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ssim que o aluno sai da faculdade de Medicina, ele é generalista, no entanto, se quiser atuar na carreira médica como especialista, um dos próximos passos é a tão sonhada Residência Médica (o famoso R1).  

A Residência Médica é considerada uma modalidade de pós-graduação exclusiva para médicos, quando cumprida integralmente, confere ao médico o título de especialista. Dessa forma, mesmo que seja gerida pelo Ministério da Educação (MEC), o regimento desta formação é definido pela Comissão Nacional de Residência Médica, a CNRM e é considerada a forma de especialização mais eficiente do Brasil.  

Se você está terminando o curso de medicina e quer saber tudo ou tem dúvidas sobre a residência médica, continue neste texto! Bora comigo pra ficar por dentro!
Leia mais: Residência médica: quais são as especialidades mais procuradas?

Sobre o R1

A residência é caracterizada pela formação em serviço sob a orientação de médicos especialistas com alta qualificação profissional e ética.  

A expressão “residência médica” só pode ser empregada em programas que sejam credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica (CRNM).  

A CNRM é formada pelos Ministérios da Saúde, Educação e Previdência Social, e por entidades médicas, como o CFM. Então quando você se forma, você tem um CRM (registro no Conselho Regional de Medicina), já quando é especialista, você obtém o RQE (registro de qualificação de especialista) que pode ser por prova de título ou residência médica.  

Processo seletivo R1

Conquistar uma das vagas disponíveis em um programa de residência médica nas instituições brasileiras não é uma tarefa fácil, pois há concorrência acirradíssima. A entrada acontece mediante aprovação em um processo seletivo.  

Normalmente, as provas de Residência Médica são divididas entre prova teórica, prática e uma entrevista.  

A prova teórica é a que possui maior peso para a nota final e apesar de não ter em todos os programas de Residência Médica, a prova prática pode ser decisiva em alguns processos. Já a entrevista serve para conhecer o candidato em si, como acontece em entrevistas de emprego.  

Nesse momento, é hora de falar sobre suas expectativas, experiências e o motivo da sua escolha. Algumas especialidades possuem acesso direto, são aquelas chamadas de R1, ou seja, não exigem uma formação anterior em outra especialidade.  

Já cardiologia, pneumologia e urologia só podem ser realizadas depois que o candidato concluir uma especialização anterior. Geralmente, é preciso cursar cirurgia geral ou clínica médica antes de ingressar nessas residências. Então se liga, a depender da carreira a ser seguida, o médico precisará cumprir algum pré-requisito ou especialização anterior. Já, em outros casos, é possível ir pelo caminho da Residência Médica de acesso direto (R1).

CONFIRA A LISTA COMPLETA DE ESPECIALIDADES DE ACESSO DIRETO

  • Acupuntura – 2 anos
  • Anestesiologia – 3 anos
  • Clínica Médica – 2 anos
  • Cirurgia Geral – 3 anos  
  • Dermatologia – 3 anos
  • Genética Médica – 3 anos
  • Ginecologia e Obstetrícia – 3 anos
  • Homeopatia – 2 anos
  • Infectologia – 3 anos
  • Medicina de Família e Comunidade – 2 anos
  • Medicina de Emergência – 3 anos
  • Medicina do Trabalho – 2 anos
  • Medicina do Tráfego – 2 anos
  • Medicina Intensiva – 3 anos
  • Medicina Esportiva – 3 anos
  • Medicina Física e Reabilitação – 3 anos
  • Medicina Legal e Perícia Médica – 2 anos
  • Medicina Nuclear – 3 anos
  • Medicina Preventiva e Social – 2 anos
  • Neurocirurgia – 5 anos
  • Neurologia – 3 anos
  • Oftalmologia – 3 anos
  • Ortopedia e Traumatologia – 3 anos
  • Otorrinolaringologia – 3 anos
  • Patologia – 3 anos
  • Patologia Clínica/Medicina Laboratorial – 3 anos
  • Pediatria – 3 anos
  • Psiquiatria – 3 anos
  • Radiologia e Diagnóstico por Imagem – 3 anos
  • Radioterapia – 3 anos

A Comissão Mista de Especialidades (CME), é autorizada a revisar e atualizar a lista de especialidades, de acordo com seu entendimento e competência, ou seja, aquela especialidade que antes era acesso direto, pode ter pré-requisito e vice-versa. Então, fique esperto!

Leia mais: Residência Médica: confira as especialidades de acesso direto

Além do mais, o nível de dificuldade das provas varia de acordo com a instituição e a especialidade e o tempo total de uma Residência Médica pode variar, dependendo da instituição e da especialidade.  

Dia a dia de um R1

De forma geral, a rotina do residente é igual para qualquer instituição ou especialidade: a carga horária máxima prevista é de 60 horas por semana, dentre as quais estão incluídas 24 horas de plantão.  

A legislação ainda exige um período obrigatório de 6 horas de descanso depois de cada plantão noturno de 12 horas, assim como um dia de folga por semana. O Residente tem direito também a trinta dias de férias por ano.  

Bolsa Auxílio Residente

Desde 1º de janeiro de 2022 o valor da bolsa é de R$4.106,09 e algumas instituições podem dar um auxílio a mais. Antes o valor era de R$3.330,43 por 60 horas semanais.  Também tem direito a licença-paternidade de 5 dias ou licença-maternidade de 120 dias. E se liga, a remuneração durante a Residência Médica é uma bolsa de auxílio e não um salário (você não terá vínculo empregatício).  

Leia mais: Bolsa Residência Médica: como administrar seus ganhos?

A preparação para as provas, no entanto, é essencial. E, claro, além dos estudos, é importante se preparar emocional e psicologicamente e contar com uma rotina de estudos equilibrada pode ajudar muito. Não dá bobeira, a escolha certa do método de estudo fará toda a diferença na sua jornada rumo à aprovação nas provas de Residência Médica. Por isso, conte com a gente para te ajudar!

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Por Júlia da Silveira Gross

Graduada em Medicina pela Universidad del Norte (2021), revalidado pela Universidade Federal Fluminense, possui mestrado em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2014), especialização em Fisiologia do Exercício (2013) e graduação em Educação Física pela UFRGS (2011).

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Postado em
26/12/22
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