Hey, tudo certo por aí?

Você deve ter escutado falar que, nos últimos dias, ocorreu um surto no Peru de uma síndrome um pouco rara, a Síndrome de Guillain-Barré (SGB), inclusive com mortes, o que levou o governo a acionar a vigilância sanitária.  

A síndrome de Guillain-Barré (SGB) é uma doença neurológica rara e grave que afeta os nervos periféricos do corpo. É uma doença autoimune, em que ocorre fraqueza, formigamento nos pés e nas pernas até levar a uma paralisia. E, em alguns casos mais graves, até à morte como aconteceu no Peru. Então vem comigo para saber mais sobre esse assunto que está super em alta e prato cheio para questões de provas.

Leia mais:
Neurologia: Residência Médica, rotina e mercado de trabalho
PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS DA SÍNDROME DE
GUILLAIN-BARRÉ

Quadro clínico da Síndrome de Guillain-Barré

A síndrome de Guillain-Barré também chamada de “polirradiculoneurite aguda” é uma polineuropatia autoimune. A principal característica da SGB é a fraqueza muscular progressiva, geralmente começando nas pernas e se espalhando para os braços e tronco. Além da fraqueza, os sintomas podem incluir formigamento, dormência, dor e, em alguns casos, paralisia dos músculos. A fraqueza muscular pode afetar a respiração, a deglutição e outros movimentos essenciais.

Embora a causa exata da síndrome de Guillain-Barré não seja totalmente compreendida, acredita-se que a doença seja desencadeada por uma resposta imunológica anormal e desregulada a infecções virais ou bacterianas, que leva à inflamação dos nervos periféricos.  

Muitas pessoas desenvolvem a SGB de 1 a 3 semanas após uma infecção respiratória ou gastrintestinal, como por exemplo Campylobacter jejuni, Citomegalovírus, vírus Epstein-Barr, HIV e Zika vírus. Tem um pico de incidência dos 15 a 35 anos e 50 a 75 anos de idade. Então presta atenção, se no enunciado mencionar perda de força após infecção gripal ou gastrintestinal, tem que pensar em síndrome de Guillain-Barré.

Existem várias teorias para o desenvolvimento dessa síndrome, uma delas sugere que a infecção inicial desencadeia uma resposta imune específica, na qual os anticorpos produzidos para combater a infecção também reconhecem e atacam os componentes dos nervos periféricos. Isso leva a uma inflamação dos nervos e danos na mielina.

Outra teoria sugere que a resposta imunológica desregulada ocorre devido a uma ativação excessiva das células do sistema imunológico, como os linfócitos T. Essas células imunes ativadas infiltram-se nos nervos periféricos e desencadeiam uma resposta inflamatória local, resultando em danos nos nervos e mielina. Independentemente do mecanismo exato, a inflamação e os danos aos nervos periféricos interferem na transmissão dos impulsos elétricos e causam uma interrupção na comunicação entre os nervos e os músculos. Isso resulta em fraqueza muscular, perda de sensibilidade e outros sintomas característicos da síndrome de Guillain-Barré.

Então o quadro clínico é paralisia flácida aguda generalizada, de caráter ascendente e simétrico, paralisia dos nervos cranianos, insuficiência respiratória, dor e parestesia de membros.

Como diagnosticar a Síndrome de Guillain-Barré?

O diagnóstico da síndrome de Guillain-Barré é baseado na avaliação clínica dos sintomas, exames físicos e exames complementares, como a análise do líquido cefalorraquidiano (LCR), obtido por meio de uma punção lombar e estudos de condução nervosa para avaliar a função dos nervos periféricos. A análise do LCR pode revelar aumento de proteínas sem aumento correspondente na celularidade (dissociação proteino-citológica).  

Estudos de condução nervosa: tais testes avaliam a função dos nervos periféricos e podem ajudar a identificar anormalidades na condução dos impulsos elétricos. Os estudos de condução nervosa podem mostrar sinais de desmielinização ou danos nos nervos periféricos (polineuropatia axonal ou desmielinizante). Outros exames, como ressonância magnética (RM) e eletromiografia (EMG), também podem ser realizados para auxiliar no diagnóstico e avaliação da extensão dos danos nervosos.

Tratamento  

O tratamento da síndrome de Guillain-Barré é focado no controle dos sintomas, no suporte médico e na aceleração da recuperação. Duas opções de tratamento são a administração de imunoglobulinas intravenosas ou plasmaférese. Ambos os tratamentos têm como objetivo reduzir a resposta autoimune e acelerar a recuperação dos nervos afetados.

A recuperação da síndrome de Guillain-Barré é um processo lento e gradual, e a extensão da recuperação varia de pessoa para pessoa. Alguns pacientes podem experimentar uma recuperação completa, enquanto outros podem apresentar fraqueza residual ou outros sintomas a longo prazo. A reabilitação, incluindo fisioterapia e terapia ocupacional, é frequentemente necessária para ajudar os pacientes a recuperar a força muscular e a funcionalidade.

Embora a síndrome de Guillain-Barré seja uma doença séria, a maioria das pessoas se recupera com o tempo. No entanto, a recuperação pode levar semanas, meses e, em alguns casos, até mesmo anos.

Baixe aqui um resumo completo sobre a síndrome de Guillain-Barré e esteja preparado para as possíveis questões de prova.

Leia mais:
Top 10 especialidades médicas com melhores salários
Clínica Médica, Cirúrgica ou Clínica Cirúrgica: qual escolher?

Residência Médica em Neurocirurgia: como é a rotina, tempo e atuação?

Meningites bacteriana e viral: resumo para as provas

Ainda dá tempo de se prepara para as provas!

A Medcel tem os melhores cursos preparatórios para você sair na frente nos processos seletivos de Residência Médica e Revalida. Entre no nosso site e teste a plataforma por 7 dias grátis!  

Clique aqui e comece sua jornada com a gente!

Quer receber conteúdos exclusivos sobre Residência Médica? Inscreva-se e boa preparação!

Obrigado! Seu envio já foi recebido no nosso sistema.
Algo deu errado. Revise os campos acima.
Postado em
19/7/23
na categoria
Notícias Médicas

Mais sobre 

Notícias Médicas

ver tudo