leves, como tosse, coriza, taquipneia com febre alta e autolimitada.

Diagnóstico de Pneumonia

Sobre o diagnóstico de pneumonia o Ministério da Saúde tem adotado que seja feito por síndromes clínicas (sinais e sintomas clínicos), tendo como principais sinais para suspeitar: tosse e/ou dispneia.

Tratamento

O tratamento da pneumonia é empírico na maioria das vezes e deve ser norteado pelos agentes mais prováveis para cada faixa etária e os sinais de gravidade. Mas primeiramente, deve se decidir o tipo de tratamento: ambulatorial ou hospitalar.

Os critérios de internação, além da criança com pneumonia grave, são: lactentes menores de 2 meses, presença de hipoxemia (SatO2 menor que 92% em ar ambiente), desconforto respiratório, taquipneia, toxemia, derrame pleural, desidratação moderada, presença de doença crônica de base, falha terapêutica ambulatorial, incapacidade de continuar tratamento domiciliar e/ou alteração neurológica.

Se tratamento ambulatorial e suspeita de S.pneumoniae e H. influenzae B, amoxicilina VO, 50-80 mg/kg/dia a cada 8 ou 12 horas. Se alergia, cefalosporinas de segunda ou terceira geração, como cefuroxima ou ceftriaxona. Se suspeita de atípica, opta-se por macrolídeos (azitromicina, claritromicina ou eritromicina).

Se tratamento hospitalar: ampicilina ou penicilina (até 2 meses, associar aminoglicosídeo ou cefalosporina de terceirageração).

Se persistência de febre por 48 a 72 horas ou piora do quadro, deve-se a avaliar as complicações: abscesso, atelectasia, pneumatocele, derrame pleural, pneumotórax, necrose pulmonar, como principais.

E último tópico, mas não menos importante que costuma cair em prova é a vacinação como a maneira eficaz de prevenir a pneumonia em crianças. A vacina pneumocócica conjugada 10-valente, aos 2 meses, 4 meses e reforço com 1 ano de idade, está disponível no SUS. A vacinação anual contra influenza é muito importante para todos, principalmente para os grupos de risco.  

A vacina pneumo-23 é indicada para pacientes de determinados grupos de risco: Infecção pelo HIV, doença pulmonar ou cardiovascular crônica grave, insuficiência renal crônica, síndrome nefrótica, D0iabetes Mellitus insulinodependente, cirrose hepática, imunodeficiências, entre outros.

Bons estudos!!!!

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Referência

Shutterstock. Pixel-Shot. https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/sick-little-girl-home-1839214042

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Postado em
22/12/23
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