Hey, tudo bem?

Você sabia que no dia 1º de julho é celebrado o Dia da Vacina BCG em diversos países do mundo, incluindo o Brasil?  Essa data foi escolhida para homenagear a descoberta da vacina BCG e reconhecer a importância dessa imunização na prevenção da tuberculose.  

A BCG (Bacillus de Calmette-Guérin) é uma vacina viva atenuada desenvolvida a partir da bactéria Mycobacterium bovis, que causa a tuberculose em bovinos. Ela foi desenvolvida por Albert Calmette e Camille Guérin (por isso o nome BCG), no início do século 20, com o objetivo de fornecer proteção contra formas graves da tuberculose.  

Então para aproveitar o embalo, bora falar um pouco dela?

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A história da BCG

A descoberta da vacina BCG foi um marco significativo na história da Medicina, uma vez que possibilitou a prevenção de formas graves da tuberculose, principalmente em crianças. A introdução da vacina BCG no Brasil ocorreu em 1927, sendo um dos primeiros países a adotá-la em larga escala. A vacina BCG é parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI).  

Abre o olho: é crucial destacar que a vacina BCG não proporciona uma proteção total contra a tuberculose, porém é eficiente na prevenção das formas mais graves da doença, tais como tuberculose miliar e tuberculose meníngea, as quais podem resultar em complicações graves e até mesmo na morte.

Alguns tópicos que você deve lembrar para as provas, segundo o Protocolo de Normas e procedimento para vacinação do Ministério da Saúde:

  • A vacinação com a BCG deve ser realizada idealmente nas primeiras 24 horas de vida do bebê na maternidade, preferencialmente até o 7º dia após o nascimento. Pode ser feita em crianças não vacinadas até 4 (quatro) anos, 11 meses e 29 dias. Dose única.
  • É contraindicada em crianças nascidas com peso inferior a 2 kg, deve-se adiar a até que atinjam o peso. Além disso, é recomendado adiar a administração da vacina por até três meses após o tratamento com imunodepressores ou corticosteroides em doses imunossupressoras.
  • Contraindicações absolutas: em casos de hipersensibilidade comprovada após a administração da dose anterior; histórico de reações alérgicas a qualquer componente da vacina; imunodeficiência grave diagnosticada clinicamente ou por exames laboratoriais; crianças a partir dos 5 anos de idade com HIV, mesmo que não apresentem sintomas ou sinais de imunodeficiência; e gestantes (lembrando que a vacina é de bactéria viva atenuada).
  • Local de aplicação: via intradérmica, no músculo deltoide, no nível da inserção inferior, na face externa superior do braço direito.

Reações adversas da BCG

É comum ocorrer uma reação local após a aplicação da vacina BCG, incluindo vermelhidão, inchaço e formação de uma pequena ferida. Essas reações são consideradas normais e geralmente desaparecem em algumas semanas. Caso ocorram reações mais intensas ou preocupantes, os pais devem procurar orientação médica.

O processo de evolução da lesão causada pela vacina ocorre da seguinte maneira:

Alguns efeitos adversos podem ocorrer durante esse processo:

Alguns pontos são importantes de comentar, segundo Protocolo do Ministério da Saúde:

  • A presença de cicatriz vacinal ou palpação de nódulo no deltoide direito, na ausência do registro, é considerada para efeito de registro como dose anterior, independente do tempo transcorrido desde a vacinação até o aparecimento da cicatriz;  
  • Para crianças que foram vacinadas com a BCG e que não apresentem cicatriz vacinal após seis meses ou mais, a orientação é não revacinar;
  • Os recém-nascidos contatos de indivíduos bacilíferos deverão ser vacinados somente após o tratamento da infecção latente da tuberculose ou quimioprofilaxia;
  • A realização do teste tuberculínico é dispensável antes ou depois da administração da vacina BCG, inclusive para os contatos de pacientes de hanseníase.

Sobre a hanseníase, contatos prolongados de portadores da doença, vacinação seletiva nas seguintes situações

Gestantes: recomenda-se adiar a administração da BCG para depois do parto.

Indivíduos expostos ao HIV:

  • Crianças filhas de mãe HIV, ainda não vacinadas assintomáticas e sem sinais de imunodeficiência, podem receber a vacina o mais precocemente possível;  
  • Crianças com idade entre 18 meses e 4 anos, 11 meses e 29 dias, não vacinadas, somente podem receber a vacina BCG após sorologia negativa para HIV. Para estes indivíduos, a revacinação é contraindicada;
  • A partir dos 5 anos de idade, indivíduos portadores de HIV não devem ser vacinados, mesmo que assintomáticos e sem sinais de imunodeficiência. Entretanto, os portadores de HIV que são contatos intradomiciliares de paciente com hanseníase devem ser avaliados do ponto de vista imunológico para tomada de decisão. Pacientes sintomáticos ou assintomáticos com contagem de LT CD4+ abaixo de 200/mm³ não devem ser vacinados.  

Fonte: Ministério da Saúde.

Acesse na íntegra: Guia Prático de Imunizações para Trabalhadores da Sala de Vacinação

Bons estudos!

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REFERÊNCIAS

GOIÁS. Secretaria Estadual de Saúde. Superintendência de Vigilância em Saúde. Gerência de Imunização. Guia prático de imunizações para trabalhadores da sala de vacinação. 10. ed. [Goiânia]: Secretaria Estadual de Saúde, 2021. Disponível em: https://www.saude.go.gov.br/files/imunizacao/Guia.Pratico.Imunizacao.10ED.2021.pdf. Acesso em: 30 jun. 2023.

Shutterstock — Rattiya Thongdumhyu. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/close-reaction-bacillus-calmette-guerin-bcg-1606317214. Acesso em: 30 jun. 2023.

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Postado em
30/6/23
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