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O climatério é um dos assuntos que deve estar na ponta da língua para quem quer mandar bem nas provas (tanto Residência, quanto Revalida), pois as chances de aparecer questões sobre ele são altíssimas.
Este é um dos top 5 assuntos de Ginecologia e Obstetrícia, visto que esse tema não é uma doença, mas sim, um conjunto de sintomas, que serão mencionados adiante, além das definições, padrão menstrual e tratamentos. Lembrando sempre o que é preconizado pelo Ministério da Saúde. Vem comigo, então, para você se preparar bem!
Leia mais: Dicas de Ginecologia e Obstetrícia para a prova
O que é o climatério?
Climatério não é uma doença, é um conjunto de sintomas que está presente em vários momentos da saúde da mulher. Ele é o período de vida da mulher que tem como características principais a redução/esgotamento da capacidade reprodutiva e a diminuição da produção de estrogênio pelos ovários.
Lembrando alguns conceitos que as provas podem trazer:
- A menarca é o nome dado à primeira menstruação da mulher;
- O menacme é o período entre a menarca e a menopausa;
- Essa última é definida como a última menstruação da mulher e sua confirmação é feita de forma retroativa, após 12 meses consecutivos de amenorreia, entre os 45 e 55 anos.
Quando a amenorreia ocorre por volta dos 40 anos, é chamada de menopausa prematura ou precoce. E, nesse meio, temos o climatério, que é período de transição em que a mulher passa da fase reprodutiva para a fase de pós-menopausa, tem início por volta dos 40 anos a 50 anos de idade. Então, a menopausa (última menstruação) é um fato que ocorre durante o período do climatério.
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Sintomas do climatério
Fique de olho aqui: quando os sintomas como fogachos começam a surgir, é preciso ou não dosar o FSH? Se é uma mulher que está em idade compatível, ou seja, com mais de 40 anos, não é necessário, pois é fisiológico. Essa dosagem só é feita em casos de insuficiência ovariana prematura, antes dos 40 anos. Então, o diagnóstico é clínico. O sintoma mais comum é a irregularidade menstrual.
Nesta fase, o fluxo poderá apresentar aumento da duração e intensidade em consequência das alterações endometriais expressando as alterações hormonais, o que não deve descartar, sempre que necessário, a investigação do endométrio.
E, se liga!
Deve-se investigar sangramento irregular na pós-menopausa ou anormal no climatério com USG transvaginal e, se necessário, com histeroscopia.
A ultrassonografia pélvica (preferentemente por via transvaginal) possibilita a mensuração e observação do aspecto endometrial. É considerado normal até 5 mm (e até 8 mm nas mulheres usuárias de TH). Nos casos de espessamento, é obrigatório prosseguir a investigação por histeroscopia e biópsia endometrial, ou mesmo curetagem para estudo anatomopatológico.
A diminuição do fluxo sanguíneo, causado pela deficiência estrogênica, pode promover alterações nas genitais, como a escassez dos pelos pubianos, redução de parte do tecido adiposo dos grandes lábios e retração dos pequenos lábios e do clitóris.
Ainda mais marcantes do que as da genitália externa são as alterações observadas na vagina, devido à diminuição dos níveis estrogênicos. Os sintomas relacionados à hipotrofia genital que podem ocorrer devido ao hipoestrogenismo são:
Esses sintomas podem influenciar, por exemplo, a relação sexual com penetração, causando dor (dispareunia). Podem ocorrer também:
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Tratamentos do climatério
Já em relação à terapia hormonal (TH), a questão é bem parecida: a TH deve ser prescrita para uma paciente? Nesse caso, o importante é avaliar as contraindicações clássicas:
- História de câncer de mama;
- História de câncer de endométrio;
- Sangramento vaginal não diagnosticado;
- História de fenômenos tromboembólicos;
- Doença hepática ativa;
- Porfiria.
Caso a paciente não tenha nenhuma dessas contraindicações, a TH pode ser indicada para ajudar na sua qualidade de vida.
Uma dúvida comum e que pode ser questão de prova é relacionada com pacientes tabagistas. Essa não é uma contraindicação, então a TH pode ser realizada, mesmo que exista um risco maior de tromboembolismo. Se atente que paciente histerectomizada não precisa de progestogênio na TH, é o estrogênio que reduz riscos cardiovasculares e de osteoporose. É só você olhar sobre as indicações e contraindicações da TH.
Tratamento tópico vaginal poderá ser prescrito para melhorar a atrofia vaginal em mulheres que não desejam utilizar TH por via sistêmica. Nestes casos, pode-se prescrever cremes de estriol ou creme de estrogênios equinos conjugados duas a três vezes por semana. Frente a contraindicações ao uso de estrogênios, poderá ser utilizado creme ou óvulos de promestrieno na mesma frequência. A associação do progestagênio ao estrogênio tem por objetivo único: a proteção contra efeitos hiperplásicos do estrogênio sobre o endométrio.
E, não esquecendo que a consulta do climatério é uma excelente oportunidade para realizar o rastreamento de doenças.
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Por Julia da Silveira Gross
Graduada em Medicina pela Universidad del Norte (2021), revalidado pela Universidade Federal Fluminense, possui mestrado em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2014), especialização em Fisiologia do Exercício (2013) e graduação em Educação Física pela UFRGS (2011).
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REFERÊNCIAS
Climatério. Abordagem da mulher na peri e pós-menopausa. Disponível em: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/PROTOCOLO_SAUDE_DA_MULHER_CLIMATERIO.pdf. Acesso em: 13 abr. 2023.
Manual de Atenção à Mulher no Climatério / Menopausa. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atencao_mulher_climaterio.pdf. Acesso em: 13 abr. 2023.