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Medicina Intensiva, ou Medicina Intensivista, é uma especialidade relativamente nova diante da história médica, sendo consolidada no Brasil por volta dos anos 1970.  

Essa área é, com certeza, uma das mais desafiadoras da Medicina, afinal, ela tem como cerne o tratamento de pacientes em estado crítico ou com alta necessidade de cuidados. Nesse sentido, os médicos intensivistas são peças-chaves nas Unidades de Tratamento Intensivos (UTI) e, pela complexidade da rotina, também detém uma das melhores remunerações da área médica.

Se você gosta do ambiente hospitalar, de inovações tecnológicas, procedimentos invasivos e de multidisciplinaridade, essa especialidade pode ser para você! Continue a leitura para saber tudo em detalhes.  

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A história da Medicina Intensiva

A Medicina e o mundo vivenciavam grandes mudanças na década de 1960. Aqui, no Brasil, o conceito de Medicina Intensiva começou a dar seus primeiros passos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, quando uma equipe da área da saúde decidiu separar os pacientes que estavam em estado mais grave dos demais. Esses indivíduos em estado crítico foram colocados juntos em uma ala sob intenso acompanhamento de profissionais multidisciplinares, para que fosse possível observá-los e tratá-los de forma mais eficaz.  

Essa ala diferenciada foi institucionalizada como Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e, logo, a metodologia foi aplicada de forma semelhante em outros hospitais-escola pelo Brasil.

Posteriormente, na década de 1970, os profissionais da área da saúde que atuavam nas UTIs começaram a se organizar e, em 11 de dezembro de 1980, foi divulgada no Diário Oficial a formação da Associação Brasileira de Medicina Intensiva (ABMI).  

Em 1992, Conselho Federal de Medicina (CFM) reconheceu a Medicina Intensiva como uma especialidade médica.

A rotina de um médico intensivista

A rotina do médico intensivista é bastante dinâmica. Como esse profissional está em contato com pacientes que precisam de cuidado constante, é comum que tenha uma longa jornada de trabalho (alta carga horária de plantões) e esteja mais exposto a situações de estresse.

Algumas das principais atribuições são:

  • Liderar a equipe multidisciplinar;

  • Visitar e supervisionar os pacientes;

  • Planejar os tratamentos;

  • Controlar parâmetros fisiológicos a fim de evitar danos secundários;

  • Fazer uma comunicação empática com a família do paciente;

  • Saber trabalhar sob pressão;

  • Saber lidar com o cuidado de fim de vida.

O mercado de trabalho

Segundo dados da Demografia Médica no Brasil, de 2020, existem cerca de 7.127 profissionais com título em Medicina Intensiva, o que faz com que essa área esteja no ranking das 15 especialidades médicas com o maior número de especialistas.  

Isso também reflete a ampla gama de oportunidades de trabalho para os médicos intensivistas. Afinal, é obrigatório que estejam presentes em hospitais que possuem leitos para pacientes críticos. Nesse sentido, é comum que especialistas recém-formados ingressem de forma rápida no mercado de trabalho.

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Medicina Intensiva e a Covid-19

A pandemia da COVID-19 evidenciou a importância da Medicina Intensiva e da necessidade de atuação de profissionais com boa formação na área.  

Por conta do alto número de pacientes que precisaram de tratamento específico, internação e intubação, os médicos intensivistas atuaram de maneira laboriosa durante a pandemia, o que tornou a profissão ainda mais valorizada.

Salário de um médico intensivista

O especialista em Medicina Intensiva possui um dos 10 melhores salários da área médica. Atualmente, sua média salarial é de R$ 8.949,49 para uma jornada de 26 horas semanais, entretanto, o teto salarial é de cerca de R$ 18.500,00 e pode ser maior dependendo do número de horas trabalhadas e da instituição de saúde. As informações foram obtidas por uma pesquisa realizada pelo site Salario.com.br e de dados oficiais do Novo CAGED, eSocial e Empregador Web, no período de dezembro de 2021 a novembro de 2022.  

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A Residência Médica em Medicina Intensiva

Depois da Resolução nº 5, de 17 de junho de 2021, os programas de Residência Médica (RM) em Medicina Intensiva passaram a ter 3 anos de duração, com acesso direto, sem necessidade de pré-requisito. Ou seja, depois de finalizar os 6 anos de graduação em Medicina, o médico pode ingressar diretamente em um programa de RM nessa especialidade.

É importante ressaltar que o número de residentes cursando Medicina Intensiva praticamente dobrou de 2010 até 2019 (dados da Demografia Médica no Brasil, 2020). O que reflete um aumento do número de vagas dos programas e, consequentemente, uma ampla atuação desses profissionais no mercado de trabalho.

No edital ENARE de 2023, por exemplo, foram oferecidas 49 vagas para essa especialidade.

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Durante o programa, o residente conta com o acompanhamento de preceptores e profissionais especializados e a instituição oferece suporte e estrutura para sua permanência e especialização.

O objetivo é capacitar os residentes a:

Essas competências são desenvolvidas através de aplicações teóricas (como discussões de caso, aulas e seminários) e, principalmente, práticas (visitas em enfermarias, interconsultas, participação em casos de urgência, em intervenções terapêuticas, em exames e etc.).

É a área que eu quero seguir!

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REFERÊNCIAS

AMIB – História
Disponível em: https://www.amib.org.br/historia/

AMIB – COVID-19
Disponível em: https://www.amib.org.br/covid-19/  

Demografia Médica Brasileira – Censo 2020
Disponível em: https://www.fm.usp.br/fmusp/conteudo/DemografiaMedica2020_9DEZ.pdf

PEBMED
Disponível em: https://pebmed.com.br/residencia-em-medicina-intensiva-o-que-esperar-salario-e-mais/

RESOLUÇÃO Nº 5, DE 17 DE JUNHO DE 2021
Disponível em: https://www.gov.br/mec/pt-br/residencia-medica/crm/2021/resolucao_5-medicina-intensiva.pdf

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Postado em
13/1/23
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