Hey, tudo bem?

Esse é um assunto mais que querido das bancas nas provas de Ginecologia e Obstetrícia e tem que estar na ponta da língua, pois é um dos cinco assuntos mais quentes, e aqui entram tanto as vulvovaginites (candidíase, vaginose bacteriana e tricomoníase), quanto as cervicites (clamídia e gonococo).  

Na prática clínica, o corrimento é uma queixa muito comum das mulheres, e apesar de apresentarem esse sintoma em comum muito parecido, no fringir dos ovos são bem diferentes.  

Hoje vou te falar sobre as três principais vulvovaginites. Para a prova, você deve estudar as diferenças entre elas, a clínica, o diagnóstico e o tratamento. Continue a leitura para brilhar nas provas, bora!

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O que é vulvovaginite?

Vulvovaginite é um processo infeccioso ou inflamatório que afeta todo o trato genital inferior, ou seja, vulva, vagina e ectocérvice. A consequência é um corrimento vaginal que pode ou não estar associado com disúria, dor em baixo ventre, dispareunia (dor na relação sexual) e prurido. E se liga, em alguns casos essa infecção pode ser totalmente assintomática. Entre elas, temos:

  • Vaginose bacteriana (mais frequente, 46% dos casos);
  • Candidíase;
  • Tricomoníase (única considerada Infecção Sexualmente Transmissível — IST);
  • Outras, como vaginose citolítica, vaginite atrófica, inflamatória e por corpo estranho.

Para compreender melhor, você precisa entender que a vagina contém 90% de lactobacilos aeróbicos da sua flora normal (bacilos de Doderlein) que pegam o glicogênio e o transformam em ácido lático. Esse ácido lático mantém o pH vaginal entre 4 e 4,5 e cria uma barreira contra infecções, inibindo o crescimento de patógenos. Além dos lactobacilos, outros micro-organismos estão presentes, só esperando o desequilíbrio da flora para se multiplicarem e se tornarem patógenos, como, por exemplo, Candida sp. e a Gardnerella vaginallis. Então, vamos ver as três principais vulvovaginites e a diferença entre elas.

Vaginose Bacteriana (VB)

A vaginose bacteriana é a vulvovaginite mais frequente, ocorre por um desequilíbrio da flora bacteriana normal da vagina. Geralmente, é causada pelo crescimento excessivo de certas bactérias, como Gardnerella vaginalis.

Os principais sintomas da vaginose bacteriana são corrimento vaginal branco ou cinza, às vezes com microbolhas, fluido (não aderente à parede), com odor desagradável (geralmente descrito como “de peixe podre”) que piora após a relação sexual ou menstruação.

O pH está acima de 4,5. Muitas mulheres podem não apresentar sintomas. O diagnóstico da vaginose bacteriana é feito quando preencher três critérios:

  • Corrimento homogêneo, fino, branco-acinzentado;
  • pH vaginal acima de 4,5;
  • Whiff teste (teste das aminas) positivo, definido como a presença de odor de peixe quando uma gota de hidróxido de potássio 10% (KOH) é adicionada a uma amostra da secreção vaginal;
  • Clue cells ou células-alvo em microscopia a fresco. São células epiteliais vaginais que têm suas bordas circundadas por cocobacilos. Utilizando a coloração de Gram, a sensibilidade é maior.

Tratamento da vaginose bacteriana

E abre o olho, só se trata mulheres sintomáticas, gestantes, usuárias de DIU e mulheres submetidas a cirurgia ginecológica. Não tem que tratar o parceiro.

Candidíase

A candidíase é a segunda causa mais frequente de corrimento. É causada pelo fungo Candida albicans, que é um organismo presente normalmente na vagina em pequenas quantidades. No entanto, sob certas condições, como alterações hormonais, sistema imunológico enfraquecido ou uso prolongado de antibióticos, o fungo pode se multiplicar e causar sintomas.

Os sintomas mais comuns da candidíase incluem coceira intensa, vermelhidão, inchaço da vulva, dor durante a relação sexual e um corrimento vaginal branco e espesso semelhante a coalhada/queijo cottage, sem cheiro. O pH é abaixo de 4,5 e o teste de aminas é negativo. O diagnóstico é feito pela clínica e pelo exame a fresco (com presença de hifas).

Tratamento da candidíase

O tratamento dessa vulvovaginite consite em algumas opções:  

Leia mais: Temas para ficar de olho para a prova de Residência Médica: candidíase

Tricomoníase

A tricomoníase é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. É a IST mais comum em mulheres, mas também pode afetar homens.  

Os sintomas incluem corrimento vaginal amarelo-esverdeado com odor forte, coceira, dor ao urinar e durante a relação sexual, além de sinais inflamatórios exuberantes. No entanto, muitas pessoas infectadas podem não apresentar sintomas. O pH vaginal é acima de 4,5. O whiff costuma ser positivo e o útero tem aspecto “de framboesa” ou tigroide.  

O diagnóstico é feito pela clínica e pelo exame a fresco (protozoários com flagelos).  

Tratamento para tricomoníase

Se liga só no tratamento mais recomentado para a tricomoníase:

O tratamento é para o parceiro sexual também.

Se você quer saber mais sobre essa vulvovaginite presente nas provas e seletivos de Medicina, leia o artigo: Remédio para tricomoníase: dose única para tratamento é eficaz?

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REFERÊNCIAS  

Shutterstock — Me dia. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/man-squeezing-pills-steroid-out-tube-2270929945. Acesso em: 19 de jun. 2023.

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Postado em
19/6/23
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