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O câncer de endométrio, também chamado de câncer do corpo uterino, é uma neoplasia maligna que se origina no endométrio. É frequentemente diagnosticado precocemente devido aos sintomas iniciais, como sangramento vaginal. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), esse é o sexto tipo de câncer mais comum entre mulheres, com maior incidência em mulheres que estão na menopausa. No Brasil, ocupa a sétima posição de tumores malignos femininos, em primeiro lugar está o câncer de mama e, em terceiro, o câncer do colo do útero.
Fatores de risco
O câncer de endométrio está frequentemente associado a fatores hormonais e exposição prolongada a estrogênio, sem a oposição da progesterona. Esse desequilíbrio hormonal pode ocorrer em condições como:
- Obesidade;
- Terapia de reposição hormonal;
- Nuliparidade;
- Alterações genéticas (como síndrome de Lynch);
- Uso de tamoxifeno para tratamento de câncer.
Fatores protetores
Os fatores protetores incluem:
- Multiparidade: cada gestação proporciona nove meses de repouso endometrial e ação protetora da progesterona;
- Uso de anticoncepcional oral: cada ano de uso contínuo diminui o risco de câncer por 10 anos;
Epidemiologia
O câncer de endométrio afeta predominantemente mulheres na pós-menopausa, embora uma proporção significativa de casos ocorra em mulheres na pré-menopausa com fatores de risco predisponentes.
Tipos histológicos
O câncer de endométrio pode ser classificado em diferentes tipos histológicos, incluindo:
Apresentação clínica
Os sintomas mais comuns incluem sangramento vaginal anormal, especialmente em mulheres na pós-menopausa, dor pélvica e massa abdominal em casos avançados. Não há rastreamento populacional recomendado para o câncer de endométrio. A ultrassonografia transvaginal é indicada para investigar sangramento em mulheres na peri ou pós-menopausa. Valores normais de espessura endometrial variam conforme o uso de terapia hormonal (8 mm) ou a ausência de reposição hormonal (4 a 5 mm). Valores superiores requerem histeroscopia com biópsia endometrial sob visualização direta.
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Estadiamento
O estadiamento é realizado conforme a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO):
Tratamento
O manejo do câncer de endométrio depende de vários fatores, incluindo estadiamento, características histopatológicas, estado de saúde do paciente e preferências individuais. As opções de tratamento podem incluir:
- Cirurgia — histerectomia total com salpingooforectomia bilateral;
- Radioterapia;
- Quimioterapia;
- Terapia hormonal.
A abordagem terapêutica é determinada pela extensão da doença e pelo objetivo de cura ou controle da progressão tumoral.
Bons estudos!
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Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Estimativa 2023: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2022. 160 p. Disponível em: https://www.inca.gov.br/publicacoes/livros/estimativa-2023-incidencia-de-cancer-no-brasil. Acesso em: 11 jun. 2024.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. A mulher e o câncer do colo do útero. [S. l.], 9 mar. 2023. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/centrais-de-conteudo/exposicoes/a-mulher-e-o-cancer-do-colo-do-utero. Acesso em: 10 jun. 2024.
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