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A dispneia é um sinal bem frequente na prática médica, principalmente nas urgências e emergências — quem trabalhou na linha de frente contra a COVID-19 que o diga. No caso da dispneia, descobrir a etiologia do quadro é primordial e há algumas características que podem auxiliar na identificação da origem. Além disso, dependendo do caso, ela pode se instalar de forma bem rápida. Quer saber mais? É só continuar a leitura. Bora comigo!

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O que é dispneia?

A dispneia é usada para descrever a sensação de falta de ar ou dificuldade respiratória. É uma sensação subjetiva percebida pelo paciente e pode variar em intensidade e duração. A dispneia pode ocorrer em várias condições, como doenças pulmonares (asma, DPOC, pneumonia), doenças cardíacas (insuficiência cardíaca congestiva, doença cardíaca isquêmica), distúrbios neurológicos, psiquiátricos (ansiedade ou crise de pânico) e anemia grave, entre outros.  

Dispneia subjetiva e objetiva

Também é importante diferenciar a dispneia subjetiva, que se refere à queixa do paciente, da dispneia objetiva, na qual se percebem os seguintes sinais: diminuição da saturação de oxigênio, aumento da frequência respiratória, cianose e utilização de musculatura acessória.

A dispneia pode sinalizar uma alteração na função respiratória. O estímulo para a ventilação é regulado por nervos periféricos na face e nas vias aéreas, mecanorreceptores na parede torácica e no diafragma, e barorreceptores para CO2 e O2. A excitação excessiva desses sensores é o gatilho para a dispneia.

Situações que podem exemplificar os mecanismos de dispneia

Mecanorreceptores: esses receptores estão localizados na musculatura acessória da parede torácica e podem estimular o centro respiratório por compressão. Como essa musculatura é mais fatigável que o diafragma, quando em excesso, gera sensação de falta de ar.

Nervos periféricos: na região anterior da face e na parede das vias aéreas, apresentam sensores de fluxo de ar. Quando há diminuição desse fluxo, o centro respiratório é estimulado para aumentar a ventilação.

A dispneia pode variar em gravidade, sendo desde uma sensação leve de desconforto respiratório até uma incapacidade grave de respirar adequadamente. Pode ser aguda, aparecendo de repente, ou crônica, persistindo ao longo do tempo.

Há uma classificação utilizada para avaliar a severidade da dispneia, a Medical Research Council modificada (mMRC).

Tipos de dispneia

  • Dispneia associada ao esforço físico: o centro respiratório aumenta a Frequência Respiratória (FR) quando os níveis de oxigênio estão baixos ou os níveis de dióxido de carbono estão altos;
  • Dispneia decorrente de distúrbio ventilatório restritivo: há um comprometimento da expansão da caixa torácica, aumentando o trabalho respiratório, como na fibrose pulmonar;
  • Dispneia associada a distúrbio ventilatório obstrutivo: paciente não consegue eliminar todo o ar inalado, como na DPOC. Há uma hiperinsuflação pulmonar, deslocando o diafragma para baixo e diminuindo a eficiência respiratória.

Super dica: há algumas características na falta de ar referida pelo paciente que ajudam a identificar a origem do quadro. Veja a seguir:

  • Ortopneia: piora em decúbito dorsal. Exemplos: insuficiência cardíaca, obesidade e paralisia diafragmática;
  • Platipneia: piora com ortostatismo e melhora com decúbito dorsal. Exemplos: fístula arteriovenosa pulmonar e síndrome hepatopulmonar;
  • Trepopneia: piora ao deitar de lado. Exemplo: derrame pleural maciço;
  • Dispneia paroxística noturna: surge subitamente durante a noite, após ter tolerado bem o decúbito inicialmente. Exemplo: insuficiência ventricular esquerda.

Diagnóstico

O diagnóstico da dispneia depende da causa, então o primeiro passo é determinar o órgão primariamente envolvido. As principais etiologias envolvidas são: asma, DPOC, doenças intersticiais pulmonares, doenças vasculares pulmonares e insuficiência cardíaca congestiva. Aqui vai uma dica:  

Tratamento

O tratamento da dispneia depende da causa subjacente e pode incluir medicamentos, terapias respiratórias, mudanças no estilo de vida e tratamento da condição subjacente.

Bons estudos!

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Referência

DIMABERLIN. Respiração, problema respiratório, ataque de asma, pressão, dor no peito, insolação, conceito de tontura. Retrato de estúdio de mulher recebeu insolação em clima quente de verão, tocando sua testa, isolado. [20--?]. 1 fotografia. Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/breathing-respiratory-problem-asthma-attack-pressure-1422762227. Acesso em: 4 abr. 2024.

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Postado em
5/4/24
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