“Doutor(a), eu estou sangrando demais!”
Hey, tudo bem?
A miomatose uterina é um assunto recorrente nas provas de Ginecologia e Obstetrícia. Quem já começou a estudar, deve com certeza ter visto questões sobre o tema: elas despencam. É o tumor pélvico mais comum no sexo feminino na idade reprodutiva, geralmente assintomático. Costumam apresentar sintomas em mulheres em torno dos 40 a 50 anos de idade e vai depender muito do número, tamanho e localização. Para você brilhar nas provas, é bom ficar por dentro de definição, classificação, quadro clínico (para conseguir chegar ao diagnóstico) e tratamento. Bora lá!
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O que é mioma uterino?
Os miomas uterinos são tumores benignos, especificamente o uterino é uma neoplasia monoclonal das células musculares lisas do miométrio (também conhecido como leiomioma). É o principal tumor pélvico feminino. O crescimento é estrogênio-dependente, ou seja, então aparecerá em mulheres na idade menacme.
Quais são os fatores de risco do mioma uterino?
Então, a partir daí, já dá para pensar nos fatores de risco para o seu desenvolvimento. São eles:
- Nuliparidade;
- Menarca precoce;
- Menopausa tardia;
- Mulheres negras;
- História familiar;
- Consumo de carne vermelha; e
- Obesidade.
E, por incrível que pareça, o tabagismo é um fator de proteção! O cigarro diminui a produção endógena de estrogênio, fazendo com que diminua as chances do aparecimento do mioma.
Tipos de miomas
Os miomas uterinos são classificados de acordo com a localização. Anota aí:
Há uma nova classificação da FIGO (Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia) mais completa.
Nova classificação da International Federation of Gynecology and Obstetrics para os miomas, conforme a localização
Sistema de subclassificação dos leiomiomas:
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Sintomas do mioma uterino
A maioria das mulheres não tem sintomas. Nas que possuem, como vimos, a primeira manifestação clínica que você deve pensar em mioma uterino é o aumento do fluxo (menorragia) e prolongação do sangramento uterino (hipermenorreia). E, claro, se intenso, pode causar anemia por deficiência de ferro, dor ou volume se grande, infertilidade e abortos de repetição. No toque bimanual podem ser palpadas irregularidades na cavidade.
O diagnóstico final é feito pela ultrassonografia transvaginal. A ressonância magnética pode ser necessária para diagnósticos diferenciais, melhor visualização dos miomas ou planejamento cirúrgico, mas não é de rotina.
Tratamento
O tratamento do mioma uterino somente será feito em pacientes sintomáticos. Vai depender da idade, do desejo e dos sintomas. O tratamento definitivo é histerectomia, mas se a paciente deseja manter o útero e a depender da localização (só se for submucoso ou intramural), então deve ser feita a miomectomia. Já com relação à terapia medicamentosa auxilia na sintomatologia, corrige a anemia e em pacientes que desejam manter o útero/desejo de engravidar. São eles:
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Lembrando que temos como diagnóstico diferencial todas as doenças do sangramento uterino anormal, o mnemônico de PALM-COEIN.
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REFERÊNCIAS
JACQUES, Donnez; MARIE-MADELEINE, Dolmans. Uterine fibroid management: from the present to the future. Human Reproduction Update, [s. l.], v. 22, n. 6, p. 665-686, July 2016. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/305697512_Uterine_fibroid_management_From_the_present_to_the_future. Acesso em: 01 jun. 2023.
Shutterstock - New Africa. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/gynecologist-demonstrating-model-female-reproductive-system-2108995469. Acesso em: 01 jun. 2023.