Fala, futuro residente!

Ginecologia significa “a ciência da mulher” e é a especialidade da Medicina dedicada ao estudo do aparelho genital feminino. É uma das grandes áreas da Medicina e está sempre presente em todos os editais de R1.  

A gente sabe que as questões variam muito de banca em banca, mas, sempre há os mais quentes e, aqui, eu trouxe os principais assuntos de Ginecologia para você arrasar nas provas de Residência Médica. Então, se vai fazer prova de R1 este ano, aqui vão as dicas do que você não pode deixar de fora dos seus resumos!

Geralmente, a depender da instituição, a primeira etapa das provas de Residência Médica de acesso direto é composta por uma prova objetiva de 100 questões — ENARE, USP, AMRIGS, UERJ e UFRJ. Já a Unicamp, por exemplo, possui 80 questões. Mas, independente disso, você deve contar com aproximadamente 20% entre Ginecologia e Obstetrícia, sendo de 7% a 8% da primeira, lembrando que, principalmente em Ginecologia, muitas questões são interdisciplinares. Como as notas de corte estão cada vez mais altas, você não pode perder os assuntos mais cobrados.  

Segundo o nosso banco de dados, de 2017 a 2022, os top 5 assuntos de Ginecologia são:

Então, vamos lá!

1. Anticoncepção:

Anticoncepção corresponde ao uso de métodos e técnicas com a finalidade de impedir que o relacionamento sexual resulte em gravidez. Fique de olho em todos os métodos comportamentais, barreira, intrauterinos, hormonais, cirúrgicos e de emergência disponibilizados pelo SUS; taxas de falhas e eficácia; principais indicações e contraindicações de cada método (principalmente das contraindicações ao estrogênio). Também é muito importante estar no seu resumo o manejo de efeitos colaterais de cada um.

Leia mais: Anticoncepcional: taxa de falhas e eficácia de métodos contraceptivos e Anticoncepção – métodos hormonais e de barreira

2. HPV e câncer do colo uterino

O HPV e câncer de colo uterino são assuntos quentes nas provas de Residência Médica. O rastreio é em mulheres que já tenham tido relação sexual de 25 a 64 anos. A maioria das questões é sobre as condutas no ASC-US, lembrando que se repete o exame em um ano se a paciente tiver entre 25 e 29 anos. Nessa faixa etária, a possibilidade de uma lesão de alto grau ainda é muito pequena. A partir dos 30 anos, o exame deve ser repetido em seis meses. Em mulheres imunossuprimidas (vivendo com HIV/Aids, transplantados de células tronco-hematopoiéticas e órgãos sólidos e indivíduos em tratamento para câncer (radio e/ou quimioterapia), a coleta deve ser feita logo após início da vida sexual, a cada 6 meses, por um ano.  

Fique de olho nas vacinas contra HPV quadrivalentes, disponibilizadas pelo SUS:

  • Meninos e meninas: 9 a 14 anos de idade, com 2 doses (0 e 6 meses);
  • Homens e mulheres imunossuprimidos: 9 a 45 anos, com 3 doses (0, 2 e 6 meses).  

Atenção em rastreamento e vacinação.

3. Climatério

O período que há um declínio acentuado da função ovariana da mulher, em que o diagnóstico é clínico. Já a definição da data da menopausa é feita retrospectivamente, após 12 meses de amenorreia. Lembrando que definição de menopausa precoce é quando ocorre antes dos 40 anos. Quando os sintomas como fogachos começam a surgir antes dessa idade, é necessário dosar FSH (que nesses casos estará alto). Em mulheres acima dessa idade, não há necessidade. Outra questão é em relação a reposição de terapia hormonal (TH), se atente que paciente histerectomizada não precisa de progestogênio na TH, é o estrogênio que reduz riscos cardiovasculares e de osteoporose. É você olhar sobre as indicações e contraindicação da TH. As contraindicações clássicas são: história de câncer de mama, história de câncer de endométrio, sangramento vaginal não diagnosticado, história de fenômenos tromboembólicos, doença hepática ativa, porfiria. E, não esquecendo que a consulta do climatério é uma excelente oportunidade para realizar o rastreamento de doenças.  

4. Doenças malignas das mamas

O câncer de mama é o principal assunto relacionado com oncologia. O câncer de mama é a segunda neoplasia mais frequente entre mulheres brasileiras. Aqui você deve ficar ligado no rastreamento de pacientes de baixo e alto risco, idades, classificação de sistema BI-RADS (características e condutas), teste genético, protocolo SPIKES de má-notícias. Abra o olho para as idades de rastreamento para população de baixo risco:

  • Ministério da Saúde/INCA:
  • Mamografia, 50 a 69 anos, a cada dois anos;
  • FEBRASGO/SBM:
  • Mamografia, 40 a 69 anos, anualmente.

Leia mais:  Residência médica na prática: Câncer de mama

5. Vulvovaginites e cervicites

Dar uma boa estudada na clínica e diagnósticos das vulvovaginites:  Candidíase, vaginose bacteriana e tricomoníase. E, também, nas cervicites por clamídia e gonococo.  

Confira todos os pontos de atenção sobre vulvovaginites e cervicites neste Mapa Mental exclusivo da Medcel.  

Outros temas que você deve dar uma olhada são:

Puberdade atrasada: o que cai na prova de Residência Médica  

Amenorreia - O que cai na prova de Residência Médica?  

Pólipos e hiperplasias de endométrio: o que eu preciso saber para a prova de residência médica?  

Endometriose: o que você precisa saber para as provas de Residência Médica  

A dica final, independente da banca, é você ler todo edital da Residência Médica desejada. O mais importante é: faça resumo dos temas mais importantes, das provas anteriores e das instituições irmãs, porque cada banca tem um estilo diferente. Tire todas as suas dúvidas, fazendo anotações de pontos específicos desses temas que ainda não sabe ou está com dificuldades.  

Bora detonar nas provas Residência Médica!

E, se você está pensando em fazer a residência de Ginecologia e Obstetrícia, não deixe de ler:

Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia: tudo o que você precisa saber  

O que faz um ginecologista? Desafios da especialidade  

Estude com a Medcel!

Com uma metodologia assertiva, você vai encontrar muito conteúdo e dicas baseadas nas estatísticas de incidência dos temas que mais caem nas provas. E, o melhor, ter ao seu lado professores especialistas das principais instituições médicas do país. 

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Por Julia da Silveira Gross

Graduada em Medicina pela Universidad del Norte (2021), revalidado pela Universidade Federal Fluminense, possui mestrado em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2014), especialização em Fisiologia do Exercício (2013) e graduação em Educação Física pela UFRGS (2011).

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Postado em
24/10/22
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