Assim como as demais especialidades, a Radioterapia é uma área desafiadora e indispensável no tratamento de várias doenças, inclusive, do câncer. Separamos neste post as principais informações para quem está na dúvida na escolha da especialidade. Falaremos mais sobre como a radioterapia surgiu, rotina, perfil do radioterapeuta, Residência Médica, salário e mais!  

Vamos lá?

O que é a Radioterapia?

A Radioterapia, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), é um tratamento em que se utilizam radiações ionizantes (um tipo de energia) para destruir as células do tumor ou impedir que elas se espalhem pelo corpo. Essas radiações são microscópicas e imperceptíveis aos olhos humanos. Os pacientes que passam por sessões de radioterapia, para tratamento de um câncer, não sentem nada durante a aplicação.

As aplicações necessárias podem variar de acordo com o tamanho e a localização do tumor, dos resultados dos exames e das condições de saúde do paciente.  

A Radioterapia pode ser feita de duas formas:  

  • Radioterapia externa ou teleterapia

A radiação é emitida por um aparelho, que fica afastado do paciente, direcionado ao local a ser tratado, com o paciente deitado. As aplicações são, geralmente, diárias.

  • Braquiterapia

Aplicadores são colocados pelo médico, em contato com o local a ser tratado. A fonte de radiação sai do aparelho, percorre cateteres que são ligados aos aplicadores e irradia próximo à área a ser tratada. Depois, a fonte retorna ao aparelho fazendo o mesmo trajeto.

Como surgiu a Radioterapia?

Considerada uma “arma” importante no combate ao câncer, a Radioterapia surgiu no final do século XIX com a descoberta dos raios X, por Wilhelm Conrad Roentgen, em 1895. Pouco tempo depois, Marie e Pierre Curie, descobriu o elemento radioativo chamado Rádio. A radiação — em dose única — foi uma das primeiras vias de tratamento do cancro.  

Em 1919, o médico francês Claude Regaud propôs o conceito de fracionamento da dose. Ele argumentou que uma dose única não era capaz de produzir a morte das células malignas. Desde então, a Radioterapia tem evoluído significativamente, com o desenvolvimento de novas tecnologias, como aceleradores lineares, que produzem feixes de radiação mais precisos e eficientes.

Rotina

A rotina de um radioterapeuta ou rádio-oncologista envolve desde a avaliação e definição do plano de tratamento, até a aplicação da radioterapia e o acompanhamento dos resultados com o paciente. Depois do oncologista, ele é o profissional que mais tem contato com o indivíduo em tratamento.  

Os radioterapeutas trabalham em equipe com oncologistas clínicos, cirurgiões oncológicos, físicos médicos e técnicos em Radioterapia, garantindo um atendimento integrado e de qualidade aos pacientes.

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Perfil do médico radioterapeuta

De acordo com os dados da Demografia Médica do Brasil de 2023, existem 1.014 radioterapeutas. A maioria é composta pelo público masculino:

Eles têm a média de 45 anos de idade e atuam mais na região Sudeste, conforme gráfico a seguir:

Quanto ganha um médico radioterapeuta?

A remuneração média de um radioterapeuta é de R$ 8.685,03, por mês. Porém, esse valor pode chegar a um teto salarial de R$ 19.899,88. Isso é o que revela a pesquisa realizada pelo Novo CAGED, Empregador Web e eSocial, divulgada no site cargos.com.br.  

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Residência Médica em Radioterapia

Bom, já falamos da rotina, salário, como surgiu a Radioterapia, mas e a Residência Médica, como funciona? “Segue o fio”!  

A Residência Médica em Radioterapia é de acesso direto, sem pré-requisito prévio, com duração de 4 anos. A carga horária é de 60 horas semanais, divididas entre ambulatório, unidades de internação, laboratórios, reuniões de equipe, entre outras atividades.  

A resolução que aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Radioterapia é a Resolução nº 23, de 16 de abril de 2019, que mostra o objetivo da especialização e quais as competências que precisam ser adquiridas pelos médicos residentes ao longo dos 4 anos. Em resumo:

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Por que fazer Residência Médica em Radioterapia?

Em 2021 eram 92 médicos se especializando em Radioterapia. O estudo feito pela DMB (2023) revela que a especialidade não avançou nos últimos 5 anos, em número de profissionais, pelo contrário, desacelerou. Vale lembrar que as vagas de Residência Médica para essa especialidade são poucas. No ENARE 2023 foram oferecidas apenas 2 vagas de residência. Já na USP-SP, foram disponibilizadas 3 vagas para 13 candidatos.  

Tá aí um bom motivo para escolher essa especialidade: a concorrência é menor, e pode ser que daqui alguns anos precise de mais profissionais especialistas, devido ao, infelizmente, crescimento no número de pessoas em tratamento oncológico, de acordo com dados estatísticos do INCA, em 2022.  

Embora essa não seja uma especialidade muito requisitada, é preciso ressaltar o papel importante que ela tem na área da saúde. Caso o médico recém-formado opte pela especialização, ele pode atuar em campos de pesquisa ou em grandes centros de rádio-oncologia.  

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Infectologia: tudo sobre a Residência Médica e os desafios da carreira
Medicina Intensiva: saiba tudo sobre essa especialidade
Neurologia: Residência Médica, rotina e mercado de trabalho  

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Referências:

Aprovada nova Matriz de Competências para os programas de residência médica em radioterapia.

A trajetória do câncer de mama no Brasil: uma análise do jornal “O Globo” (1925-1999).

Disponível em: https://www.ppghcs.coc.fiocruz.br/images/dissertacoes/dissertao_Priscila_Moraes.pdf

História da Radioterapia.

Disponível em: https://art-radioterapia.pt/historia-2/#:~:text=A%20Radioterapia%20surgiu%20no%20final,tratamento%20com%20sucesso%20em%201898

Radioterapia.

Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tratamento/radioterapia

Radioterapia: especialidade que envolve muito contato com pacientes.

Disponível em: https://pebmed.com.br/radioterapia-especialidade-que-envolve-muito-contato-com-pacientes/#:~:text=As%20%C3%A1reas%20de%20atua%C3%A7%C3%A3o%20envolvem,tratamentos%20de%20alta%20tecnologia%2C%20como

Resolução nº 23, de 16 de abril de 2019.

Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/abril-2019-pdf/112491-23-resolucao-n-23-de-16-de-abril-de-2019-radioterapia/file  

Resolução CNRM nº 25, de 6 de julho de 2021.

Disponível em: https://www.gov.br/mec/pt-br/residencia-medica/crm/2021/resolucao-cnrm-no-25-de-6-de-julho-de-2021-resolucao-cnrm-no-25-de-6-de-julho-de-2021-dou-imprensa-nacional.pdf

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Postado em
30/3/23
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